Carbono e resistência à penetração de um Latossolo Vermelho submetido ao SPD

• Main Author: Tito Lívio da Luz Stelmachuk
• Other Authors: Ricardo Ralisch .
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia. 2015
• Online Access: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000206313

O desafio brasileiro é a prática de uma agricultura eficiente, rentável e sustentável, com o uso racional dos recursos naturais e sequestro de carbono para minimizar as emissões de gases de efeito estufa. O ciclo do carbono indica que o solo é um importante reservatório deste elemento e as raízes das plantas têm um papel importante no seu aporte. O objetivo deste trabalho foi quantificar os teores de carbono orgânico e a resistência à penetração de um Latossolo Vermelho sob diferentes sucessões de culturas durante a fase inicial do Sistema Plantio Direto. O experimento foi conduzido na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina, com oito tratamentos e seis repetições em blocos casualizados, onde foram avaliadas oito sucessões da soja no verão com milho, trigo, canola, milho + ruziziensis, aveia, nabo, ruziziensis e pousio no inverno. Foram analisados os teores de carbono orgânico total, lábil e residual (por diferença), matéria orgânica e capacidade de troca catiônica, nas profundidades de 0,00-0,05 m, 0,05-0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m, após o terceiro ano das sucessões. Os dados de penetrometria foram obtidos no quarto ano das sucessões, até a profundidade de 0,80 m. Os teores de carbono orgânico total, matéria orgânica, carbono lábil e capacidade de troca catiônica decresceram com o aumento da profundidade e o carbono residual aumentou da camada superficial para a segunda profundidade e em seguida decresceu. Ocorreu diferença estatística pelo teste de Tukey a 5% para carbono orgânico total e matéria orgânica entre os tratamentos com soja/milho (9,74 g kg-1 e 16,80 g kg-1 respectivamente) e soja/ruziziensis (9,22 g kg-1 e 15,90 g kg-1 respectivamente), ambos em relação ao tratamento com soja/canola (5,71 g kg-1 e 9,85 g kg-1 respectivamente) apenas na profundidade de 0,20 a 0,40 m. Em curtos períodos de observação não é possível verificar diferenças de acúmulo de carbono entre os diversos tratamentos. A maior resistência do solo à penetração na profundidade de 0,10-0,20 m indica que a fase inicial do SPD é a mais crítica para este parâmetro. === The Brazilian challenge is to practice an efficient, profitable and sustainable agriculture, with the rational use of natural resources and carbon sequestration to minimize emissions of greenhouse gases. The carbon cycle indicates that the soil is an important reservoir of the element and the roots of plants plays an important role in their uptake. The objective of this study was to quantify carbon content and penetration resistance of an Oxisol under different crop sequences during the initial phase of the No-Tillage System. The experiment was conducted at the School Farm of the State University of Londrina, with eight treatments and six replications in randomized blocks, were evaluated eight succession with soybean in summer and corn, wheat, canola, corn + ruziziensis, oats, turnips, ruziziensis and fallow in the winter. The levels of total organic, labile and residual (by difference) carbon, organic matter and cation exchange capacity at depths of 0.00-0.05 m, 0.05-0.10 m, 0.10-0.20 m 0.20-0.40 m were analyzed after third year of succession. The penetrometer data were obtained in the fourth year of succession, to a depth of 0.80 m. The total organic carbon, organic matter, labile carbon and cation exchange capacity decreased with increased depth and increased residual carbon from the surface layer to the second depth and then decreased. Statistical difference at 5% Tukey test for total organic carbon and organic matter between treatments with soybean/corn (9.74 g kg-1 and 16.80 g kg-1, respectively) and soybean/ruziziensis (9.22 g kg-1 and 15.90 g kg-1, respectively), both in relation to treatment with soybean/canola (5.71 g kg-1 and 9.85 g kg-1, respectively) only at a depth of 0.20-0.40 m. In short periods of observation carbon accumulation can?t be verified between the treatments. Most soil resistance observed in the 0.10-0.20 m layer indicates that the initial phase of the No-Tillage System adoption is the most critical.