Zhuangzi e a desconstrução da substancialidade nos paradoxos lógicos de Huizi

A Filosofia Chinesa possui duas correntes de interpretação das coisas, uma é a substancialista, que se aproxima daquela substancialidade clássica da Filosofia Ocidental, enquanto que a outra corrente é da desconstrução da substancialidade, a afirmação de que as coisas são interdependentes e estão em...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Plinio Marcos Tsai
Other Authors: Eder Soares Santos .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. 2017
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000214775
Description
Summary:A Filosofia Chinesa possui duas correntes de interpretação das coisas, uma é a substancialista, que se aproxima daquela substancialidade clássica da Filosofia Ocidental, enquanto que a outra corrente é da desconstrução da substancialidade, a afirmação de que as coisas são interdependentes e estão em um fluxo constante. A primeira é defendida nos escritos de Huizi, a segunda é defendida nos escritos de Zhuangzi. A primeira foi responsável pela instauração de uma ideologia que foi capaz de criar o primeiro império chinês, unificou a nação e estabeleceu um padrão de linguagem. A segunda foi responsável também por um império que promoveu a maior integração cultural já vista na China antiga. Zhuangzi escreve para demonstrar como a substancialidade expressa na lógica de Huizi pode ser desconstruída por meio do vazio de substancialidade e do fluxo-da-interdependência-em-curso. Essa analise da desconstrução só é possível no Ocidente pela Filosofia Continental Contemporanea que se inicia em Heidegger, e se desdobra para seus sucessores como Derrida, e de conceitos importantes do precedessor dela, o filosofo Nietzche. === Chinese Philosophy has two streams of interpretation of things, one is the substantialist, approaching that classic substantiality of Western philosophy, while the other current is the deconstruction of substantiality, the assertion that things are interdependent and are in a flux constant. The first is defended in the writings of Huizi, the second is defended in the writings of Zhuangzi. The first was responsible for instituting an ideology that was able to create the first Chinese empire, unified the nation and established a standard of language. The second was also responsible for an empire that promoted the greatest cultural integration ever seen in ancient China. Zhuangzi writes to demonstrate how the substantiality expressed in Huizi's logic can be deconstructed through the emptiness of substantiality and flow-of-interdependence-in-course. This analysis of deconstruction is only possible in the West by Contemporary Continental Philosophy that begins in Heidegger, and unfolds to his successors as Derrida, and important concepts of her predecessor, the philosopher Nietzsche.