Nebulosidade diurna no Rio Grande do Sul: climatologia e monitoramento por satélite
Neste trabalho foi feita a climatologia decendial e mensal da nebulosidade diurna para o Estado do Rio Grande do Sul, incluindo os impactos do El Niño Oscilação Sul (ENOS) e a tendência temporal dessa variável. Também foi feita uma avaliação e comparação dos tipos de nuvens usando imagens do satélit...
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2007
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Neste trabalho foi feita a climatologia decendial e mensal da nebulosidade diurna para o Estado do Rio Grande do Sul, incluindo os impactos do El Niño Oscilação Sul (ENOS) e a tendência temporal dessa variável. Também foi feita uma avaliação e comparação dos tipos de nuvens usando imagens do satélite GOES, de um evento extremo de El Niño e um ano considerado neutro. A nebulosidade diurna foi estimada a partir de dados de insolação de 17 estações meteorológicas distribuídas pelo Estado no período de 1960-2005. A classificação dos tipos de nuvens foi feita em imagens do satélite GOES cedidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE). Os resultados mostram que a região oeste-noroeste do Estado apresenta os menores índices de nebulosidades e os maiores ocorrem no leste-nordeste. Os maiores índices de nebulosidade ocorrem durante o inverno e os menores no verão. Em anos de El Niño, no Rio Grande do Sul, o índice de nebulosidade diurna é superior à média dos anos neutros na maior parte do ano; em anos de La Nina a tendência de menor índice é observada somente na metade sul do Estado.O final da primavera e início de verão é o período de maior impacto do ENOS no índice de nebulosidade diurna. Durante o El Niño de 1997/1998, a nebulosidade foi maior que no ano neutro (2001/2002) na primavera (novembro), predominando as nuvens do tipo cumulus, cumulonimbus e multicamadas. A nebulosidade obtida a partir das imagens GOES é coerente com as informações de superfície. Estas imagens podem, portanto, contribuir para os estudos de climatologia da nebulosidade diurna do Rio Grande do Sul, melhorando seu detalhamento espacial e temporal, assim como agregando a informação dos tipos de nuvens. === A decadal and monthly climatology of diurnal cloudiness was performed for Rio Grande do Sul State, and analyzing impacts of El Niño South Oscillation (ENSO) and the temporal tendency of cloudiness distribution. In addition, an evaluation and comparison of could types were carried out by using images from GOES satellite, for an extreme event of El Niño and for a neutral year. The diurnal cloudiness was estimated as function of the sunshine duration, whose data set was collected in 17 weather stations widely distributed in the State, from 1960 to 2005. The classification of clouds was done by using images from GOES satellite, provided by Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), Brazil. Results showed that the west-northwest region of the State presents the lowest cloudiness, while the highest values correspond to the east-northeast region. The highest indexes of cloudiness occur during the winter and the lowest means are during the summer season. In Rio Grande do Sul State a higher indexes of cloudiness occur during El Niño events than in neutral period; years with La Niña events tends to have the lowest indexes of cloudiness, but only in the southern half part of the State. The highest impact of ENSO on indexes of cloudiness occurs late in spring and early in summer seasons. During the 1997/1998 El Niño event, the cloudiness was higher than in the neutral 2001/2002 year, in particular during the spring season (November), with prevailing of cumulus, cumulonimbus, and multilayer clouds. The cloudiness obtained from GOES images was coherent to the surface data. Therefore, these images can contribute to diurnal cloudiness climatology studies in Rio Grande do Sul State, improving spatial and temporal detailing, as well as, adding type clouds information. |
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