Impacto da vacina pneumocócica conjugada 10-valente (PCV10) na meningite pneumocócica na região metropolitana de Salvador, Bahia

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Bibliographic Details
Main Author: Silva Junior, Jailton de Azevedo
Other Authors: Andrade, Alcina Marta de Souza
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14244
Description
Summary:Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2016-05-11T14:07:03Z No. of bitstreams: 1 Jailton_Azevedo Silva Junior. Impacto da vacina...2015.pdf: 2256825 bytes, checksum: 6da623ba97a2d68604f3b4a098585b07 (MD5) === Approved for entry into archive by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2016-05-11T14:07:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Jailton_Azevedo Silva Junior. Impacto da vacina...2015.pdf: 2256825 bytes, checksum: 6da623ba97a2d68604f3b4a098585b07 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-05-11T14:07:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jailton_Azevedo Silva Junior. Impacto da vacina...2015.pdf: 2256825 bytes, checksum: 6da623ba97a2d68604f3b4a098585b07 (MD5) Previous issue date: 2015 === Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil === INTRODUÇÃO: Em 2010, a vacina conjugada 10-valente (PCV10) foi incorporada ao programa nacional de imunizações (PNI) brasileiro. Este imunobiológico confere imunização contra os dez principais tipos capsulares de Streptococcus pneumoniae, patógeno responsável por diversas manifestações clínicas e com elevada contribuição nas taxas de incidência e mortalidade por meningite, que é a condição clínica mais grave. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da PCV10 na epidemiologia da meningite pneumocócica na região metropolitana de Salvador (RMS) Bahia, comparando o período anterior (2008-2010) e posterior (2011-2013) a sua utilização, bem como realizar uma caracterização molecular minuciosa a partir de uma série histórica (1996-2012) entre os isolados resistentes a penicilina (PNSSP com CIM≥ 0,125 μg/mL) e para os sorotipos não-vacinais (2008-2012). MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos todos casos de meningite pneumocócica confirmados laboratorialmente no período entre 1996 a 2013. Taxas de incidência para a Salvador e RMS foram calculadas com base nos dados populacionais do IBGE/2010. A determinação do tipo capsular foi realizada através da técnica de Multiplex-PCR e/ou reação de Quellung. A sensibilidade a nove antimicrobianos foi testada através das técnicas disco-difusão, microdiluição e E-test. Para caracterizar o perfil molecular foram aplicadas as técnicas de genotipagem de PFGE e MLST. RESULTADOS: Um total de 939 casos de meningite pneumocócica foram identificados no período de 1996- 2013, sendo que 70 casos ocorrem entre 2011 a 2013 (período pós-vacinal). A incidência de meningite pneumocócica em todas as faixas etárias na RMS reduziu de 0,70 casos/100.000 habitantes para 0,59 casos/100.000 habitantes considerando o período de três anos antes e após a vacinação com PCV10 [p< 0,05; RR IC 95%: 1,46 (1,03-2,05)]. Esta redução foi significativa na faixa etária de 0-2 anos e nos casos por sorotipos relacionados à PCV10. Não houve aumento significativo de casos por sorotipos não vacinais nesta casuística, apesar do surgimento de casos por sorotipos não-vacinais não detectados anteriormente na série histórica de MP (10F, 21, 22F, 15A e 24F). Os isolados resistentes à penicilina analisados na série histórica se restringiram a 13 sorotipos, entre os quais: 14 (45,1 %; 78/173), 23F (19,1%; 33/173), 6B (14,4 %; 25/173), 19F (9,2 %; 16/173) e 19A (5,2 %; 9/173). 94% dos casos nãosusceptíveis à penicilina (PNSSP) foram de sorotipos vacinais. Os grupos clonais caracterizados pelo PFGE/MLST predominantes ao longo dos anos foram representados pelo sorotipo 14, denominado grupo A/ST 66 [35,3 % (61/173)] e grupo GK/ST 156 [4.6 % (8/173)], este último associado com níveis elevados de resistência a penicilina e ceftriaxona. Não foram detectados grupos clonais emergentes associados a tipos capsulares não-vacinais. CONCLUSÕES: Estes achados sugerem que a introdução da PCV10 modificou a epidemiologia da meningite pneumocócica na população estudada. === INTRODUCTION: In 2010, the 10-valent pneumococcal conjugate vaccine (PCV10) was introduced into the Brazilian national immunization program (NIP). This immunobiological provides immunization against the main ten capsular types of Streptococcus pneumoniae, the pathogen responsible for different clinical manifestations and high contribution in the incidence and mortality from meningitis, which is the most severe clinical condition. OBJECTIVE: This study aimed to evaluate the impact of PCV10 in the epidemiology of pneumococcal meningitis in the metropolitan area of Salvador (RMS) Bahia, comparing the previous (2008-2010) and after (2011-2013) periods its use, as well as conduct a thorough molecular characterization from a historical series (1996-2012) among isolates resistant to penicillin (PNSSP with CIM≥ 0.125 g / ml) and nonvaccine serotypes (2008-2012). MATERIAL AND METHODS: We included all cases of pneumococcal meningitis laboratory confirmed for the period 1996 to 2013. Incidence rates for Salvador and RMS were calculated based on population data from IBGE/2010. The capsular type determination was performed by multiplex PCR and/or Quellung reaction. Isolates Nine antibiotics were tested by disk-diffusion test, broth micro-dilution and E-test. To characterize the molecular profiling techniques were applied genotyping PFGE and MLST. RESULTS: A total of 939 cases of pneumococcal meningitis were identified during 1996-2013 period, with 70 cases occurring between 2011-2013 (post-vaccination period). The incidence of pneumococcal meningitis in all age groups in the RMS decreased from 0.70 cases / 100,000 inhabitants to 0.59 cases / 100,000 inhabitants considering the three-year period before and after vaccination with PCV10 [p <0.05; RR 95% CI: 1.46 (1.03 to 2.05)]. This reduction was significant in the age group 0-2 years and in cases by serotypes related to PCV10. There was no significant increase in cases by serotypes not vaccine in this series, despite the emergence of cases by serotypes not-vaccine previously undetected in the historical series of MP (10F, 21, 22F, 15A and 24F). The penicillin resistant isolates analyzed the historical series were restricted to 13 serotypes, including: 14 (45.1%; 78/173), 23F (19.1%; 33/173), 6B (14.4%; 25/173), 19F (9.2%, 16/173) and 19A (5.2%, 9/173). 94% of nonsusceptible to penicillin cases (PNSSP) were vaccine serotypes. Clonal groups characterized by PFGE / MLST predominant over the years have been represented by serotype 14, group called A / ST 66 [35.3% (61/173)] and Group GK / TS 156 [4.6% (8/173) ], the latter associated with elevated levels of penicillin and ceftriaxone resistance. Not were detected emerging clonal groups associated with capsular types non-vaccination. CONCLUSIONS: These findings suggest that the introduction of PCV10 changed the epidemiology of pneumococcal meningitis in the population studied.