Estado de saúde e nível de stress em trabalhadores readequados e readaptados de uma universidade estadual pública

O trabalho é um dos fundamentos da vida humana, ocupando de forma quase total o espaço de vida, podendo, entretanto, levar o indivíduo ao adoecimento devido às cargas de trabalho e ao envelhecimento que interferem no processo saúde-doença do trabalhador. O adoecimento pode causar limitações no seu l...

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Bibliographic Details
Main Author: Pâmella Cacciari
Other Authors: Maria do Carmo Lourenço Haddad .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. 2013
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000189700
Description
Summary:O trabalho é um dos fundamentos da vida humana, ocupando de forma quase total o espaço de vida, podendo, entretanto, levar o indivíduo ao adoecimento devido às cargas de trabalho e ao envelhecimento que interferem no processo saúde-doença do trabalhador. O adoecimento pode causar limitações no seu labor que levam a restrições temporárias ou permanentes. Este estudo teve por objetivo avaliar o estado de saúde e o nível de stress de trabalhadores readequados e readaptados de uma universidade estadual pública. Pesquisa exploratória, descritiva, transversal de abordagem quantitativa, realizada em uma universidade estadual pública. A população desse estudo foi composta por 92 trabalhadores readequados e readaptados. A coleta de dados foi realizada por meio de três questionários, sendo o primeiro de caracterização sociodemográfica e ocupacional, o segundo de Escala de Percepção de Estresse (EPS-10) e o terceiro Medical Outcomes Studies 36 – item Short Form (MOS SF-36). Os dados foram coletados no período de novembro de 2012 a maio de 2013, utilizando-se o programa Statistical Package of Social Science (SPSS) versão 20.0 para análise estatística descritiva dos dados. Observou-se, assim, que 73,9% eram do sexo feminino, com média de idade de 49,0 anos; 57,6% possuíam o ensino médio, 71,7% eram casados e 50,0% recebiam até três salários mínimos. Quanto ao stress, a média geral da EPS foi de 22,6 pontos (DP=5,8), verificando-se que os trabalhadores que se encontravam na função laborativa técnico apresentaram maior stress (24,6 pontos). Em relação ao sexo, percebeu-se que as mulheres apresentaram maior stress do que os homens, com significância estatística (p=0,024). Verificou-se, também, que os trabalhadores que sofreram quedas tiveram maior nível de stress (28,2%). Ao avaliar o estado de saúde, os domínios que apresentaram os melhores escores foram: função social (73,4 pontos) e desempenho emocional (70,4 pontos), ao passo que os que apresentaram piores escores foram desempenho físico (60,4 pontos) e vitalidade (60,6 pontos). Quanto ao estado de saúde comparado ao de um ano atrás, 34,8% relataram que sua saúde estava "quase a mesma coisa". Quanto à função laborativa, observou-se que os trabalhadores que exerciam a função administrativa apresentaram piores escores no desempenho físico (52,5 pontos), havendo correlação entre stress e saúde geral, vitalidade, desempenho emocional e saúde mental. Os resultados demonstraram que, apesar da readequação e readaptação ser uma estratégia dos gestores para os trabalhadores que apresentam limitações por agravos no seu processo saúdedoença, percebeu-se a necessidade de implementar programas multidisciplinares que visem à promoção da saúde desses trabalhadores === Work is one of the foundations of human life, occupying almost fully the living space, however it can lead an individual to illness due to work loads and aging that affect the health and illness process of the worker. Illness can cause limitations in their work that lead to temporary or permanent restrictions. This study aimed to assess the state of health and stress level of reassigned and readapted workers from a state university. Exploratory, descriptive, cross-sectional quantitative approach, held in a state university. The study population consisted of 92 reassigned and readapted workers. Data collection was performed through three questionnaires, the first being of sociodemographic and occupational characteristics, the second Perceived Stress Scale (EPS-10), the third Medical Outcomes Studies and the third 36 - item Short Form (MOS SF-36). Data were collected from November 2012 to May 2013. It was used the Statistical Package of Social Sciences (SPSS) version 20.0 software for descriptive statistical analysis. It was observed that 73.9 % were female, mean age 49.0 years, 57.6 % completed high school, 71.7 % were married and 50.0 % received up to three minimum wages. Regarding to stress the overall average of EPS was 22.6 points (SD=5.8). It was found that workers who were in technical functions showed higher stress (24.6 points). Regarding to gender, it was noted that women had higher stress than men, with statistical significance (p=0.024). It was also found that workers who suffered falls had a higher stress level (28.2%). When assessing the health status the areas that showed the best scores were: social function (73.4 points) and emotional performance (70.4 points), those that had the lowest scores were physical performance (60.4 points) and vitality (60.6 points). Regarding to the health status compared with the previous year, 34.8% reported that their health was "almost the same". With regard to labor function was noted that workers who had administrative functions had worse scores in physical performance (52.5 points). There was a correlation between stress and general health, vitality, emotional performance and mental health. The results showed that despite the reassignment and readaptation is a strategy of managers to workers who have limitations because of aggravations on their health-disease process, we realized the need to implement multidisciplinary programs aimed at promoting the health of these workers