Summary: | Os objetos do tipo SW Sextantis (SW Sex) compõem uma subclasse das variáveis cataclísmicas (VCs) do tipo novalike. As VCs são sistemas binários compactos com transferência de matéria de uma estrela de baixa massa da sequência principal ou pouco evoluída, a chamada secundária, para uma anã branca (AB), a primária. Nas novalikes, devido à alta taxa de transferência de matéria da secundária, supõe-se que o disco de acreção esteja sempre em estado de alto brilho e com alta viscosidade. Do ponto de vista observacional, as SW Sex são definidas por algumas peculiaridades, dentre as quais destacamos: (i) linhas de Balmer em emissão com pico simples, mesmo em sistemas com alta inclinação do plano orbital onde se esperaria linhas de picos duplos; (ii) linhas de emissão com velocidade radial defasada do movimento orbital da anã branca. Para explicar a fenomenologia associada a esses objetos são propostos vários cenários: transbordamento do fluxo de matéria acima do plano orbital; ventos do disco; disco geometricamente espesso nas bordas e/ou acreção magnética. Este trabalho de mestrado buscou por sinais de acreção magnética nos dados polarimétricos obtidos no Observatório Pico dos Dias (LNA). Nossa amostra é composta pelos sistemas: LS Peg; 1H 0204-023; SW Sex; V442 Oph e V380 Oph. A existência de polarização circular não-nula e variável pode ser interpretada por emissão ciclotrônica, similar ao observado nas variáveis cataclísmicas magnéticas. No sistema LS Peg, confirmamos a presença de polarização circular com a emissão modulada com o período em torno de 20 minutos, coerente na fotometria e polarimetria, que pode ser interpreta como o período de rotação da AB. A análise preliminar de 1H 0204-023, SW Sex e V442 Oph indica a presença de polarização circular intrínseca e variável, mas nenhum período significativo que possa ser associado à rotação da AB. Em V380 Oph, não há sinal de variabilidade na polarimetria, mas na fotometria encontramos um período consistente com a literatura da ordem de 47 min. === The SW Sextantis (SW Sex) systems belong to a subclass of cataclysmic variables (CVs) of the novalike type. The CVs are compact binary systems presenting mass transfer from a low-mass main-sequence or slightly evolved star, the secondary star, to a white dwarf (WD), the primary star. The accretion disk of novalikes is always in a bright state due to the high mass-transfer rate of the secondary, which keeps the disk in a high viscosity regime. From the observational point of view, SW Sex objects are defined by some peculiarities, among which we emphasize: (i) singlepeak emission lines, even in systems seen at high inclinations, for which we expect double-peak lines; (ii) lagged radial velocity curve of the emission lines relative to the orbital motion of the white dwarf. Some scenarios are proposed to explain this phenomenology: stream overflow above the orbital plane; disk winds; flared disk and/or magnetic accretion. This masters work sought by magnetic accretion signals. In photometric and polarimetric datas in a sample of SW Sex objects using data obtained in the Observatório Pico dos Dias (LNA). The existence of non-zero circular polarization can be interpreted as cyclotron emission. We confirm the presence of polarization in LS Peg modulated at 20 minutes, coherent with photometry and polarimetry. It could be associated with the rotation period of the white dwarf. Preliminary analysis of 1H 0204-023, SW Sex, and V442 Oph indicates the presence of intrinsic circular polarization. V380 Oph does not show variability in polarimetry, but we find a photometric period of 47 min, consistent with the published flarings period.
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