Relação entre índices de carga de treinamento com marcadores de estresse e adaptações autonômicas em atletas de futebol da categoria SUB-17

Atletas de futebol são submetidos a um processo constante de aplicação de cargas de treinamento (CT) durante sua temporada, em busca de adaptações fisiológicas para atender as exigências metabólicas das partidas. Porém, a falta de um controle adequado dessas CT pode gerar uma resposta interna indese...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lucas Carvalho Leme
Other Authors: Fábio Yuzo Nakamura .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá. Universidade Estadual de Londrina. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. 2013
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000186362
Description
Summary:Atletas de futebol são submetidos a um processo constante de aplicação de cargas de treinamento (CT) durante sua temporada, em busca de adaptações fisiológicas para atender as exigências metabólicas das partidas. Porém, a falta de um controle adequado dessas CT pode gerar uma resposta interna indesejável ao organismo em momentos inoportunos da temporada. Os técnicos ou preparadores físicos devem utilizar de métodos e instrumentos que quantifiquem adequadamente e de forma prática as CT aplicadas aos atletas, durante seu período de preparação ou competição. Assim, os objetivos do estudo foram avaliar a relação entre índices de carga externa e carga interna de treinamento com marcadores psicofisiológicos de estresse e adaptações no sistema nervoso autonômico em resposta às CT em atletas de futebol da categoria sub-17. Métodos: A amostra foi composta por 18 atletas de futebol da categoria sub-17 (16,4 ± 0,5 anos; 62,6 ± 7,8 kg; 1,71 ± 0,3 m). Os atletas foram submetidos a um programa de treinamento com duração de 3 (três) semanas, com monitoramento da carga externa (CET) utilizando GPS e carga interna de treinamento (CIT) por meio do método PSE da sessão. Durante o estudo foram monitorados marcadores de estresse através da aplicação de questionário (DALDA), bem como registro da VFC de repouso, antes do primeiro e último dia de cada semana de treinamento. Resultados: A CIT foi significativamente superior (p < 0,01) durante a semana 1 em comparação com as semanas 2 e 3 do estudo. Os índices de CET distância total percorrida (Dist T), Body Load, número de sprints e acelerações também se mostraram significativamente (p < 0,01) superiores durante a semana 1 do estudo. Correlações individuais significativas foram observadas entre a CIT e os índices Dist T (média r = 0,68; P < 0,05) e Body Load/min (média r = 0,85; P < 0,01). O nível de estresse quantificado através do DALDA não se alterou significativamente, por outro lado, alguns índices da VFC de repouso melhoraram significativamente (P < 0,01) após as 3 semanas do programa de treinamento. Conclusões: As cargas de treinamento aplicadas aos atletas durante o estudo foram capazes de melhorar o sistema nervoso autonômico sem aumentar significativamente os marcadores de estresse monitorados. Além disso, o método PSE correlacionou-se com alguns índices de CET, demonstrando sua sensibilidade em monitorar as CT de jovens atletas de futebol. === Soccer athletes are subjected to a constant process of applying training loads (TL) during their season, searching for physiological adaptations to meet the metabolic demands of the matches. However, the lack of an adequate control of these TL can generate an unwanted internal response at inopportune moments of the season. Thus, coaches or physical trainers must use methods and tools that quantify properly and practice TL applied to athletes during their season. The aims of the study were to evaluate the relationship between levels of external load and internal training load with psycho-physiological markers of stress and adaptations in the autonomic nervous system in response to TL in under-17 soccer players. Eighteen soccer players under-17 composed the sample (16,4 ± 0,5 years; 62,6 ± 7,8 kg; 1,71 ± 0,3 m). The athletes performed a training program lasting three weeks, with monitoring of the external training load (ETL) via GPS and internal training load (ITL) by using rating perceived exertion (session-RPE method). During the study, stress markers were monitored through a questionnaire DALDA and record HRV at rest, before the first and last day of each week of training. Results: The ITL was significantly higher (P <0,01) during the first week compared with weeks 2 and 3 of the study. The index of ETL total distance covered (TDC) Body Load, number of accelerations and sprints also significantly (P <0,01) higher during the first week of the study. Significant correlations were observed between the ITL and the TDC (r = 0,68, P < 0,05) and Body Load / min (r = 0,85, P < 0,01). The quantification of stress markers of questionnaire DALDA did not change significantly. On the other hand, some resting HRV indices were significantly improved (P < 0,01) after 3 weeks of the training program. Conclusions: The training loads applied to athletes during the study were able to improve the autonomic nervous system without significantly increasing stress markers monitored. Furthermore, the session-RPE method correlated with some ETL index, demonstrating its sensitivity to monitor the CT of young soccer players.