Rastros de oralidade em Taunay e Serejo
A pesquisa tem como objetivo mapear os rastros de oralidade pertencentes a uma comarca oral nas narrativas de Visconde de Taunay (1843-1899) e Hélio Serejo (1912-2007). A comarca oral é pautada nos estudos de Carlos Pacheco (1992), no qual se constatam marcas de uma cultura oral na ficção latino-a...
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Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras.
2016
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ndltd-IBICT-oai-uel.br-vtls0002091142019-01-21T16:46:17Z Rastros de oralidade em Taunay e Serejo Orality traces in Taunay and Serejo Mara Regina Pacheco Frederico Augusto Garcia Fernandes . Leoné Astride Barzotto Mário César Silva Leite Sonia Aparecida Vido Pascolati Maria Carolina de Godoy A pesquisa tem como objetivo mapear os rastros de oralidade pertencentes a uma comarca oral nas narrativas de Visconde de Taunay (1843-1899) e Hélio Serejo (1912-2007). A comarca oral é pautada nos estudos de Carlos Pacheco (1992), no qual se constatam marcas de uma cultura oral na ficção latino-americana. A ideia pachequeana é de que a ficção produzida na América Latina é firmada na oralidade e justificada historicamente pela cultura oral que a constitui. A comarca oral se constitui pelas etiquetas, normas e condutas sociais transmitidas oralmente, definindo o papel do indivíduo em relação ao grupo social a que pertence. O modo de contar dos narradores em Taunay e Serejo apontam os contextos do lugar de fala de cada um, bem como a ficcionalização da oralidade de um lócus específico: a região de fronteira do Brasil com o Paraguai. Com o narrador taunayniano verificou-se uma profusão de discursos que apontam a movência do autor em trânsito, ora dentro, ora fora da comarca, fazendo alternância de pronomes, num jogo de alteridade que faz sobressair o olhar pelo diferente, pelo novo, via estranhamento. Já no caso do narrador serejiano, há um diferencial: certo peso de carga afetiva devido ao forte traço da memória de pertencimento, já que o narrador extrai da sua vivência as vozes outrora auscultadas, conduzindo o registro escrito (ZUMTHOR, 1993). The research aims to map the orality traces belonging to a comarca oral in Visconde de Taunay (1843-1899) and Hélio Serejo (1912-2007) narratives. La comarca oral is guided in Carlos Pacheco´s (1992) studies, in which exhibit marks of an oral culture in Latin American fiction. The pachequeana idea is that the fiction produced in Latin America is signed on orality and historically justified by the oral culture. La comarca oral is constituted by labels, norms and social behaviors transmitted orally, defining the role of the individual in relation to the social group to which he/she belongs. The narrator style of telling in Taunay and Serejo works point out the context of the place of speech of each one, as well as the fictionalization of orality of a specific locus: the border region between Brazil and Paraguay. With taunayniano narrator there was a profusion of speeches pointing to mouvence of the author in transit, sometimes inside, sometimes outside the region, making switching pronouns, an otherness game that brings out the look for different, the new, by estrangement. In the case of serejiano narrator, there is a difference: right weight emotional charge due to the strong trait of belonging memory, as the narrator draws the voices once auscultated from his experience, leading the written record (ZUMTHOR, 1993). 2016-09-14 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209114 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras. URL BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina instacron:UEL |
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A pesquisa tem como objetivo mapear os rastros de oralidade pertencentes a uma comarca oral nas narrativas de Visconde de Taunay (1843-1899) e Hélio Serejo (1912-2007). A comarca oral é pautada nos estudos de Carlos Pacheco (1992), no qual se constatam marcas de uma cultura oral na ficção latino-americana. A ideia pachequeana é de que a ficção produzida na América Latina é firmada na oralidade e justificada historicamente pela cultura oral que a constitui. A comarca oral se constitui pelas etiquetas, normas e condutas sociais transmitidas oralmente, definindo o papel do indivíduo em relação ao grupo social a que pertence. O modo de contar dos narradores em Taunay e Serejo apontam os contextos do lugar de fala de cada um, bem como a ficcionalização da oralidade de um lócus específico: a região de fronteira do Brasil com o Paraguai. Com o narrador taunayniano verificou-se uma profusão de discursos que apontam a movência do autor em trânsito, ora dentro, ora fora da comarca, fazendo alternância de pronomes, num jogo de alteridade que faz sobressair o olhar pelo diferente, pelo novo, via estranhamento. Já no caso do narrador serejiano, há um diferencial: certo peso de carga afetiva devido ao forte traço da memória de pertencimento, já que o narrador extrai da sua vivência as vozes outrora auscultadas, conduzindo o registro escrito (ZUMTHOR, 1993). === The research aims to map the orality traces belonging to a comarca oral in Visconde de Taunay (1843-1899) and Hélio Serejo (1912-2007) narratives. La comarca oral is guided in Carlos Pacheco´s (1992) studies, in which exhibit marks of an oral culture in Latin American fiction. The pachequeana idea is that the fiction produced in Latin America is signed on orality and historically justified by the oral culture. La comarca oral is constituted by labels, norms and social behaviors transmitted orally, defining the role of the individual in relation to the social group to which he/she belongs. The narrator style of telling in Taunay and Serejo works point out the context of the place of speech of each one, as well as the fictionalization of orality of a specific locus: the border region between Brazil and Paraguay. With taunayniano narrator there was a profusion of speeches pointing to mouvence of the author in transit, sometimes inside, sometimes outside the region, making switching pronouns, an otherness game that brings out the look for different, the new, by estrangement. In the case of serejiano narrator, there is a difference: right weight emotional charge due to the strong trait of belonging memory, as the narrator draws the voices once auscultated from his experience, leading the written record (ZUMTHOR, 1993). |
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