Barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em indivíduos de 44 anos ou mais do município de Cambé, Paraná

Introdução: O consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras encontram-se entre os dez principais fatores de risco para a carga global de doenças em todo o mundo. Objetivo: Analisar barreiras percebidas para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em uma amostra com 44 anos ou mais do munic...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Graziela Maria Gorla Campiolo dos Santos
Other Authors: Ana Maria Rigo Silva .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. 2016
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000207922
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description Introdução: O consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras encontram-se entre os dez principais fatores de risco para a carga global de doenças em todo o mundo. Objetivo: Analisar barreiras percebidas para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em uma amostra com 44 anos ou mais do município de Cambé, Paraná. Método: Estudo transversal que faz parte de um projeto mais abrangente denominado “Doenças Cardiovasculares no Estado do Paraná: Mortalidade, Perfil de Risco, Terapia Medicamentosa e Complicações” (VIGICARDIO). Em 2011 foi realizado um estudo de base populacional no município de Cambé (PR), em que foram entrevistados 1180 sujeitos de 40 anos ou mais de idade. Em 2015, os mesmos sujeitos foram novamente procurados e 884 aceitaram participar novamente do estudo. O presente estudo considerou apenas os dados coletados em 2015. Após algumas exclusões por falta de informações a respeito das principais variáveis deste estudo, a amostra foi composta por 877 adultos de 44 anos ou mais de idade. Os dados foram coletados entre março e outubro de 2015 por meio de entrevistas domiciliares. As barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foram levantadas em perguntas sobre cinco possíveis barreiras: não gostar do sabor; família não tem o hábito/costume; custo pesa no orçamento da família; necessidade do preparo e falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar estes alimentos frescos. Foram também levantadas informações sobre características sociodemográficas e frequência semanal de consumo de frutas, verduras ou legumes. Para a análise de associação entre as barreiras percebidas e as variáveis sociais e demográficas foi utilizada a regressão logística binária, com análises brutas e ajustadas. Resultados: Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (55,9%), pertenciam à faixa etária de 50 a 59 anos (38,1%), 60,2% se declararam brancos, 44,7% tinham até quatro anos completos de estudo, 64,4% foram classificados no nível econômico C ou inferior e 65,4% referiram ser casados (as). Quanto ao consumo irregular de frutas (menor que cinco dias por semana) a prevalência observada foi de 42,5% sendo superior nos homens, entre os com idade entre 44 e 49 anos, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com 5 a 8 anos de estudo e entre os com menor nível econômico. Em relação ao consumo irregular de verduras ou legumes (menor que cinco dias por semana), a prevalência foi de 30,2% e foi superior entre os homens, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com menor escolaridade e entre os indivíduos com menor nível econômico. Em relação às barreiras para o consumo de frutas, a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 57,7%. A chance de apresentar esta barreira foi significativamente maior entre as mulheres (OR=1,93; IC95%=1,45-2,57) e nos que tinham escolaridade entre 0 e 4 anos (OR=1,57; IC95%=1,07-2,31). A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir frutas" foi citada por 16,4% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com idade entre 50 a 59 anos (OR=2,01; IC95%=1,30-3,10). A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar frutas frescas" foi citada por 8,0% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,79; IC95%=1,03-3,12) e entre os que não tinham companheiro (OR=1,92; IC95%=1,14-3,24). A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 7,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos da faixa etária de 44 a 49 anos (OR=2,37; IC95%=1,10-5,12) e 50 a 59 anos (OR=2,35; IC95%=1,22-4,51). A barreira “não gostar do sabor das frutas” foi citada por 6,2% da amostra e não foi associada a nenhuma variável sociodemográfica. Quanto às barreiras para o consumo de verduras ou legumes a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 49,9%. A chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,63; IC95%=1,23-2,16), indivíduos com até 4 anos de estudo (OR=1,79; IC95%=1,22-2,63) e com nível econômico B e C (OR=2,01; IC95%=1,01-3,99). A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir verduras ou legumes" foi citada por 10,9% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas. A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 9,7% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,69; IC95%=1,03-2,76). A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar verduras ou legumes frescos" foi citada por 7,6% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas. A barreira “não gostar do sabor das verduras ou legumes” foi citada por 