Efeito da magnitude e da taxa do reforço sobre a resistência do comportamento à mudança em humanos

Pesquisas na Teoria do Momentum Comportamental (TMC) têm demonstrado que quanto maior a magnitude do reforço mais resistente à mudança é o comportamento em organismos não humanos. No entanto, não há estudos com humanos que investigam o efeito da magnitude do reforço na resistência do comportamento à...

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Bibliographic Details
Main Author: Karina Pinheiro da Silva
Other Authors: Carlos Eduardo Costa .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Biológicos. Programa de Pós-Graduação em Análise do Comportamento. 2017
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000215207
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description Pesquisas na Teoria do Momentum Comportamental (TMC) têm demonstrado que quanto maior a magnitude do reforço mais resistente à mudança é o comportamento em organismos não humanos. No entanto, não há estudos com humanos que investigam o efeito da magnitude do reforço na resistência do comportamento à mudanças, em programas de reforço múltiplo VI VI, utilizando o paradigma proposto pela TMC. O objetivo do Experimento 1 foi investigar o efeito da magnitude do reforço na resistência do comportamento à mudança com quatro universitários. Nas sessões de linha de base (LB) e Teste vigorou um programa múltiplo VI VI com magnitude do reforço de R$ 0,05 ou R$ 0,50, com um intervalo entre componentes (IEC) de 10 s. Custo da resposta (aumento do esforço físico) foi utilizado como disrrupting operation (DO), passando de 0,65 N na LB para 70 ou 90 N no Teste. Os resultados indicaram que a magnitude do reforço não afetou a resistência do comportamento à mudança. Uma vez que no Experimento 1 havia acúmulo de valor monetário no contador durante toda a sessão, o objetivo do Experimento 2 foi verificar o efeito da magnitude do reforço sobre a resistência do comportamento à mudança com dois universitários quando o ganho monetário era feito para cada componente separadamente (i.e., não havia acúmulo de valor monetário na sessão) e com um aumento no IEC de 10 s para 60 s e 180 s. Novamente, os resultados sugeriram que a magnitude do reforço não afetou sistematicamente a resistência do comportamento à mudança. Em função dos resultados do Experimento 2, o objetivo da primeira condição do Experimento 3 foi avaliar o efeito da magnitude do reforço sobre a resistência do comportamento à mudança com quatro universitários utilizando moedas como reforço (com magnitude de R$ 0,50 ou R$ 1,00) com dois participantes ou guloseimas consumidas imediatamente (na proporção de 1:3 entre os componentes do programa de reforço múltiplo VI VI) com os outros dois participantes. Não houve resistência à mudança diferencial entre os componentes para nenhum dos participantes. Nas condições 2 e 3 do Experimento 3 a magnitude do reforço foi substituída pela taxa de reforço (múltiplo VI 10 s VI 100 s) com os mesmos quatro participantes, utilizando moedas e guloseimas (Condição 2) e pontos trocados por dinheiro (Condição 3). O componente que forneceu maior taxa de reforço na LB (VI 10s) foi o mais resistente à mudança. Discute-se que a resistência à mudança foi mais sensível à variação na taxa de reforço do que à variação na magnitude do reforço. Esses resultados também foram encontrados em programas de reforço concorrentes. === Research on the Behavioral Momentum Theory (BMT) has shown that the higher the magnitude of the reinforcement, the most resistant to change the behavior is in non-human organisms. However, there are no human studies investigating the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to changes in multiple-schedule VI VI using the paradigm proposed by the BMT. The objective of the Experiment 1 was to investigate the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to change with four university students. In the baseline (LB) and Test conditions, sessions there was a multiple VI VI with reinforcement magnitude of R$ 0.05 or R$ 0.50, with a 10 s intercomponents interval (ICI). Response cost (increase in physical effort) was used as a disrupting operation (DO), from 0.65 N in LB to 70 or 90 N in the Test condition. The results indicated that the magnitude of the reinforcement did not affect the resistance to change. Since during Experiment 1 there was accumulation of monetary value in the counter throughout the session, the objective of Experiment 2 was to verify the effect of the magnitude of the reinforcement on the resistance of the behavior to change with two university students when the monetary gain was made for each component separately (i.e., there was no accumulation of monetary value in the session) and with an increase in ICI from 10 s to 60 s and to 180 s. Again, the results suggested that the magnitude of the reinforcement did not systematically affect the resistance to change of behavior. Based on the results of Experiment 2, the objective of the first condition of Experiment 3 was to evaluate the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to change with four students using coins as a reinforcement (with a magnitude of R $ 0.50 or R $ 1.00) with two participants or candies consumed immediately (in the ratio of 1: 3 among the components of the multiple-schedule VI VI) with the other two participants. There was no resistance to change differential between the components for any of the participants. In conditions 2 and 3 of Experiment 3, the reinforcement magnitude was replaced by the reinforcement rate (multiple VI 10 s VI 100 s) with the same four participants, using coins and candies (Condition 2) and points exchanged for money (Condition 3). The component that provided the highest reinforcement rate in LB (VI 10s) was the most resistant to change. It is argued that the resistance to change was more sensitive to the variation in the rate of reinforcement than to the variation in the magnitude of the reinforcement. These results were also found in concurrent reinforcement programs.
