Summary: | Existem na literatura vários algorítmos para obtenção de estimativas de concentração de pigmentos no oceano a partir de imagens orbitais. Estes algorítmos visam a remoção de efeitos atmosféricos e ao cálculo da concentração de pigmento. Neste trabalho são descritos e comparados dois algorítmos de correção atmosférica para dez imagens CZCS; o algorítmo interativo do Smith e Wilson (1981) (S), o qual utiliza o modelo de espalhamento simples e o de Gordon et al. (1988) (G) que utiliza o modelo de espalhamento múltiplo. Para a estimativa da concentração de pigmento foram usados o algorítmo padrão de dois canais de Gordon et al. (1983) (P1) e um de três canais de Dennis Clark (Muller-Karger et al., 1990) (P2). Devido a ausência de dados in situ simultâneos a passagem do satélite, o objetivo do trabalho restringiu-se à comparação entre os resultados quando combinados os diferentes algorítmos. Além disso foram realizadas comparações entre dados orbitais e dados históricos in situ. Concluiu-se que para águas profundas não ocorrem variações consideráveis ao se alterar as combinações de algorítmos. Já para águas de plataforma continental as discrepâncias entre os resultados são bastante acentuadas, principalmente para concentrações superiores a 1,0 mg/m3 , onde os valores podem ser questionáveis em função da grande quantidade de material em suspensão. Os resultados sugerem que, para as imagens completas, os distintos algorítmos bio-ópticos apresentam maior impacto na determinação das concentrações de pigmento do que os algorítmos de correção atmosférica, visto que o algorítmo de Dennis Clark superestima os valores apresentados pelo algorítmo de Gordon et al. (1983), independente da correção atmosférica utilizada. As estimativas de distribuição espacial de pigmentos no Oceano Atlântico Sudoeste adjacente à costa brasileira, apresentadas pela primeira vez no presente trabalho, deverão ser aperfeiçoadas através de projeto de calibração de novos dados orbitais com dados coletados in situ. === Orbital images have been used to estimate ocean pigment concentration through image analysis using different computational algorithms. These algorithms remove anomalous effects from atmosphere and calculate the ocean pigment concentration. Two algorithms were used to correct atmospheric effects for ten images: the interactive algorithm based on a simple scattering model of Smith and Wilson (1981) (S) and an algorithm created by Gordon et al. (1988) (G), which considers the multiple scattering model. The pigment estimates were made considering two bio-optical algorithms: the standard two channel algorithm from Gordon et al. (1983) (P1) and the three channel algorithm elaborated by Dennis Clark (P2) (Müller-Karger et al.,1990). The objective of the present study was to compare the results obtained from four algorithm's combinations (8P1, 8-P2, G-P1, G-P2), since there was not in situ data available at the same time of the satellite imagery. Orbital and historical in situ data were also compared. It was possible to observe that for deep ocean waters there was little variation among the algorithm' s combinations. However, for continental shelf waters this variations were more pronounced, mainly for concentrations above 1,0 mg/m3, such values can be questioned due to the great amount of suspended material. For the whole set of images, the results suggest that the bio-optical algorithms have a strong impact on the pigment concentration determination, since the Dennis Clark algorithm has always produced higher concentration values than the one from Gordon et al. (1983), independently of the applied atmospheric correction algorithms. The estimations of spatial pigment distribution in Southwestern Atlantic Ocean adjacent to the Brazilian coast showed for the first time in this paper, should be improved by calibration of new orbital data set as well as in situ data.
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