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Previous issue date: 2006 === Este estudo busca refletir sobre o conhecimento científico em educação em saúde no controle da dengue no Brasil, levantando os conteúdos e as abordagens/concepções educativas presentes nesses estudos. Realizou pesquisa qualitativa, utilizando-se análise de conteúdo da produção científica, cadastrada nas bases LILACS e MEDLINE, sobre educação em saúde no controle da dengue, publicada no período de 1988 a 2004. (...) Com essa seleção criou-se um quadro, identificando o pressuposto e objetivos de cada estudo, metodologia utilizada, resultado e conclusão. Os estudos foram classificados em cinco eixos de investigação, no qual foram apresentados seus conteúdos relevantes, analisando-se também o formato da cada abordagem/concepção educativa presente no estudo. Verificou-se nessas produções científicas que, apesar de a população ter acesso a informações sobre os mecanismos de transmissão da doença e de seu controle, isto não implica a adoção de práticas preventivas. (...) Indicam para a necessidade de novas estratégias educativas, mas poucos apontam que essas estratégias devam ser baseadas na organização e conhecimento do nível local, levando em conta os discursos, valores e o saber popular, articulando a questão da dengue com outras prioridades da população. Analisando as abordagens educativas predominantes nos serviços de saúde, verificou-se que estas partem de uma perspectiva reducionista da doença, articulando a dengue como um problema entomológico, permanecendo o vetor como o único elo vulnerável, sob o pressuposto de que acúmulo de informação produziria, automaticamente, uma mudança da prática da população. Conclui-se que as práticas educativas em dengue não estão valorizando o real papel da participação da população no controle da doença e da necessidade de repensar essas práticas do ponto de vista popular. (...)
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