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Nas sessões de linha de base (LB) e Teste vigorou um programa múltiplo VI VI com magnitude do reforço de R$ 0,05 ou R$ 0,50, com um intervalo entre componentes (IEC) de 10 s. Custo da resposta (aumento do esforço físico) foi utilizado como disrrupting operation (DO), passando de 0,65 N na LB para 70 ou 90 N no Teste. Os resultados indicaram que a magnitude do reforço não afetou a resistência do comportamento à mudança. Uma vez que no Experimento 1 havia acúmulo de valor monetário no contador durante toda a sessão, o objetivo do Experimento 2 foi verificar o efeito da magnitude do reforço sobre a resistência do comportamento à mudança com dois universitários quando o ganho monetário era feito para cada componente separadamente (i.e., não havia acúmulo de valor monetário na sessão) e com um aumento no IEC de 10 s para 60 s e 180 s. Novamente, os resultados sugeriram que a magnitude do reforço não afetou sistematicamente a resistência do comportamento à mudança. Em função dos resultados do Experimento 2, o objetivo da primeira condição do Experimento 3 foi avaliar o efeito da magnitude do reforço sobre a resistência do comportamento à mudança com quatro universitários utilizando moedas como reforço (com magnitude de R$ 0,50 ou R$ 1,00) com dois participantes ou guloseimas consumidas imediatamente (na proporção de 1:3 entre os componentes do programa de reforço múltiplo VI VI) com os outros dois participantes. Não houve resistência à mudança diferencial entre os componentes para nenhum dos participantes. Nas condições 2 e 3 do Experimento 3 a magnitude do reforço foi substituída pela taxa de reforço (múltiplo VI 10 s VI 100 s) com os mesmos quatro participantes, utilizando moedas e guloseimas (Condição 2) e pontos trocados por dinheiro (Condição 3). O componente que forneceu maior taxa de reforço na LB (VI 10s) foi o mais resistente à mudança. Discute-se que a resistência à mudança foi mais sensível à variação na taxa de reforço do que à variação na magnitude do reforço. Esses resultados também foram encontrados em programas de reforço concorrentes. Research on the Behavioral Momentum Theory (BMT) has shown that the higher the magnitude of the reinforcement, the most resistant to change the behavior is in non-human organisms. However, there are no human studies investigating the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to changes in multiple-schedule VI VI using the paradigm proposed by the BMT. The objective of the Experiment 1 was to investigate the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to change with four university students. In the baseline (LB) and Test conditions, sessions there was a multiple VI VI with reinforcement magnitude of R$ 0.05 or R$ 0.50, with a 10 s intercomponents interval (ICI). 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Based on the results of Experiment 2, the objective of the first condition of Experiment 3 was to evaluate the effect of the reinforcement magnitude on behavioral resistance to change with four students using coins as a reinforcement (with a magnitude of R $ 0.50 or R $ 1.00) with two participants or candies consumed immediately (in the ratio of 1: 3 among the components of the multiple-schedule VI VI) with the other two participants. There was no resistance to change differential between the components for any of the participants. In conditions 2 and 3 of Experiment 3, the reinforcement magnitude was replaced by the reinforcement rate (multiple VI 10 s VI 100 s) with the same four participants, using coins and candies (Condition 2) and points exchanged for money (Condition 3). The component that provided the highest reinforcement rate in LB (VI 10s) was the most resistant to change. It is argued that the resistance to change was more sensitive to the variation in the rate of reinforcement than to the variation in the magnitude of the reinforcement. These results were also found in concurrent reinforcement programs. 2017-08-21 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000215207 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Biológicos. Programa de Pós-Graduação em Análise do Comportamento. URL BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina instacron:UEL