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Previous issue date: 2002 === Este trabalho teve o objetivo de estudar o ensino de epidemiologia nos cursos de graduação em Medicina. O que motivou a sua realização foi a constatação de que a disciplina é básica para a formação médica, mas é pouco valorizada. Foi realizada uma revisão da literatura para analisar a constituição da epidemiologia como disciplina científica e as suas relações com a medicina e com o ensino médico. Foi estudada a introdução da disciplina, bem como seu desenvolvimento, na Faculdade de Medicina da UFRJ no período compreendido entre a reforma universitária de 68 e a publicação das diretrizes curriculares para os cursos de medicina em 2001. A documentação examinada se constituiu de Regimentos Internos da Faculdade de Medicina; dos Catálogos do Curso de Graduação em Medicina e dos programas das disciplinas de Epidemiologia, Medicina Preventiva, Mecanismos Básicos de Saúde e Doença e de Atenção Integral à Saúde. Foram efetuadas entrevistas com professores da Faculdade de Medicina da UFRJ para detectar as transformações ocorridas que não aparecem nos documentos oficiais. A revisão da literatura revelou que a aplicação da epidemiologia cresceu na gestão dos serviços de saúde, na medicina e na pesquisa médica. Nas escolas médicas, a partir do final da década de 80, o seu ensino começa a ser mais valorizado. Houve um crescimento da área de saúde coletiva em termos de carga horária e do número de docentes. Entre as disciplinas da área de Saúde Coletiva, a Epidemiologia e a Estatística apresentaram o maior crescimento. Atualmente, são responsáveis por mais da metade da carga horária e pela metade dos docentes existentes no ensino de Saúde Coletiva. Além do crescimento, houve expansão de seus conteúdos para outras disciplinas. Foram identificadas três fases: a primeira, nos anos 70, marcada pela hegemonia da medicina tropical e do movimento preventivista; a segunda, nos anos 80 sob a influência da Reforma Sanitária Brasileira; e a terceira, nos anos 90, caracterizada por uma valorização das suas aplicações às pesquisas clínicas. Ocorreu um processo de substituição de conteúdos que privilegiou os aspectos voltados para a pesquisa clínico epidemiológica em relação aos conteúdos de Saúde Coletiva.
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