Modelagem de dados epidemiológicos de contatos de hanseníase em uma coorte acompanhada na Fundaçäo Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, entre 1987 e 1998

Made available in DSpace on 2012-09-05T18:24:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 69.pdf: 2748022 bytes, checksum: 1bff1c9b1a30051268d64917389d6bdf (MD5) Previous issue date: 2000 === A hanseníase continua sendo um problema de sa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Matos, Haroldo José de
Other Authors: Struchiner, Claudio José
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4481
Description
Summary:Made available in DSpace on 2012-09-05T18:24:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 69.pdf: 2748022 bytes, checksum: 1bff1c9b1a30051268d64917389d6bdf (MD5) Previous issue date: 2000 === A hanseníase continua sendo um problema de saúde pública neste início do terceiro milênio da era cristä. Em particular, é um problema sério nas áreas tropicais do planeta. A campanha de eliminaçäo da hanseníase, patrocinada pela OMS, e centrada na detecçäo e tratamento de casos novos da doença, alcançou um relativo sucesso na reduçäo da taxa de prevalência global da doença. Seu objetivo é reduzir a taxa de prevalência para um valor abaixo de 1 caso por 10.000 habitantes até o ano 2000. Entretanto, em algumas áreas, o coeficiente de detecçäo de casos novos continua crescendo, inclusive no Brasil, que apresenta uma taxa de prevalência ainda alta, de 4,33/10.000 e um coeficiente de detecçäo de 25,86/100.000. A vigilância de contatos se constitui um instrumento importante no controle da doença. No ambulatório Souza Araújo da Fiocruz, Rio de Janeiro, foi iniciado um programa de acompanhamento de contatos em 1987, apoiado pela OMS. Até o momento, mais de 3000 contatos já foram registrados no programa. O objetivo foi o de estimar as taxas de incidência na coorte de contatos da Fiocruz, bem como caracterizar fatores de risco associados ao adoecimento e à infecçäo. Foram utilizados modelos estatísticos para a consecuçäo destes objetivos, como modelos de regressäo logística, modelos de sobrevida näo paramétricos, semi-paramétricos e paramétricos. A taxa de incidência da doença entre os contatos foi estimada em 0,01694 pessoas-ano em cinco anos de acompanhamento (os cinco primeiros anos da coorte), a partir do momento do diagnóstico do caso primário. Os fatores associados ao adoecimento foram: 1) näo vacinaçäo pelo BCG; 2) reaçäo de Mitsuda negativa; e 3) forma clínica multibacilar do caso primário, em especial os casos com um índice Baciloscópico elevado ao final do tratamento (>1). Os fatores associados à infecçäo, avaliada enquanto soropositividade para IgM anti-PGL1, foram: 1) Idade baixa (>20 anos); 2) Medidas baixas da reaçäo de Mitsuda (menor do que 5 mm); 3) Indice baciloscópio do caso primário elevado. As conclusöes do trabalho apontam para a necessidade de medidas adicionais de controle da incidência da hanseníase nos países com alto coeficiente de detecçäo, incluindo a vacinaçäo dos contatos pelo BCG, dosagem de IgM anti-PGL1, além de controle dos pacientes recém-tratados, em especial a caracterizaçäo de seu índice baciloscópico.