Marcadores bioquímicos, antioxidantes e a relação com o dano muscular, DOMS, performance e estresse oxidativo em atletas de futebol

Tanto marcadores bioquímicos, quanto estratégias de recuperação acelerada após a promoção de dano muscular, DOMS e performance após treinos e competições, são estudados em atletas, assim como a relação destes fatores com o estresse oxidativo, e principalmente com a performance esportiva. Entre as di...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Donizete Cícero Xavier de Oliveira
Other Authors: Rafael Deminice .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Universidade Estadual de Maringá. 2017
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000214917
Description
Summary:Tanto marcadores bioquímicos, quanto estratégias de recuperação acelerada após a promoção de dano muscular, DOMS e performance após treinos e competições, são estudados em atletas, assim como a relação destes fatores com o estresse oxidativo, e principalmente com a performance esportiva. Entre as diferentes estratégias utilizadas para este fim, a suplementação nutricional ganha destaque, sendo que, a suplementação com antioxidantes, apesar de utilizada há algum tempo, ainda não apresenta consenso em relação à sua eficácia sobre estas variáveis. Desta forma, este trabalho foi dividido em quatro estudos, realizados em quatro momentos diferentes de coleta: (1) No estudo 1, verificou-se o efeito da familiarização sobre testes motores aplicados a jogadores de futebol. Os resultados demonstraram que tarefas de menor complexidade e que demandam menor organização motora, necessitam de menos sessões de familiarização. O teste de salto vertical parece não ser afetado pela familiarização, entretanto o teste de potência de corrida (RAST) apresentou necessidade de ao menos uma sessão e o teste de agilidade T, ao menos duas sessões de familiarização. (2) No estudo 2, objetivou-se avaliar o efeito de uma sessão de treino constituída de séries de agachamento e treino de futebol, sobre os níveis de marcadores de peroxidação lipídica e dano muscular, DOMS e performance em testes motores. Observou-se que a sessão de treino foi capaz de elevar DOMS e CK, entretanto não foi suficiente para promover aumento nos níveis de marcadores de estresse oxidativo, nem reduzir a performance dos jogadores nos testes motores durante a semana de recuperação. (3) No estudo 3, o objetivo foi investigar o efeito da suplementação antioxidante (vitamina C e E) sobre marcadores de estresse oxidativo e de dano muscular, DOMS e performance em atletas de futebol submetidos a um protocolo de dano muscular. Os resultados demonstraram que apesar de inibir o estresse oxidativo, induzido pelo protocolo do estudo, a suplementação antioxidante não foi capaz de melhorar a performance e que também não reduziu o dano muscular avaliado por CK e DOMS, quando comparado ao grupo placebo. (4) Por fim, o estudo 4 objetivou comparar os níveis circulantes de CK obtidos por punção venosa com amostras capilares, coletadas do lóbulo da orelha, após elevação desta substância induzida por um jogo simulado de futebol. Os dados demonstram que amostras de sangue retiradas do lóbulo da orelha, podem ser consideradas uma alternativa confiável em substituição à punção venosa na determinação de mudanças nos níveis de CK plasmática resultantes de um jogo simulado de futebol. De forma geral, conclui-se que a correta administração de testes motores em jogadores de futebol, bem como o monitoramento de diferentes indicadores de recuperação muscular (como por exemplo níveis de marcadores bioquímicos e DOMS) após jogos e treinos, podem ser determinantes no controle da recuperação nestes atletas. Entretanto, a suplementação antioxidante parece não ter efeito na redução do tempo de recuperação de jogadores com danos musculares. === Biochemical markers and accelerated recovery strategies after promoting muscle damage, DOMS and performance after training and competitions, has been studied in athletes, as well as the relationship of these factors with oxidative stress and especially with sports performance. Among the different strategies used for this purpose, nutritional supplementation is highlighted, and antioxidant supplementation, although used for some time, still does not present a consensus regarding its efficacy on these variables. In this way, this work was divided in four studies, performed at four different times of collection: (1) In study 1, the effect of familiarization on motor tests applied to football players was verified. The results showed that tasks of less complexity and requiring less motor organization require fewer familiarization sessions. The vertical jump test does not seem to be affected by familiarization; However, the running power test (RAST) showed need for at least one session, and the T agility test at least two familiarization sessions. (2) In study 2, the aims of this study were to evaluate the effect of a training session, consisting of squatting series followed a soccer training, on the levels of lipid peroxidation markers and muscle damage, DOMS and performance in motor tests. It was observed that a training session could raise DOMS and CK, however it was not enough to promote increase in the levels of oxidative stress markers, nor to reduce the performance of the players in the motor tests during the recovery week. (3) In study 3, the aim was to investigate the effect of antioxidant supplementation (vitamin C and E) on markers of oxidative stress and muscle damage, DOMS and performance in football athletes submitted to a muscle damage protocol. The results demonstrated that despite inhibiting the oxidative stress induced by the muscle damage protocol, antioxidant supplementation was not able to improve performance, nor did it reduce the muscle damage evaluated by CK and DOMS when compared to the placebo group. (4) Finally, study 4 aimed to compare the circulating levels of CK obtained by venipuncture with blood samples collected from the earlobe after elevation of this substance induced by a simulated football game. The data demonstrate that blood samples taken from the earlobe can be considered a reliable alternative to venipuncture in determining changes in plasma CK levels resulting from a simulated football game. In general, it is concluded that the correct administration of motor tests in football players, as well as the monitoring of different indicative of muscle recovery (such as levels of biochemical markers and DOMS) after games and training, may be determinant in the control recovery and improvement of physical fitness in these athletes. However, antioxidant supplementation seems to have no effect in reducing the recovery time of these players due to muscle damage.