6,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com cor da pele parda/preta/indígena (OR=2,43; IC95%=1,38-4,26). Conclusão: Mais de 40% dos indivíduos apresentava consumo irregular de frutas e 30% o de verduras ou legumes. A principal barreira percebida para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foi relacionada ao custo destes alimentos, seguida pela falta de hábito da família. Estes achados podem ajudar na orientação de políticas públicas que objetivem o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. === Introduction: Insufficient consumption of fruits and vegetables are among the top ten risk factors for the global burden of disease worldwide. Objective: To analyze perceived barriers to the consumption of fruits and vegetables in a sample 44 years or more in the city of Cambé, Paraná. Methods: Cross-sectional study that is part of a broader project called "Cardiovascular Diseases in the State of Paraná: Mortality, Risk Profile, Drug Therapy and Complications" (VIGICARDIO). In 2011 we conducted a population-based study in Cambé (PR), they were interviewed 1180 subjects 40 years or older. In 2015, the same subjects were again searched and 884 agreed to participate again in the study. This study considers only the data collected in 2015. After some exclusions for lack of information about the main variables of this study, the sample consisted of 877 adults 44 years of age or older. Data were collected between March and October 2015 through home interviews. The barriers to the consumption of fruits and vegetables or vegetables have been raised in questions on five possible barriers: not like the taste; family does not have the habit / custom; cost burdens the family budget; need preparation and lack of time to go to market / fair often to buy these fresh foods. They were also raised about sociodemographic characteristics and weekly frequency of consumption of fruits or vegetables. To analyze the association between perceived barriers to social and demographic variables was used binary logistic regression, with crude and adjusted analyzes. Results: Of the respondents, most were female (55.9%) belonged to the age group 50-59 years (38.1%), 60.2% reported they were white, 44.7% had up to four years complete study, 64.4% were classified at the economic level C or lower, 65.4% reported being married (as). As for the irregular consumption of fruits (less than five days per week) the observed prevalence was 42.5% being higher in men between ages 44 and 49, among those who reported non-white skin, with 5 8 years of study and among those with lower economic level. Regarding the irregular consumption of vegetables (less than five days a week), the prevalence was 30.2% and was higher among men, among those who reported non-white skin color, less educated and between individuals with lower economic level. Regarding barriers to consumption of fruits, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 57.7%. The chance of having this barrier was significantly higher among women (OR = 1.93, 95% CI 1.45 to 2.57) and those with educational level between 0 and 4 years (OR = 1.57, 95% CI 1.07 to 2.31). The barrier "family has no habit / custom of consuming fruit" was cited by 16.4% of the sample and the chance to present this barrier was higher among those aged 50-59 years (OR = 2.01; 95% CI 1.30 to 3.10).The barrier "lack of time to go to market/fair often to buy fresh fruit" was cited by 8.0% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 1.79; 95% CI = 1.03 to 3.12) and among those who had no partner (OR = 1.92, 95% CI 1.14 to 3.24). The barrier "need to prepare" was cited by 7.6% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals aged 44-49 years (OR = 2.37, 95% CI 1.10 to 5.12) and 50-59 years (OR = 2.35, 95% CI 1.22 to 4.51). The barrier "not like the taste of fruits" was cited by 6.2% of the sample and was not associated with any socio-demographic variable. As the barriers to the consumption of vegetables or legumes, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 49.9%. The chance of having this barrier was higher among women (OR = 1.63, 95% CI 1.23 to 2.16) and those who had education up to 4 years of schooling (OR = 1.79; 95% CI 1.22 to 2.63) and economic level B and C (OR = 2.01, 95% CI 1.01 to 3.99). The barrier "family has no habit/custom of consuming vegetables" was cited by 10.9% of the sample and there were no associations with sociodemographic variables. The barrier "need to prepare" was cited by 9.7% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 1.69, 95% CI 1.03 to 2.76). the barrier "lack of time to go to market / fair often to buy vegetables or fresh vegetables" was cited by 7.6 % and there were no associations with sociodemographic variables. The barrier "not like the taste of vegetables" was cited for 6.6% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals with non-white skin color (OR = 2.43; 95% CI = 1.38 to 4.26). Conclusion: Over 40% of subjects had irregular consumption of fruit and 30% of vegetables. The main barrier perceived to consumption of fruits and vegetables was related to the cost of feed, followed by lack of family habit. These findings may help guide public policies that aim to increase consumption of fruits and vegetables.
