Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde

Made available in DSpace on 2015-12-29T16:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luana_correa_ini_mest_2013.pdf: 672774 bytes, checksum: c7b9241ebc6dc4f11119442ddca9840e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-11-23 === Fundação Oswa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Corrêa, Luana Sicuro
Other Authors: Daumas, Regina
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12462
id ndltd-IBICT-oai-www.arca.fiocruz.br-icict-12462
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
sources NDLTD
topic Alarmes Clínicos
Dengue
Criança
Pessoal de Saúde
spellingShingle Alarmes Clínicos
Dengue
Criança
Pessoal de Saúde
Corrêa, Luana Sicuro
Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
description Made available in DSpace on 2015-12-29T16:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luana_correa_ini_mest_2013.pdf: 672774 bytes, checksum: c7b9241ebc6dc4f11119442ddca9840e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-11-23 === Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil === Introdução: Dengue possui amplo espectro clínico, sendo o reconhecimento precoce de casos graves seguido de intervenção a principal estratégia para diminuição da letalidade. A identificação de sinais de alarme, que indicam risco de evolução para gravidade, é enfatizada na nova classificação das formas clínicas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e na de manejo clínico adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil (MS). No Brasil, desde 2008, houve aumento na incidência de casos graves pediátricos. A identificação de gravidade é mais difícil nas crianças, geralmente menos sintomáticas, com evolução mais rápida para o choque e sem manifestações hemorrágicas. Objetivo: Identificar os sinais de alarme para dengue grave em crianças, reconhecidos por profissionais e técnicos do Sistema Único de Saúde, por meio da versão brasileira de instrumento proposto pela OMS Métodos: Tradução e retrotradução do questionário original em inglês, seguida de discussão com especialistas e pré-teste do instrumento. Inquérito realizado em 2011 por meio da aplicação da versão brasileira do questionário a médicos (M), enfermeiros (E) e técnicos de enfermagem (T) de duas unidades de atenção primária, uma secundária e duas terciárias, todas do Sistema Único de Saúde (n=488). Foram coletadas informações sociodemográficas, experiência no atendimento de dengue e sobre o uso e classificação de importância dos sinais de alarme para dengue grave definidos pela OMS e MS. Diferenças nas distribuições de frequência das variáveis por nível de atenção e ocupação foram avaliadas pelo teste qui-quadrado e Kruskal-Wallis (p<0,05) Resultados: Quanto à versão brasileira do questionário OMS, apenas a questão relativa à classificação dos sinais foi reformulada por sua difícil compreensão. Do total, 474 (97%) participantes responderam ao questionário, 40% M, 23% E e 37% T; 75% de unidades de atenção terciária. Sangramentos de mucosa e dor abdominal foram os sinais mais usados para encaminhamento de pacientes para unidades de maior complexidade. Nos três níveis de atenção, 90% dos profissionais referiram usar os sinais de alarme, sendo os mais citados, hemorragias importantes, dor abdominal e hemoconcentração/plaquetopenia, e os menos citados, dor à palpação abdominal e hepatomegalia. Na atenção secundária, sangramento de mucosas foi um dos três sinais mais citados. Foi encontrada diferença significativa na comparação entre as ocupações, com destaque para derrames cavitários, sangramentos de mucosas, letargia e desconforto respiratório (p<0,01). Aumento de hematócrito concomitante à plaquetopenia e hemorragias importantes foram mais frequentemente ranqueados como de maior importância, ainda que com grande variação na pontuação atribuída a cada sinal e entre as ocupações. Médicos valorizaram mais \201Chipotensão/desmaio\201D e \201Cletargia/agitação\201D, enquanto técnicos enfatizaram mais \201Csangramentos de nariz e gengiva\201D Discussão: Os sinais de alarme são muito usados na prática clínica. Sangramentos e hemoconcentração/plaquetopenia foram muito valorizados, enquanto menor importância foi dada aos sinais de choque, diretamente relacionados à gravidade da doença. Estes resultados sugerem a necessidade de adequação dos treinamentos, dando maior ênfase aos sinais de choque, considerando as atribuições de cada categoria ocupacional no atendimento de crianças com dengue === Introduction: Dengue is a disease with a broad clinical spectrum. T he early recognition and treatment of severe cases is the main strategy to reduce lethality. The revised dengue case classification proposed by the World Health Organization (WHO), as well as the clinical management guideline adopted by the Brazilian Minis try of Health (MS), emphasizes the early identification of warning signs as predictors of severe outcomes. In Brazil, since 2008, the incidence of severe pediatric cases has been increased. The diagnosis of dengue severe cases among children is difficult since they are usually oligosymptomatic, with rapid progression to shock syndrome and without hemorrhagic manifestations . Objective: To identify dengue warning signs in children recognized by the health personnel of the National Health System (SUS) using t he Brazilian version of an instrument proposed by the WHO. Methods : Translation and back translation of the WHO instrument followed by an expert panel consensus and a pretest of the first prototype of the Brazilian version. The survey was conducted in 2011 b y applying the final Brazilian version of the WHO questionnaire to physicians (MD), nurses (N) and nurse assistants (NA) of two primary care units , one secondary and two tertiary health care facilities of SUS (n=488). Data collection included socio - demog raphic characteristics, dengue clinical experience, use and ranking of the dengue warning signs defined by WHO and MS. The chi - square and Kruskal - Wallis tests (p<0.05) were used to assess whether there are differences in the use of warning signs according to the level of health care and occupations. R esults: Only one item of the WHO instrument, related to the ranking of dengue warning signs, was rephrased to ease the understanding. Of the total, 474 (97%) participants filled out the questionnaire; 40% MD, 2 3% N e 37% NA; 75% of them from tertiary health care facilities. Mucosal bleeding and abdominal pain were the most commonly used signs to refer patients to a higher level of care. Ninety percent of all participants reported using dengue warning signs, the most frequently cited were major bleeding, abdominal pain and hemoconcentration/thrombocytopenia ; the less reported were abdominal tenderness and hepatomegaly. Mucosal bleeding was one of the three most - cited warning signs at secondary care. There were sta tistical significant differences by occupations, particularly for fluid effusion , mucosal bleeding, lethargy and respiratory distress (p<0.01). Despite the wide range of scores assigned to each warning sign and among occupations, hemoconcentration concurre nt with thrombocytopenia and major bleeding were more often ranked as the most important sign. Physicians emphasized "hypotension/collapse" and "lethargy/restlessness" while nurse assistants stressed the importance of "nose and gum bleeding". Discussion: D engue warning signs are widely used in clinical practice. Bleeding and hemoconcentration/thrombocytopenia were highly valued, but clinical signs of shock directly related to severity received less attention. These results suggest the need of a revision in clinical management trainings for health personnel working with dengue in children. Clinical signs of shock should be emphasized, considering the different roles of each health professional.
author2 Daumas, Regina
author_facet Daumas, Regina
Corrêa, Luana Sicuro
author Corrêa, Luana Sicuro
author_sort Corrêa, Luana Sicuro
title Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
title_short Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
title_full Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
title_fullStr Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
title_full_unstemmed Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde
title_sort utilização de sinais de alarme para dengue grave em crianças por profissionais do sistema único de saúde
publishDate 2015
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12462
work_keys_str_mv AT correaluanasicuro utilizacaodesinaisdealarmeparadenguegraveemcriancasporprofissionaisdosistemaunicodesaude
_version_ 1718830958375862272
spelling ndltd-IBICT-oai-www.arca.fiocruz.br-icict-124622019-01-21T16:53:57Z Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de Saúde Corrêa, Luana Sicuro Daumas, Regina Passos, Sonia Lambert Lago, Marcos Junqueira do Hökerberg, Yara Hahr Marques Brasil, Patrícia Alarmes Clínicos Dengue Criança Pessoal de Saúde Made available in DSpace on 2015-12-29T16:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luana_correa_ini_mest_2013.pdf: 672774 bytes, checksum: c7b9241ebc6dc4f11119442ddca9840e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-11-23 Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil Introdução: Dengue possui amplo espectro clínico, sendo o reconhecimento precoce de casos graves seguido de intervenção a principal estratégia para diminuição da letalidade. A identificação de sinais de alarme, que indicam risco de evolução para gravidade, é enfatizada na nova classificação das formas clínicas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e na de manejo clínico adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil (MS). No Brasil, desde 2008, houve aumento na incidência de casos graves pediátricos. A identificação de gravidade é mais difícil nas crianças, geralmente menos sintomáticas, com evolução mais rápida para o choque e sem manifestações hemorrágicas. Objetivo: Identificar os sinais de alarme para dengue grave em crianças, reconhecidos por profissionais e técnicos do Sistema Único de Saúde, por meio da versão brasileira de instrumento proposto pela OMS Métodos: Tradução e retrotradução do questionário original em inglês, seguida de discussão com especialistas e pré-teste do instrumento. Inquérito realizado em 2011 por meio da aplicação da versão brasileira do questionário a médicos (M), enfermeiros (E) e técnicos de enfermagem (T) de duas unidades de atenção primária, uma secundária e duas terciárias, todas do Sistema Único de Saúde (n=488). Foram coletadas informações sociodemográficas, experiência no atendimento de dengue e sobre o uso e classificação de importância dos sinais de alarme para dengue grave definidos pela OMS e MS. Diferenças nas distribuições de frequência das variáveis por nível de atenção e ocupação