Observações do metano atmosférico no Brasil

Apresentam-se as primeiras medidas Sistemáticas do metano atmosférico (CH4) na baixa troposfera em diferentes localidades do Brasil, e o seu fluxo em uma lagoa do Pantanal Mato-Grossense. Para sua determinação quantitativa otimizou-se um cromatógrafo com detector de ionização de chama. Comparam-se o...

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Bibliographic Details
Main Author: Plínio Carlos Alvalá
Other Authors: Volker Walter Johann Heinrich Kirchhoff
Language:Portuguese
Published: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 1995
Online Access:http://urlib.net/sid.inpe.br/iris@1905/2005/07.28.21.35.44
Description
Summary:Apresentam-se as primeiras medidas Sistemáticas do metano atmosférico (CH4) na baixa troposfera em diferentes localidades do Brasil, e o seu fluxo em uma lagoa do Pantanal Mato-Grossense. Para sua determinação quantitativa otimizou-se um cromatógrafo com detector de ionização de chama. Comparam-se os dados da concentração de CH4 da superfície obtidos em Natal, RN ( 6 graus S) e Cuiabá, MT ( 16 graus S) com valores obtidos por outros autores em estações marítimas, em latitudes próximas. As medias anuais para Natal ( 1993:1675 mais ou menos 28 ppbv, 1994:1682 mais ou menos 29 ppbv) coincidem às observadas nas estações marítimas, bem como o padrão de variação sazonal, o qual mostra amplitudes apenas da ordem de 1 em relação aos valores médios; embora os dados apresentem considerável dispersão. A maioria das estações de monitoramento da rede NOAA e marítima. Para a estação de Cuiabá observaram-se medias com valores bem superiores aos esperados para a sua latitude. Este resultado parece estar diretamente relacionado a presença de fontes locais, tais como a queima de biomassa na estação seca. Perfis de metano realizados na baixa troposfera, nas épocas chuvosas e seca na região do Cerrado, utilizando uma aeronave Bandeirante mostraram um aumento na concentração do perfil médio em Cuiabá ( 1665 mais ou menos 24ppbv na época chuvosa e 1717 mais ou menos 15 mppbv na epoca seca ), quando o numero de queimadas e maior, evidenciando a participação destas na emissão de metano para a atmosfera. Finalmente, obtiveram-se medidas de fluxo de CH4 em uma lagoa de Pantanal, em duas estações diferentes. Os fluxos médios foram 76 mais ou menos 110 mg CH4 m-2 dia -1 (abril) e 32 mais ou menos 52 mg CH4 m-2 dia -1 ( agosto-setembro), que são comparáveis aos fluxos encontrados em áreas alagadas na Amazônia. === The first measurements of atmospheric methane (CH4) in the lower troposphere in different locations in Brazil are presented and, its flux in a lake of the Pantanal area in Mato Grosso. For the quantitative determination of the CH4 concentration, a gas chromatograph with a flame ionization detector was optimized. Surface methane concentrations at Natal (6°S) and Cuiabá (l6°S) are compared with data for marine stations at nearby latitudes obtained by other authors. The yearly averages for Natal (1993;1675 ± 28 ppbv, 1994:1682 ± 29 ppbv) and its seazonal behavior agree with the marine station, although, the data show a large dispersion. The seazonal amplitude is only 1% of the averages. The concentrations for Cuiabá are much larger than expected. This result appears to be related to the presence of local sources, such as burnings in the dry season. Methane profiles obtained in the lower troposphere, during the wet and dry seasons using a Bandeirante aircraft show an increase in the average concentration profile for Cuiabá (1665 ± 24 ppbv, wet season and, 1717 ± 15 ppbv, dry season). Measurements of methane fluxes in a lake of the Pantanal for two seasons, show average fluxes of 76 ± 110 mg CH4 m-2 day-1 (April) and 32 ± 52 mg CH4 m-2 day-1 (August-September) comparable to Amazonian wetlands.