O desafio da universalização da educação básica no contexto das políticas educacionais para a educação especial

A referente pesquisa teve como foco perceber e compreender a cobertura das matrículas de alunos com NEE. Para tanto, foram levantados dados nacionais (INEP e IBGE) e dados internacionais (UNESCO) a fim de verificar um contexto de políticas que indicam a universalização do ensino básico. Dessa forma,...

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Bibliographic Details
Main Author: Jessica de Lourdes Preti
Other Authors: Silvia Márcia Ferreira Meletti .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Educação, Comunicação e Artes. Programa de Pós-Graduação em Educação. 2017
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000218845
Description
Summary:A referente pesquisa teve como foco perceber e compreender a cobertura das matrículas de alunos com NEE. Para tanto, foram levantados dados nacionais (INEP e IBGE) e dados internacionais (UNESCO) a fim de verificar um contexto de políticas que indicam a universalização do ensino básico. Dessa forma, pretendemos identificar e analisar como dados oficiais indicam o aumento ou a queda do acesso de alunos com NEE na rede regular de ensino. Foram utilizadas como fontes de dados os Relatórios de Monitoramento da Unesco (2010-2015) considerando sua importância por ser uma avaliação feita anualmente para verificar a situação global da educação básica para todas as crianças, jovens e adultos (UNESCO, 2007), os Índices de matrículas de alunos com NEE, disponibilizados pelo INEP, os dados fornecidos pelo Censo Demográfico (2010) e os dados estatísticos da UNESCO. A ilusória defesa pela universalização do ensino torna-se visível a partir da observação dos dados utilizados nesta pesquisa. Enquanto a UNESCO, juntamente com outros organismos internacionais, elabora metas e formas de monitoramento sobre a educação para atingir a universalização do ensino mundial, em especial do sexo feminino, os índices apontam que há cada vez mais pessoas fora das escolas e que a quantidade de homens nas escolas é em grande parte maior do que de mulheres. Os dados do IBGE apontam que o maior índice de pessoas com deficiência permanente se encontra no sexo masculino e em sua maioria com deficiência intelectual. Nas três modalidades trabalhadas (regular, especial e EJA), ficam evidentes, dentro das variáveis cruzadas (raça, etapa, idade e localização), as debilidades de um sistema pretensiosamente igualitário, de qualidade e universal. Em relação aos microdados disponibilizados pelo INEP, percebe-se que as questões sobre a raça mostraram que a pessoa com deficiência tem suas condições de segregação potencializadas por ser negra ou parda. Nos dados de etapa de ensino ficou evidente uma maioria de matrículas no ensino fundamental I, o que justifica o descaso dos governantes e o interesse em continuar a formação da população mais pobre apenas para o mercado de trabalho.Os dados referentes à idade se agravam em relação as pessoas com NEE ao verificarmos que na modalidade regular o índice de matrículas são pequenas em relação se comprado a quantidade desses alunos matriculados na EJA. Sobre as matrículas de alunos com NEE referente a sua localização, os dados indicam uma baixa população destas pessoas matriculados na zona rural. === The focus of this research was to understand the coverage of enrollments of students with special educational needs. To this needs, national data in (INEP and IBGE) and international data (UNESCO) were collected in order to verify a context of policies that indicate the universalization of basic education. In this way, we intend to identify and analyze how official data indicate the increase or decrease of the access of students with special educational needs in the regular network of education. Unesco Monitoring Reports (2010-2015) were used as data sources, considering their importance as an annual assessment to verify the overall situation of basic education for all children, young people and adults (UNESCO, 2007), the Indices of enrollments of pupils with special educational needs, made available by INEP, the data provided by the Demographic Census (2010) and UNESCO statistics. The illusory defense by the universalization of teaching becomes visible from the observation of the data used in this research. While UNESCO, together with other international organizations, develop targets and ways of monitoring education to achieve universalization of world education, especially among women, the figures indicate that there are more and more people out of school and that the amount of men in schools is much greater than that of women. IBGE data indicate that the highest rate of people with permanent disabilities is in the male sex and most of them are intellectually disabled. In the three modalities (regular, special, and EJA), the weaknesses of a pretentiously egalitarian system of quality and universal are evident within the crossed variables (race, stage, age and location). Regarding the microdata provided by the INEP, it is noticed that the questions about the race showed that the person with the disability has its segregation conditions enhanced by being black or brown. In the data of the teaching stage, a majority of enrollments in elementary school I was evident, which justifies the disregard of the rulers and the interest in continuing the formation of the poorer population only for the labor market. Data regarding age are aggravated in relation with people with special educational needs when we verify that in the regular modality the index of enrollments are small in relation to if the quantity of these students enrolled in the EJA is bought. Regarding the enrollment of pupils with special educational needs with regard to their location, the data indicate a low population of this people enrolled in the rural area.