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Em 2011 foi realizado um estudo de base populacional no município de Cambé (PR), em que foram entrevistados 1180 sujeitos de 40 anos ou mais de idade. Em 2015, os mesmos sujeitos foram novamente procurados e 884 aceitaram participar novamente do estudo. O presente estudo considerou apenas os dados coletados em 2015. Após algumas exclusões por falta de informações a respeito das principais variáveis deste estudo, a amostra foi composta por 877 adultos de 44 anos ou mais de idade. Os dados foram coletados entre março e outubro de 2015 por meio de entrevistas domiciliares. As barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foram levantadas em perguntas sobre cinco possíveis barreiras: não gostar do sabor; família não tem o hábito/costume; custo pesa no orçamento da família; necessidade do preparo e falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar estes alimentos frescos. Foram também levantadas informações sobre características sociodemográficas e frequência semanal de consumo de frutas, verduras ou legumes. Para a análise de associação entre as barreiras percebidas e as variáveis sociais e demográficas foi utilizada a regressão logística binária, com análises brutas e ajustadas. Resultados: Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (55,9%), pertenciam à faixa etária de 50 a 59 anos (38,1%), 60,2% se declararam brancos, 44,7% tinham até quatro anos completos de estudo, 64,4% foram classificados no nível econômico C ou inferior e 65,4% referiram ser casados (as). Quanto ao consumo irregular de frutas (menor que cinco dias por semana) a prevalência observada foi de 42,5% sendo superior nos homens, entre os com idade entre 44 e 49 anos, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com 5 a 8 anos de estudo e entre os com menor nível econômico. Em relação ao consumo irregular de verduras ou legumes (menor que cinco dias por semana), a prevalência foi de 30,2% e foi superior entre os homens, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com menor escolaridade e entre os indivíduos com menor nível econômico. Em relação às barreiras para o consumo de frutas, a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 57,7%. A chance de apresentar esta barreira foi significativamente maior entre as mulheres (OR=1,93; IC95%=1,45-2,57) e nos que tinham escolaridade entre 0 e 4 anos (OR=1,57; IC95%=1,07-2,31). A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir frutas" foi citada por 16,4% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com idade entre 50 a 59 anos (OR=2,01; IC95%=1,30-3,10). A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar frutas frescas" foi citada por 8,0% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,79; IC95%=1,03-3,12) e entre os que não tinham companheiro (OR=1,92; IC95%=1,14-3,24). A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 7,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos da faixa etária de 44 a 49 anos (OR=2,37; IC95%=1,10-5,12) e 50 a 59 anos (OR=2,35; IC95%=1,22-4,51). A barreira “não gostar do sabor das frutas” foi citada por 6,2% da amostra e não foi associada a nenhuma variável sociodemográfica. Quanto às barreiras para o consumo de verduras ou legumes a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 49,9%. A chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,63; IC95%=1,23-2,16), indivíduos com até 4 anos de estudo (OR=1,79; IC95%=1,22-2,63) e com nível econômico B e C (OR=2,01; IC95%=1,01-3,99). A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir verduras ou legumes" foi citada por 10,9% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas. A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 9,7% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,69; IC95%=1,03-2,76). A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar verduras ou legumes frescos" foi citada por 7,6% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas. A barreira “não gostar do sabor das verduras ou legumes” foi citada por 6,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com cor da pele parda/preta/indígena (OR=2,43; IC95%=1,38-4,26). Conclusão: Mais de 40% dos indivíduos apresentava consumo irregular de frutas e 30% o de verduras ou legumes. A principal barreira percebida para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foi relacionada ao custo destes alimentos, seguida pela falta de hábito da família. Estes achados podem ajudar na orientação de políticas públicas que objetivem o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. Introduction: Insufficient consumption of fruits and vegetables