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Previous issue date: 2010 === A invisibilidade secular da questão quilombola tem favorecido sua vulnerabilidade social,frequentemente determinada pela condição socioeconômica, demográfica e ambiental, o que se traduz em precárias condições de vida, menor acesso às redes de proteção social e incapacidadede superar situações de risco à saúde. Em pesquisas em saúde, a medição sintética da intensidade do cenário de risco geralmente é realizada através da identificação de indicadores sociais como nível de escolaridade, renda, saneamento básico, mortalidade infantil e prevalência de índices de desnutrição, entre outros, que permitem constatar estas desigualdades. Neste sentido, a presente tese procurou identificar e caracterizar populações específicas (quilombolas), em situação de vulnerabilidade social e de saúde através da análise de alguns indicadoressociodemográficos, ambientais, antropométricos e de mortalidade infantil. Trata-se de um estudo transversal realizado em seis comunidades quilombolas do município de Santarém, Pará, no período de 2003 2004 e 2006. A tese é apresentada sob a forma de artigos científicos. O primeiro aborda a mortalidade infantil por área de residência da população quilombola para o ano de 2006. O segundo artigo analisa as relações entre condições socioambientais e déficit estatural em crianças quilombolas nos anos de 2003 e 2004. Por fim, o terceiro artigo estuda a situação nutricional como reflexo das desigualdades sociais da população adulta e idosa das comunidades investigadas. Os resultados mostram a existência de situações de vulnerabilidade social e de saúde, diferenciadas segundo a localização geográfica dos quilombos, o que guardaestreita relação com a sazonalidade climática, assim como com as condições ambientais, socioeconômicas e demográficas. São discutidas questões ligadas à carência de fontes de apoioexternas e de sistemas de proteção social sustentáveis para as comunidades sob análise.
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