A relativa autonomia : a questão do caráter de profissional liberal do assistente social

O Serviço Social é regulamentado como liberal desde a década de 1940. Todavia, os assistentes sociais realizam o seu processo de trabalho de forma assalariada, e essa situação provoca um conflito. Se por um lado, os assistentes sociais possuem autonomia técnica devido ao conhecimento teórico-metodol...

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Bibliographic Details
Main Author: Adriéli Volpato Craveiro
Other Authors: Evaristo Emígdio Colmán Duarte .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Estudos Sociais Aplicados. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social. 2015
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000200240
Description
Summary:O Serviço Social é regulamentado como liberal desde a década de 1940. Todavia, os assistentes sociais realizam o seu processo de trabalho de forma assalariada, e essa situação provoca um conflito. Se por um lado, os assistentes sociais possuem autonomia técnica devido ao conhecimento teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo; por outro lado, estão vinculados aos ditames do sistema capitalista. O objeto da pesquisa é a autonomia do assistente social frente ao caráter liberal e a condição assalariada. O objetivo principal é verificar se a tese da relativa autonomia resolve o conflito entre o caráter liberal e a condição assalariada do trabalho dos assistentes sociais. No desenvolvimento da dissertação, recorremos à pesquisa documental e bibliográfica. Os resultados apontam que o assistente social, desde a origem da profissão, possui a condição de trabalhador assalariado, tendo que responder às normas e aos mandos do empregador. Assim, a compreensão do surgimento do Serviço Social influencia no entendimento sobre a autonomia profissional. Em relação às normativas legais que direcionaram o Serviço Social no decorrer da sua história, embora em alguns momentos tenha se enfatizado a profissão como liberal, nota-se que, na atualidade, há o reconhecimento dos assistentes sociais como trabalhadores assalariados. A tensão existente entre o Serviço Social regulamentado como profissão liberal e o assalariamento dos assistentes sociais é justificada pelo discurso da relativa autonomia. Contudo, o recurso à relatividade não resolve o problema da inserção subordinada ao mercado de trabalho e apresenta novos problemas. === Social Service is regulated as a liberal since the 1940s. However, Social Workers do their salaried process of work, and this situation generally causes a conflict. On the one hand, Social Workers have technical autonomy due to the theoretical and methodological knowledge, ethical, political and echnical-operative, on the other hand, they are bound to the dictates of the capitalist system. The object of the research is the autonomy of the Social Worker against the liberal character and the salaried condition. The main objective is to verify that the thesis of relative autonomy resolves the conflict between the liberal character and the condition of the paid work of Social Workers. In developing from the thesis we have resorted to documentary and bibliographic research. The results show that the Social Worker, from the origin of the profession, has the status of employee, having to respond to the rules and commands of the employer. Thus, comprising that the emergence of Social Worker influences in the understanding of professional autonomy. Regarding the laws that directed the Social Service during its history, although, in some moments, it has emphasized the profession as a liberal, notice that today there is a recognition of Social Workers as employees. The tension between the social work profession and regulated while the wage of Social Workers is justified by the discourse of relative autonomy. However, the relativity action does not solve the problem of insertion the subject to the labor market and presents new problems.