are among the top ten risk factors for the global burden of disease worldwide. Objective: To analyze perceived barriers to the consumption of fruits and vegetables in a sample 44 years or more in the city of Cambé, Paraná. Methods: Cross-sectional study that is part of a broader project called "Cardiovascular Diseases in the State of Paraná: Mortality, Risk Profile, Drug Therapy and Complications" (VIGICARDIO). In 2011 we conducted a population-based study in Cambé (PR), they were interviewed 1180 subjects 40 years or older. In 2015, the same subjects were again searched and 884 agreed to participate again in the study. This study considers only the data collected in 2015. After some exclusions for lack of information about the main variables of this study, the sample consisted of 877 adults 44 years of age or older. Data were collected between March and October 2015 through home interviews. The barriers to the consumption of fruits and vegetables or vegetables have been raised in questions on five possible barriers: not like the taste; family does not have the habit / custom; cost burdens the family budget; need preparation and lack of time to go to market / fair often to buy these fresh foods. They were also raised about sociodemographic characteristics and weekly frequency of consumption of fruits or vegetables. To analyze the association between perceived barriers to social and demographic variables was used binary logistic regression, with crude and adjusted analyzes. Results: Of the respondents, most were female (55.9%) belonged to the age group 50-59 years (38.1%), 60.2% reported they were white, 44.7% had up to four years complete study, 64.4% were classified at the economic level C or lower, 65.4% reported being married (as). As for the irregular consumption of fruits (less than five days per week) the observed prevalence was 42.5% being higher in men between ages 44 and 49, among those who reported non-white skin, with 5 8 years of study and among those with lower economic level. Regarding the irregular consumption of vegetables (less than five days a week), the prevalence was 30.2% and was higher among men, among those who reported non-white skin color, less educated and between individuals with lower economic level. Regarding barriers to consumption of fruits, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 57.7%. The chance of having this barrier was significantly higher among women (OR = 1.93, 95% CI 1.45 to 2.57) and those with educational level between 0 and 4 years (OR = 1.57, 95% CI 1.07 to 2.31). The barrier "family has no habit / custom of consuming fruit" was cited by 16.4% of the sample and the chance to present this barrier was higher among those aged 50-59 years (OR = 2.01; 95% CI 1.30 to 3.10).The barrier "lack of time to go to market/fair often to buy fresh fruit" was cited by 8.0% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 1.79; 95% CI = 1.03 to 3.12) and among those who had no partner (OR = 1.92, 95% CI 1.14 to 3.24). The barrier "need to prepare" was cited by 7.6% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals aged 44-49 years (OR = 2.37, 95% CI 1.10 to 5.12) and 50-59 years (OR = 2.35, 95% CI 1.22 to 4.51). The barrier "not like the taste of fruits" was cited by 6.2% of the sample and was not associated with any socio-demographic variable. As the barriers to the consumption of vegetables or legumes, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 49.9%. The chance of having this barrier was higher among women (OR = 1.63, 95% CI 1.23 to 2.16) and those who had education up to 4 years of schooling (OR = 1.79; 95% CI 1.22 to 2.63) and economic level B and C (OR = 2.01, 95% CI 1.01 to 3.99). The barrier "family has no habit/custom of consuming vegetables" was cited by 10.9% of the sample and there were no associations with sociodemographic variables. The barrier "need to prepare" was cited by 9.7% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 1.69, 95% CI 1.03 to 2.76). the barrier "lack of time to go to market / fair often to buy vegetables or fresh vegetables" was cited by 7.6 % and there were no associations with sociodemographic variables. The barrier "not like the taste of vegetables" was cited for 6.6% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals with non-white skin color (OR = 2.43; 95% CI = 1.38 to 4.26). Conclusion: Over 40% of subjects had irregular consumption of fruit and 30% of vegetables. The main barrier perceived to consumption of fruits and vegetables was related to the cost of feed, followed by lack of family habit. 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