Soroepidemiologia da piroplasmose equina em equinos de assentamento rural e carroceiros em regiões do Paraná

A piroplasmose equina é causada por Theileria equi e Babesia caballi, que são importantes hemoprotozoários transmitidos por carrapatos, e causam impacto mundial na indústria equina. A enfermidade pode ocorrer de forma aguda, subaguda ou crônica. A infecção subclínica é frequente em áreas endêmicas e...

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Bibliographic Details
Main Author: Thállitha Samih Wischral Jayme Vieira
Other Authors: Odilon Vidotto .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. 2013
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000184355
Description
Summary:A piroplasmose equina é causada por Theileria equi e Babesia caballi, que são importantes hemoprotozoários transmitidos por carrapatos, e causam impacto mundial na indústria equina. A enfermidade pode ocorrer de forma aguda, subaguda ou crônica. A infecção subclínica é frequente em áreas endêmicas e os animais que se recuperam da infecção primária usualmente tornam-se portadores e atuam como disseminadores da doença. Devido à importância dos cavalos na manutenção da piroplasmose equina, bem como o risco de introdução de tais organismos em zonas livres da enfemidade, o objetivo do presente estudo foi detectar anticorpos contra T. equi e B. caballi em populações de cavalos expostos a picadas de carrapatos na região norte e centro-sul do estado do Paraná, sul do Brasil. Assim, 198 amostras de soro de cavalos de diferentes raças, idades e sexos foram analisadas utilizando-se kit comercial de ELISA de competição (cELISA). Na região norte, foram coletadas amostras de sangue de 32 cavalos de uma assentamento rural e de 24 cavalos de carroceiros da cidade de Londrina. Na região centro-sul, foram coletadas 142 amostras de sangue de cavalos de carroceiros: Colombo (n = 48), Pinhais (n = 76) e Curitiba (n = 18). Um total de 193/198 (97,5%) cavalos foram soropositivos para pelo menos um piroplasma. Anticorpos anti-T. equi foram encontrados em 155/198 (78,3%) cavalos, 137/198 (69,2%) foram soropositivos para B. caballi e 99/198 (50,0%) para ambos patógenos. Cavalos que vivem em Colombo e Londrina apresentaram mais chances de serem soropositivos para T. equi que aqueles que vivem em Curitiba (p < 0,05). Além disso, cavalos > 10 anos e 5-10 anos apresentaram mais chance de serem seropositivos para T. equi do que aqueles <5 anos (p <0,05). Não foi observada associação significativa entre sexo ou presença de carrapatos, e soropositividade para T. equi (p > 0,05). Concluindo, a alta soroprevalência de T. equi e B. caballi encontrada reforça a importância de programas de vigilância ativa em áreas endêmicas, uma vez que estes cavalos podem atuar como carreadores desses piroplasmas. === Equine piroplasmosis is caused by Theileria equi and Babesia caballi, which are important tick-borne hemoprotozoan, and cause impact to the equine industry worldwide. The disease can occur as an acute, subacute or chronic forms. Subclinical infection is common in endemic areas and animals that recover from primary infection usually become carriers and act as disseminate the disease. Due to the importance of horses in the maintenance of equine piroplasmosis, as well as the risk of introduction of these organisms into diseases-free areas, the aim of the present study was to detect antibodies against T. equi and B. caballi in a horse population highly exposed to tick bites in north and south-central region of Paraná State, southern Brazil. Thus, serum samples from 198 horse from different breeds, ages, and gender were analyzed by using a commercial competitive ELISA (cELISA) kit. In the north region, blood samples were collected from 32 horses from a rural settlement and 24 carthorses from Londrina city. In the south-central region, 142 blood samples from cart horses from: Colombo (n=48), Pinhais (n=76), and Curitiba city (n=18) were collected. A total of 193/198 (97.5%) horses were seropositive for at least one piroplasm. Antibodies anti- T. equi were found in 155/198 horses (78.3%), 137/198 (69.2%) were seropositives for B. caballi and 99/198 (50%) for both pathogens. Horses living in Colombo and Londrina were more likely to be seropositive for T. equi than those living in Curitiba (p < 0.05). In addition, horses >10 years and 5-10 years were more likely to be seropositive for T. equi than those <5 years (p < 0.05). No significant association was found between gender or presence of ticks, and seropositivity to T. equi (p > 0.05). In conclusion, the high seroprevalence of B. caballi and T. equi found reinforce the importance of active surveillance programs in endemic areas, since these horses may act as carriers of these piroplasms.