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Previous issue date: 2011 === Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. === Este estudo analisou as experiências de adolescentes escolares do Município de
Silva Jardim, Estado do Rio de Janeiro, no que se refere à vida afetivo-sexual, à
reprodução e aos cuidados com a saúde sexual e reprodutiva. Método: Trata-se de
um estudo transversal com 200 escolares de ambos os sexos, de quatro escolas
públicas, com idades de 15 a 19 anos. Os dados foram coletados por meio de
questionário estruturado, que continha questões sociodemográficas e familiares,
além de perguntas sobre a vida afetiva, o início da vida sexual, as práticas
contraceptivas, as experiências reprodutivas, os conhecimentos e cuidados com a
saúde sexual e reprodutiva. A análise estatística foi realizada através do teste de
qui-quadrado (X²), tendo sido aplicada a correção de Yates, quando necessário. O
nível de significância do estudo foi de 5%. Utilizou-se o programa de Epi-info 3.58
para entrada e análise dos dados. Resultados: A média de idade foi de 16,6 anos
para o total da amostra. A escolarização das meninas foi maior que a dos meninos
(p= 0,008). A maioria dos adolescentes vivia com os pais. Os homens adolescentes
possuíam mais atividades remuneradas (p=0,0003). Cerca de um quarto das
meninas e um terço dos homens tiveram experiência sexual, sendo que, para elas, a
primeira relação sexual ocorreu entre 15 e 19 anos; para eles, entre 12 a 14 anos
(p=0,014). A maioria dos homens iniciou-se sexualmente com parceiros de 12 a 19
anos e em relações fugazes, enquanto as mulheres tiveram a primeira experiência
sexual com parceiros mais velhos (p<0,0001) e namorados (p=0,006). As meninas
receberam mais informações do que os meninos sobre relações sexuais (p=0,029) e
como evitar gravidez (p= 0,001) antes da primeira relação sexual. Além disso, elas é
que mais conversaram com parceiros na ocasião da iniciação sexual (p= 0,015) e
também são elas que mais conversam atualmente (p=0,002) sobre prevenção de
gravidez. Mais de 80% dos jovens disseram ter usado métodos anticoncepcionais na
primeira relação sexual, e 90% fazem contracepção atualmente. As fontes de
informações sobre sexualidade, gravidez e contracepção foram principalmente os
pais. A farmácia foi o principal local de aquisição dos métodos contraceptivos, para
os dois grupos.). As informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST)
provêm principalmente da escola. O HIV/AIDS, a DST mais conhecida (88,5%), e o
conhecimento do preservativo como meio para evitá-la foi praticamente universal
(95,5%). Conclusão: Ao compararmos os resultados deste estudo, realizado com
escolares de Silva Jardim, com aqueles de outras pesquisas, realizados com
escolares de grandes centros urbanos ou com populações que incluem jovens fora
da escola, vemos aproximações e distanciamentos entre suas experiências que não
podem ser explicados linearmente. Para uma compreensão abrangente dessas
experiências e do que elas têm de singularidade, e seus aspectos mais
generalizáveis, é necessário observar como se articulam fatores relacionados ao
contexto sociocultural e institucional de pequenos municípios, questões de gênero e
o diferencial da escolaridade. === This study examined the experiences of adolescent students in the Municipality of
Silva Jardim, State of Rio de Janeiro, in relation to affective and sexual life,
reproduction and care for the sexual and reproductive health. Method: This is a
cross-sectional study among 200 schoolchildren of both sexes in the age of 15 to 19
years from four public schools. Data was collected using a structured questionnaire
that contained socio demographic questions, questions about their family and
affective life, the start of their sexual activity, their contraceptive practices, their
reproductive experiences and finally questions about their knowledge and care with
sexual and reproductive health. Statistical analysis was performed using the chisquare
(X ²), with Yates correction applied if necessary. The level of significance of
the study was 5%. We used the program Epi-info 3.58 for data entry and data
analysis. Results: The mean age of the total sample was 16.6 years. The school
attendance rate of girls was higher than that of boys (p = 0.008). The majority of
adolescents lived with their parents. Adolescent boys had more economic activities
(p = 0.0003). About a quarter of girls and a third of the boys had sexual experience.
The girls had their first sexual experience between 15 and 19 years whereas the
boys had theirs between 12 to 14 years (p = 0.014). Most boys began sexual
relations with partners from 12 to 19 years that were not their girlfriend (one night
stands), while the girls had their first sexual experience with older partners (p
<0.0001) and with their boyfriends (p = 0.006). The girls received more information
about sex than boys (p = 0.029) and how to avoid pregnancy (p = 0.001), before their
first sexual intercourse. Moreover girls discuss more with partners at the time of
sexual initiation (p = 0.015) and continue to discuss more about pregnancy
prevention (p = 0.002). Over 80% of the adolescents said they had used
contraceptives at first intercourse and currently 90% uses contraceptives. For both
boys and girls parents were the principal source of information about sexuality,
pregnancy and contraception and contraceptive methods were principally purchased
in the pharmacy. Information about sexually transmitted diseases (STD) stems
mainly from the school. HIV / AIDS is the best known STD (88.5%) and knowledge of
condoms as a way to avoid it was nearly universal (95.5%). Conclusion: When
comparing the results of this study with students from Silva Jardim to those of other
studies with students from large urban areas or samples that include youth school
dropouts, we see similarities and differences between their experiences that can not
be explained linearly. For a comprehensive understanding of these experiences –
what aspects are particular and what aspects can be more generalized – it is
necessary to observe how these aspects are related to socio cultural and institutional
small towns, and the gender gap in schooling.
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