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Previous issue date: 2011 === Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil === A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium
leprae, onde tanto fatores do hospedeiro quanto ambientais têm papel no
desfecho da doença. A hanseníase é uma das causas predominantes de
incapacidade no nervo por infecção e os pacientes exibem altas taxas de
morbidade, o que tem grande impacto na saúde pública. Apesar disso, os
mecanismos de imunopatogênese induzidos pelo M. leprae são pouco
conhecidos, especialmente nos tempos iniciais da infecção neural. Nesse
estudo foi realizada uma análise global da expressão gênica por microarranjos
numa tentativa de esclarecer a interação entre o M. leprae e seu hospedeiro
humano. Células de Schwann primárias humanas infectadas pelo M. leprae
apresentaram como diferencialmente expressos a classe de genes induzidos
por interferon do tipo I. Desses genes, o OASL foi o gene que apresentou a
maior alteração de expressão. Esse aumento de expressão foi confirmado por
RT-PCR em tempo real em células de Schwann primárias infectadas pelo M.
leprae. Foi demonstrado que a proteína OASL migra para o núcleo frente à
infecção pelo M. leprae morto em linhagens de células de Schwann e de
macrófagos THP1, onde ela provavelmente atua através da repressão
epigenética da transcrição. O estudo de polimorfismos nesse gene envolvendo
521 casos e 498 controles indicou que o alelo A do SNP rs3213545 está
associado à resistência a hanseníase. Por fim, carreadores do alelo A do SNP
rs3213545 apresentaram menor expressão de RNAm de OASL em biópsias de
nervo de indivíduos com neuropatia periférica não hansênica, mas não em
pacientes com hanseníase, sugerindo que de fato o OASL parece funcionar
como um supressor da ativação da resposta imune protetora para a
hanseníase. Assim, a produção diminuída de OASL em estágios iniciais da
infecção poderia conferir resistência à hanseníase. Conjuntamente, esses
dados sugerem que o aumento da expressão do gene OASL favorece, nas
etapas iniciais da infecção pelo M. leprae, a sobrevivência intracelular do bacilo
no seu hospedeiro. === Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae, in
which both host and environmental factors play a role in disease outcome.
Leprosy is the most important cause of infectious nerve incapacity and patients
exhibit high rates of morbidity, which impacts public health. Nevertheless, the
mechanisms of M. leprae-induced imunopathogenesis are not completely
understood, especially in the nerve during the early stages of infection. A global
gene expression analysis using microarrays was carried out in an attempt to
better understand the host-M. leprae interaction. The class of genes induced by
type I IFN was identified as differentially expressed. Of these genes, OASL
presented the highest change in expression, which was confirmed by real-time
reverse transcriptase-polymerase chain reaction (RT-PCR) in M. leprae
infected primary human Schwann cells. We also showed that OASL protein
migrates to the nucleus upon infection with dead M. leprae in both a Schwann
cell lineage and THP1 macrophages, where it probably functions as an
epigenetic repressor of transcription. A case-control study conducted using
single nucleotide polymorphisms (SNPs) in this gene involving 521 cases and
498 controls indicated that the A allele of the rs3213545 SNP is associated with
leprosy resistance. Furthermore, carriers of this allele expressed less OASL
mRNA in nerve biopsies of patients presenting non-leprous peripheral
neuropathy but the same was not observed in patients diagnosed with leprosy,
suggesting that OASL seems to function by suppressing the activation of the
protective immune response. Thus, an increased production of OASL in the
initial stages of the infection by M. leprae may favor intracellular survival of the
bacilli within its host.
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