Summary: | O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do ácido fítico (AF) e do ferro inorgânico (FeI) na dieta de suínos em fase de terminação sobre o desempenho zootécnico, perfil sérico, características de carcaça e qualidade da carne durante 24 horas e 7 dias de refrigeração. O experimento foi realizado na granja de suínos da Universidade Estadual de Londrina - PR, sendo utilizados 40 suínos, machos castrados, na fase de terminação, de genética comercial, com peso médio inicial e desvio padrão de 64,34 ± 6,64 kg e idade média de 108 dias. Os animais foram pesados e alojados individualmente em baias de alvenaria e piso compacto, com área de 3 m2, onde receberam água e ração à vontade durante o período de 30 dias. Foram avaliados o consumo diário de ração, o ganho diário de peso e a conversão alimentar. Durante o abate, na sangria, foi realizada a coleta de sangue, para avaliar o perfil sérico: determinação do eritrograma e dosagem de ferro. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em modelo fatorial 2 x 2 sendo os fatores correspondentes às dietas com e sem FeI suplementar e com dois níveis de AF na ração, alto (4,85%) e baixo (2,98%). O farelo de germen de milho desengordurado (FGMD) representou um recurso para incrementar a concentração de ácido fítico na ração. Ao atingirem 100,76 ± 6,54 kg de peso médio, os animais foram abatidos e submetidos à avaliação das características de carcaça. Foram coletadas amostras do músculo Longissimus dorsi para análise da qualidade da carne. As amostras de lombo foram submetidas às avaliações de pH, cor, marmoreio, perda de líquido, maciez, composição de ferro e oxidação lipídica. Não foram verificadas diferenças (P>0,05) entre os fatores para o desempenho, perfil sérico e características de carcaça. A suplementação de ferro inorgânico e /ou retirada e o uso de FGMD, como principal fonte de ácido fítico, não comprometeu os resultados. O uso de dietas com níveis de ácido fítico mais elevados que àquelas formuladas à base de milho e farelo de soja, com ou sem a suplementação de ferro inorgânico, são plenamente possíveis de serem utilizados para suínos em fase de engorda sem prejuízos nos parâmetros séricos, de desempenho, de carcaça e qualidade da carne em especial sobre a oxidação lipídica da carne. === The study was conducted to evaluate the effect of dietary phytic acid (PA) and inorganic iron (FeI) for pigs in the finishing phase on performance, serum profile, carcass traits and meat quality during 24 hours and 7 cooling days. The experiment was conducted at the Londrina State University swine farm, in Londrina - PR, where 40 pigs were used. The animals were barrows in the finishing phase, with commercial genetic, with initial average weight and standard deviation of 64.34 ± 6.64 kg and age average of 108 days. They were weighed and placed in individual masonry stalls with compact floor, with an area of 3 m2, where they received water and feed at ease during a 30-day period. Daily feed intake, daily weight gain and food conversion were evaluated. In the slaughter, during the bleeding, blood was collected to evaluate the serum profile: erytrogram determination and iron. The experimental design was randomized blocks, in 2 x 2 factorial design with the factors corresponding to diets with and without supplementary FeI and with two levels of AF in the diet, high (4,85%) and low (2,98%). The Defatted Corn Germ Meal (DCGM) represented a resource to increase the concentration of phytic acid in the diet. Upon reaching the average weight of 100.76 ± 6.54 kg, the animals were slaughtered and subjected to evaluation of carcass traits. Samples of the Longissimus dorsi muscle were collected for analysis of meat quality. The samples of loin were subjected to evaluations of pH, color, marbling, fluid loss, tenderness, iron composition and lipid oxidation. There were no differences (P>0.05) among the factors related to performance, serum profile, and carcass traits. Supplementation of inorganic iron and / or withdrawal and the use of DCGM as the main source of phytic acid, did not affect the results. The use of diets with higher levels of phytic acid than the ones formulated from corn and soybean bran, with or without the inorganic iron supplementation, are fully possible and suitable for pigs in the weight gain phase without any loss in serum parameters, performance, carcass and meat quality, especially in terms of lipid oxidation.
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