Efeitos do estresse repetido e da atividade física sobre a função cardiovascular e autonômica em ratos acordados

O estresse é descrito como um fator de risco para doenças cardiovasculares, intensificando respostas simpáticas, principalmente direcionadas ao sistema cardiovascular, contribuindo para o aumento da contratilidade e frequência cardíaca. A prática de exercício físico regular gera benefícios para o si...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vinicius Lucca Volpini
Other Authors: Gislaine Garcia Pelosi Gomes .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina, Sociedade Brasileira de Fisiologia. Centro de Ciências Biológicas. Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas. 2016
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000204925
Description
Summary:O estresse é descrito como um fator de risco para doenças cardiovasculares, intensificando respostas simpáticas, principalmente direcionadas ao sistema cardiovascular, contribuindo para o aumento da contratilidade e frequência cardíaca. A prática de exercício físico regular gera benefícios para o sistema cardiovascular e modifica a resposta cardiovascular de ratos treinados, gerando uma bradicardia de repouso. Assim, nosso objetivo foi avaliar o efeito do estresse repetido sobre a função autonômica e a atividade do barorreflexo de ratos, assim como a associação prévia do treinamento físico. Para isso, foi realizada a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da pressão sistólica (VPS) para avaliação da atividade do sistema nervoso autônomo no coração, e as oscilações rápidas da pressão arterial entre os batimentos, respectivamente; e a infusão de drogas vasoativas para ativação do barorreflexo. Os animais foram divididos em três grupos: ratos submetidos ao estresse de restrição repetido por 1 hora durante 5 dias (GE); ratos treinados no protocolo de natação de 20 sessões (5 sessões por semana, 1 hora por dia; grupo GT), classificado como treinamento de intensidade moderada; e, animais submetidos aos dois protocolos, ou seja, foram treinados e no 4º dia antes do final do treinamento físico iniciaram o estresse repetido (GTE). Foi realizado o cateterismo da artéria e veia femoral para posterior registro da pressão arterial e administração endovenosa de drogas. No presente estudo, a análise espectral da VFC e da VPS não demonstrou diferença estatística no domínio do tempo (DT) e da frequência (DF) (p>0,05) entre os grupos analisados. Entretanto, o estresse influenciou a atividade do barorreflexo através de um aumento na resposta bradicárdica imediatamente após o término do estresse e uma diminuição da resposta taquicárdica 30 minutos ao término do estresse de restrição (Pós30). Já o treinamento físico gerou aumento da bradicardia reflexa. Além disso, a associação do treinamento físico ao estresse desencadeou uma resposta parassimpática menor imediatamente após estresse e maior atividade simpática no momento Pós30. Diante disso, nossos dados indicam que o estresse de restrição repetido modifica a atividade do barorreflexo e que o treinamento físico prévio tem papel relevante nessa modulação. === Stress is described as risk factor for cardiovascular diseases, intensifying sympathetic responses, mainly to cardiovascular system, contributing to increase on contractility and heart rate. Regular physical exercise practice causes benefits on the cardiovascular system characterized by a resting bradycardia in trained rats. Thus, our aim was to evaluate the effect of repeated restraint stress on autonomic function and baroreflex activity in rats, as soon as that prior association with physical training. Thus, we used the heart rate variability (HRV) and systolic pressure variability (SPV) to evaluate the cardiac autonomic nervous system and rapid oscillations of arterial pressure between heart beats, respectively; and vasoactive drug infusion for baroreflex activation. Animals were divided in three groups: rats submitted to repeated restraint stress for 1 hour during 5 days (EG); rats trained on 20 session swimming protocol (5 sessions per week, 1hour/day; TG), classified as moderate intensity training; and, animals submitted on both protocols, that is, were trained and on 4th day before the physical training end they started repeated restraint stress (TEG). The rats were submitted to artery and femoral vein catheterism for further arterial pressure recording and intravenous drug administration. On the present study, HRV and SPV spectral analysis did not show statistic difference on time domain (TD) and frequency (FD) (p>0,05) between the analyzed groups. However, stress influenced on baroreflex activity by increase on bradycardic response immediately after stress end (Post1) and a decrease on tachycardic response 30 minutes later the stress end (Post30). On the other hand, physical training generated increased baroreflex bradycardic activity. Besides, physical training and stress association caused a decreased parasympathetic response immediately after stress end and an increased sympathetic activity Post30. Before that, our data indicates that repeated restraint stress modifies the baroreflex activity and that physical training has relevant role on this modulation.