Caracterização in situ da resposta imune granulomatosa à Leishmania braziliensis em lesões dérmicas crônicas no primata Macaca mulatta

Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-10-22T16:59:52Z No. of bitstreams: 1 camila_s_lemos_ioc_bcm_0001_2010.pdf: 5583427 bytes, checksum: e0182171b95abb491ee7c70d18ffe4c1 (MD5) === Made available in DSpace on 2012-10-22T16:59:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 camila_s_lemo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lemos, Camila Souza
Other Authors: Almeida, Renato Porrozzi de
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5704
Description
Summary:Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-10-22T16:59:52Z No. of bitstreams: 1 camila_s_lemos_ioc_bcm_0001_2010.pdf: 5583427 bytes, checksum: e0182171b95abb491ee7c70d18ffe4c1 (MD5) === Made available in DSpace on 2012-10-22T16:59:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 camila_s_lemos_ioc_bcm_0001_2010.pdf: 5583427 bytes, checksum: e0182171b95abb491ee7c70d18ffe4c1 (MD5) Previous issue date: 2010 === Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. === Para desvendar a fisiopatologia da leishmaniose humana, é necessário um melhor entendimento de como a Leishmania é capaz de sobreviver por anos em granulomas imunologicamente ativos. Neste estudo, utilizamos o modelo de infecção macaco Rhesus-Leishmania braziliensis (Macaca mulatta) de leishmaniose cutânea (LC), como um meio de avaliar a utilidade do sistema primata no estudo da resposta inflamatória crônica granulomatosa desenvolvida pelo hospedeiro tanto na forma auto-resolutiva quanto na forma persistente da doença. Nossos achados reforçam a noção de que existe uma interação entre o sistema imune do hospedeiro e a capacidade patogênica do parasita no resultado clínico da infecção por Leishmania. De acordo com os casos documentados de LC em humanos induzida por L.braziliensis, as infecções experimentais neste modelo induzem a célula “T-helper” tipo 1 (Th1) mediando-a inflamação e levando a formação de granulomas bem organizados, consistindo de todos os tipos celulares específicos encontrados nos granulomas humanos. Nós mostramos que os leucócitos polimorfonucleares são decisivos para controle do parasita nos eventos iniciais da inflamação in vivo. Ademais, fagócitos mononucleares que fagocitam granulócitos apoptóticos parasitados parecem ser a chave principal no estabelecimento da infecção nos macacos. A formação do granuloma verificada nos animais é direcionada por diversos mediadores inflamatórios que são importantes para o desenvolvimento das células Th1 e da função de macrófagos efetores. A análise cinética da resposta inflamatória revelou variados marcadores fenotípicos de células positivas para CD3, CD4, CD8, CD20, CD68, Foxp3 e HLA-DR. Digno de nota, agregados de células B CD20+ foram encontrados na lesão crônica, o qual serve como um substrato morfológico para orquestrarem ou modularem o desenvolvimento da resposta duradoura na infecção persistente. Nossos achados indicam que ambos os subgrupos de células regulatórias CD4 Foxp3+ e Foxp3- expressando interleucina-10 previne a erradicação da L. braziliensis da pele inflamada, desse modo, suprimindo uma eventual resposta curativa em macacos com LC persistente. Esses resultados apontam a viabilidade do uso desse modelo para elucidar, totalmente, os mecanismos moleculares das células t regulatórias mediadoras da supressão na resposta imune efetora, resultando assim o crescimento descontrolado do granuloma durante a leishmaniose, o que é necessário ser considerado em qualquer estratégia proposta para o controle terapêutico dessa importante doença inflamatória. === In order to unravel the physiopathology of leishmaniasis in humans, it is necessary to better understand how Leismania are able to survive for years within immunologicallyactive granulomas. In the present study, we used a Leishmania braziliensis-macaque (Macaca mulatta) infection model of cutaneous leishmaniasis (CL) as a means of assessing the usefulness of this primate system to study the host inflammatory granulomatous response involved in both healing and non-healing forms of the disease. Our findings reinforce the notion that an interplay exists between the host immune system and the pathogenic capability of the parasite in the clinical outcome of leishmanial infection. Consistent with documented cases of human L. braziliensis CL, experimental infections induced a T-helper cell type 1 (Th1)-mediated inflammation leading to the formation of well organized granulomas, consisting of all the specific cell types found within human granulomas. We provide evidence that polymorphonuclear neutrophil leukocytes are decisive for parasite containment by early inflammatory events in vivo. Furthermore, scavenger mononuclear phagocytes engulfing most of the parasite-laden apoptotic granulocytes are likely to be key players in establishing the infection in macaques. We show that granuloma formation in macaques is orchestrated by diverse inflammatory mediators that are important for Th1-cell development and macrophage effector functions. A kinetic analysis of the inflammatory response revealed marked variation in the number of positive cells for CD3, CD4, CD8, CD20, CD68, Foxp3, and HLA-DR phenotypes. Of note, CD20+ dense B-cell aggregates were found in chronic lesions, which might serve as a morphological substrate for the orchestration of the enduring host response to persistent infection. Our findings indicate that both Foxp3+ and Foxp3- CD4+ regulatory T-cell (Treg) subsets expressing interleukin-10 might prevent clearance of L. braziliensis from the inflamed skin, thereby eventually suppressing the healing response in macaques with long-standing CL. These results point to the feasibility of using this model to fully elucidate the molecular mechanisms of Treg-mediated suppression leading to the uncontrolled growth of granulomas occurring in leishmaniasis, which will need to be considered in any strategy designed for therapeutic control of this important inflammatory disease.