Mulheres ao volante: uma análise de gênero, saúde e trabalho em mulheres motoristas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro
Submitted by Gilvan Almeida (gilvan.almeida@icict.fiocruz.br) on 2016-08-10T18:27:54Z No. of bitstreams: 2 1174.pdf: 4803935 bytes, checksum: e58cd5e5fdef250a326443d53ed81611 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) === Approved for entry into archive by Maria...
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Trabalho Feminino Transportes Condução de Veículo Saúde do Trabalhador Identidade de Gênero Condições de Trabalho Saúde da Mulher Pesquisa Qualitativa Vellozo, Danielle Pires Marques Mulheres ao volante: uma análise de gênero, saúde e trabalho em mulheres motoristas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro |
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Previous issue date: 2010 === A presente dissertação, que está inserida no campo da Saúde do Trabalhador, abordou o trabalho de mulheres motoristas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, buscando compreender o fenômeno imbricado na articulação trabalho-gênero-saúde. Umapesquisa empírica foi realizada com motoristas, uma supervisora de Recursos Humanos (RH) e uma instrutora que trabalham em uma empresa de ônibus situada na Zona Nortedo Rio de Janeiro e com motoristas de duas empresas da Zona Oeste da cidade. O objetivo deste estudo foi analisar como as condições de trabalho repercutem na saúde de mulheres que atuam como motoristas de ônibus urbanos na cidade do Rio de Janeiro. O referencial teórico adotado nos aproximou do conceito de gênero e da divisão sexual do trabalho e considerou uma concepção ampliada de saúde, que prioriza as experiências vividas pelos próprios trabalhadores na produção de conhecimentos sobre as relações entre o trabalho e a saúde. A metodologia adotada seguiu uma abordagem qualitativa, a partir de um mosaico científico composto de observações participantes no interior de ônibus guiados por mulheres, entrevistas semi-estruturadas e análise de matérias de revista especializada no transporte urbano por ônibus. Como resultado, destacamos que as condições de trabalho no setor de transporte rodoviário de passageiros por ônibus geram repercussões distintas à saúde, cujas principais diferenças podem ser compreendidas pela perspectiva de gênero. Nesse sentido, apontamos em nosso estudo que diferenças biológicas entre os sexos se apresentam como desvantagens ergonômicas para as mulheres que dirigem ônibus projetados para homens, uma vez que esta atividade parece ser ainda considerada, socialmente e, portanto com reflexos nas técnicas e tecnologias, como exclusiva para homens. === Outro ponto fundamental analisado foram as repercussões geradas pela acoplagem dos trabalhos domésticos à atividade de motorista de ônibus que favorecem sobrecargas físicas e mentais no processo saúdedoença das mulheres que, apesar de sua inserção no trabalho assalariado ainda conservam como suas atribuições de gênero os cuidados com a casa e a família. A análise das entrevistas sobre o trabalho na perspectiva de gênero e suas repercussões à saúde adotou como referencial a ambiguidade apreendida nos discursos sobre as mulheres nessa atividade. Essa ambiguidade foi identificada na relação argumentativa entre um discurso genérico e comum a homens e mulheres sobre direção de ônibus como prática profissional qualificada e isenta de especificidades para um discurso entremeado por qualidades masculinas e femininas orientadas por atribuições e expectativas de gênero. |
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