foram avaliadas pelo teste qui-quadrado e Kruskal-Wallis (p<0,05) Resultados: Quanto à versão brasileira do questionário OMS, apenas a questão relativa à classificação dos sinais foi reformulada por sua difícil compreensão. Do total, 474 (97%) participantes responderam ao questionário, 40% M, 23% E e 37% T; 75% de unidades de atenção terciária. Sangramentos de mucosa e dor abdominal foram os sinais mais usados para encaminhamento de pacientes para unidades de maior complexidade. Nos três níveis de atenção, 90% dos profissionais referiram usar os sinais de alarme, sendo os mais citados, hemorragias importantes, dor abdominal e hemoconcentração/plaquetopenia, e os menos citados, dor à palpação abdominal e hepatomegalia. Na atenção secundária, sangramento de mucosas foi um dos três sinais mais citados. Foi encontrada diferença significativa na comparação entre as ocupações, com destaque para derrames cavitários, sangramentos de mucosas, letargia e desconforto respiratório (p<0,01). Aumento de hematócrito concomitante à plaquetopenia e hemorragias importantes foram mais frequentemente ranqueados como de maior importância, ainda que com grande variação na pontuação atribuída a cada sinal e entre as ocupações. Médicos valorizaram mais \201Chipotensão/desmaio\201D e \201Cletargia/agitação\201D, enquanto técnicos enfatizaram mais \201Csangramentos de nariz e gengiva\201D Discussão: Os sinais de alarme são muito usados na prática clínica. Sangramentos e hemoconcentração/plaquetopenia foram muito valorizados, enquanto menor importância foi dada aos sinais de choque, diretamente relacionados à gravidade da doença. Estes resultados sugerem a necessidade de adequação dos treinamentos, dando maior ênfase aos sinais de choque, considerando as atribuições de cada categoria ocupacional no atendimento de crianças com dengue Introduction: Dengue is a disease with a broad clinical spectrum. T he early recognition and treatment of severe cases is the main strategy to reduce lethality. The revised dengue case classification proposed by the World Health Organization (WHO), as well as the clinical management guideline adopted by the Brazilian Minis try of Health (MS), emphasizes the early identification of warning signs as predictors of severe outcomes. In Brazil, since 2008, the incidence of severe pediatric cases has been increased. The diagnosis of dengue severe cases among children is difficult since they are usually oligosymptomatic, with rapid progression to shock syndrome and without hemorrhagic manifestations . Objective: To identify dengue warning signs in children recognized by the health personnel of the National Health System (SUS) using t he Brazilian version of an instrument proposed by the WHO. Methods : Translation and back translation of the WHO instrument followed by an expert panel consensus and a pretest of the first prototype of the Brazilian version. The survey was conducted in 2011 b y applying the final Brazilian version of the WHO questionnaire to physicians (MD), nurses (N) and nurse assistants (NA) of two primary care units , one secondary and two tertiary health care facilities of SUS (n=488). Data collection included socio - demog raphic characteristics, dengue clinical experience, use and ranking of the dengue warning signs defined by WHO and MS. The chi - square and Kruskal - Wallis tests (p<0.05) were used to assess whether there are differences in the use of warning signs according to the level of health care and occupations. R esults: Only one item of the WHO instrument, related to the ranking of dengue warning signs, was rephrased to ease the understanding. Of the total, 474 (97%) participants filled out the questionnaire; 40% MD, 2 3% N e 37% NA; 75% of them from tertiary health care facilities. Mucosal bleeding and abdominal pain were the most commonly used signs to refer patients to a higher level of care. Ninety percent of all participants reported using dengue warning signs, the most frequently cited were major bleeding, abdominal pain and hemoconcentration/thrombocytopenia ; the less reported were abdominal tenderness and hepatomegaly. Mucosal bleeding was one of the three most - cited warning signs at secondary care. There were sta tistical significant differences by occupations, particularly for fluid effusion , mucosal bleeding, lethargy and respiratory distress (p<0.01). Despite the wide range of scores assigned to each warning sign and among occupations, hemoconcentration concurre nt with thrombocytopenia and major bleeding were more often ranked as the most important sign. Physicians emphasized "hypotension/collapse" and "lethargy/restlessness" while nurse assistants stressed the importance of "nose and gum bleeding". Discussion: D engue warning signs are widely used in clinical practice. Bleeding and hemoconcentration/thrombocytopenia were highly valued, but clinical signs of shock directly related to severity received less attention. These results suggest the need of a revision in clinical management trainings for health personnel working with dengue in children. Clinical signs of shock should be emphasized, considering the different roles of each health professional. 2015-12-29T16:20:08Z 2015-12-29T16:20:08Z 2013 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12462 por info:eu-repo/semantics/openAccess reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ instname:Fundação Oswaldo Cruz instacron:FIOCRUZ