Comportamento espectral de plantas de soja submetidas a diferentes níveis de infestação do percevejo-marrom Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae)

• Main Author: Juliana Chiquetti Fazam
• Other Authors: Amarildo Pasini .
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia. 2018
• Online Access: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000218176

O sensoriamento remoto pode ser uma estratégia para melhorar a praticidade do monitoramento do ataque de insetos nas lavouras, contribuindo para melhorar a eficiência do manejo de pragas em larga escala. Assim foi desenvolvido um estudo com objetivo dei analisar e construir uma curva espectral da reflectância de folhas de soja de plantas sob diferentes níveis de infestação pelo percevejo-marrom (Euschistus heros). O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em blocos casualizados. Os tratamentos consistiram em três densidades de infestação: 0, 1 e 2 percevejos por planta. O período de infestação foi de 96 horas. Foram realizadas leituras nas folhas das plantas no primeiro e no sétimo dia após a infestação, utilizando-se um espectrorradiômetro (LI 1800 LI COR), com resolução de 2 nanômetros (nm). Foram realizadas leituras dos comprimentos de onda de 300 a 1100 nm. O comportamento espectral de plantas de soja atacadas permite observar um pico de reflectância na região do visível e um platô de estabilidade na região do infravermelho próximo, sendo que a reflectância, para a coleta aos sete dias após a retirada dos insetos, é maior. Para a mesma coleta, a curva normalizada apresenta os tratamentos com os maiores valores de reflectância e, uma sútil separação das curvas, até próximo dos 700 nm, apresentando um comprimento de onda estatisticamente diferente no teste de médias, 694 nm, sendo que os tratamentos de um e dois percevejos diferiram entre si, porém não se diferenciaram da testemunha. O mesmo ocorreu para o índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI), detectando parcialmente às injurias sofridas pelas plantas. A primeira derivada do espectro mostra uma resposta típica de plantas submetidas a adversidades, em que foi possível observar o deslocamento (blue shift) do red edge, em ambas as leituras. Os box plots da primeira derivada mostram um acréscimo na média de reflectância para a coleta de sete dias. Três comprimentos de ondas, um na borda do vermelho (688 nm), para a leitura um dia após a retirada dos insetos e dois na banda do azul 488 e 404 nm, para a leitura realizada ao sétimo dia, foram obtidos pelo procedimento STEWISE e equações discriminantes foram criadas para as coletas com infestação de percevejo-marrom. Ao serem substituídas nelas as observações para a primeira coleta, apenas o tratamento com dois percevejos obteve acerto superior a 66%. Para a segunda coleta, o mesmo tratamento obteve maior erro de classificação, sendo confundido em 33% com o tratamento testemunha e com aquele com infestação de um percevejo por planta. === The use of remote sensing applied to plants can be a strategy to improve the monitoring of insects in the crops, reducing labor, acting as a facilitator of management and decision actions. The objective was to analyze and construct a spectral curve of the responses of soybean leaves under different levels of infestation of neotropical brown stink bug (Euschistus heros). The experiment was conducted in a greenhouse in randomized blocks. The treatments consisted of three infestation densities: 0, 1 and 2 neotropical brown stink bug per plant. The period of infestation was 96 hours. Plant leaf were read in the first and on the seventh day after infestation, using a spectrophotometer (LI 1800 LI COLOR) with a resolution of 2 nanometers (nm). Readings of wavelengths of 300 to 1100 nm were taken. The spectral behavior of attacked soybean plants allows to be observed a reflection peak in the visible region and a stability plateau in the near infrared region, and the reflection for the second read, seven day after infestation removal is higher. For the same collection, a normalized curve presents the treatments with higher reflection values and, a subtle separation of the curves, until the next 700 nm, presenting a statistically different wavelength, 694 nm, being treatments of one and two neotropical brown stink bug differed from each other, but were not differentiated from the attestant. The same occurred for the vegetation index of the normalized difference (NDVI), partially detecting the injuries suffered by plants. The first derivative of the spectrum shows a typical response of plants subjected to adversities, in which it was possible to observe the shift (blue shift) of the red edge, in both readings. The box plots show an increase in reflection for the second read, seven day after infestation removal. Three wavelengths, two in the band of blue 488 and 404 nm, for the second read, the border of the red (688 nm), for the first read, one day after infestation removal, were obtained by STEWISE procedure and discriminant equations were created for collections. When they were substituted in them the observations for the first read, only the treatment with two neotropical brown stink bug per plant obtained to better of classification, 66%. For the second read, the same treatment obtained a greater error of classification, being confused in 33% with the control treatment and with the infestation of a neotropical brown stink bug.