Diferentes distribuições de intervalos e taxas de reforço sobre a diferenciação da taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e a resistência à extinção
Observa-se, em um múltiplo VI-VI com não-humanos, que quanto maior taxa de reforço, maior a taxa de resposta e maior a resistência do comportamento a mudanças. O objetivo deste trabalho foi investigar (1) o efeito de diferentes taxas de reforço e de diferentes distribuições dos intervalos do VI sobr...
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Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Análise do Comportamento.
2012
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Observa-se, em um múltiplo VI-VI com não-humanos, que quanto maior taxa de reforço, maior a taxa de resposta e maior a resistência do comportamento a mudanças. O objetivo deste trabalho foi investigar (1) o efeito de diferentes taxas de reforço e de diferentes distribuições dos intervalos do VI sobre a diferenciação na taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e (2) a resistência do comportamento à extinção, quando a contingência é alterada para um múltiplo EXT-EXT, com humanos. Participaram 20 universitários, distribuídos em quatro grupos. A tarefa era pressionar um botão na tela de um computador e acumular pontos que depois eram trocados por dinheiro. Os participantes de G1 e G3 foram expostos a um múltiplo VI10s-VI50s e os de G2 e G4 foram expostos a um múltiplo VI10s-VI100s. Para os participantes de G1 e G2 os intervalos do VI se sobrepunham (i.e., para VI10s os intervalos variaram entre 1s e 28s; para VI50s variaram entre 6s e 136s e para VI100s variaram entre 12s e 273s). Para os participantes de G3 e G4 os intervalos de VI não eram sobrepostos (i.e., para VI10s os intervalos variaram entre 2s e 19s; para VI50s variaram entre 34s e 90s e para VI100s variaram entre 68s e 180s). A cor do botão de respostas era diferente em cada componente do múltiplo. Após oito sessões de 30 minutos em um múltiplo VI-VI, todos os participantes foram expostos a cinco sessões em um múltiplo EXT-EXT na presença dos estímulos primeiramente correlacionados ao múltiplo VI-VI. Quatro de 10 participantes de G3 e G4 (intervalos de VI não sobrepostos) e dois de 10 participantes de G1 e G2 (intervalos de VI sobrepostos) emitiram taxas de respostas maiores no componente com maior taxa de reforço (Índice de DiferenciaçãoID≥0,6). Entretanto, três de 20 participantes emitiram maior taxa de respostas no componente com menor taxa de refor (ID≤0,4) e a maioria dos participantes, independente do grupo, emitiram taxas de respostas indiferenciadas (11 de 20, ID0,5). Assim, a diferenciação da taxa de respostas não foi sistemática como encontrado com não-humanos, embora a não sobreposição dos valores de intervalos de VI pareceu favorecer maior diferenciação. Com relação à resistência à extinção, observou-se que nove de 20 participantes apresentaram maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço, sendo que três participantes eram do G1, dois do G3 (múltiplo VI10s-VI50s), e quatro participantes eram do G4 (múltiplo VI10s-VI100s).Tomados em conjunto, os dados da diferenciação e da resistência à extinção indicaram que a distribuição dos intervalos do VI com valores não sobrepostos somado a maior discrepância de taxa de reforço (10:1) entre os componentes (G4), favoreceu uma maior diferenciação na taxa de respostas (ID≥0,6) e maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço. Sugere-se que alguns aspectos do procedimento possam ser modificados (e.g., o custo da resposta; ordem de apresentação dos componentes) em pesquisas futuras para se verificar a relação entre essas modificações e a resistência do comportamento à mudança. === In a multiple VI-VI with non-humans, the greater the reinforcement rate the greater the response rate and greater the resistance of the behavior to changes. The goal was to investigate (1) the effect of different reinforcement rates and different interval distributions of VI over the differentiation in the response rate in a multiple VI-VI and (2) the resistance of behavior to extinction, when the contingence is altered to a multiple EXT- EXT, with humans. 20 college students were distributed in four groups. The task was to press a button in a computer screen and accumulate points that were exchanged for money. The participants from G1 and G3 were exposed to a multiple VI10s-VI50 sand those from G2 and G4 were exposed to a multiple VI10s-VI100s. To the participants of G1 and G2 the VI intervals overlapped (i.e. the VI110s intervals varied between 1s and 28s; to VI50s varied between 6s and 136s and to VI100s varied between 12s and 273s). To the participants of G3 and G4 the VI intervals did not overlap (i.e. the VI10s intervals varied between 2s and 19s; to VI50s between 34s and 90s and to VI100svaried between 68s and 180s). The color of the response button was different in each component of the multiple schedule. After eight sessions of 30 minutes each on a multiple VI-VI, all the participants were exposed to five sessions in a multiple EXT-EXT in the presence of the first stimuli correlated to multiple VI-VI. Four of 10 participants from G3 and G4 (non-overlapped intervals) and two of 10 participants from G1 and G2 (VI intervals overlapped) emitted response rates higher in the component with higher reinforcement rates (Differentiation Index - DI≥0,6). However, three out of 20 participants emitted higher response rates in the component with less reinforcement rate (DI≤0,4) or most of the participants, independtly of groups, emmited undifferentiated response rates (11 out of 20, DI@0,5). Thus, the differentiation of the response rate was not systematic as found in experiments with non-humans, although the non-overlapping of VI interval values seemed to favor greater differentiation. In relation to resistance to extinction, nine out of 20 participants showed greater resistance to extinction in the component with higher reinforcement rate, and four of these participants were from G1, two from G3 (multiple VI10s-VI50s), and three from G4 (multiple VI10s-VI100s). All together, the data from differentiation and resistance to extinction indicate that the distribution of VI intervals with non-overlapped values added to the greater discrepancy of reinforcement rate (10:1) among the componentes (G4), favored a greater number of participants with diferentiation on the response rate (DI≥0,6) and greater resistance to change in the component with greater reinforcement rate. It is suggested that some aspects of the procedure may be modiffied (e.g. cost of response, presentation order of the components) in future researchs to verify the relationship between these changes and resistance of the behavior to change. |
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ndltd-IBICT-oai-uel.br-vtls0001796912019-01-21T16:41:17Z Diferentes distribuições de intervalos e taxas de reforço sobre a diferenciação da taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e a resistência à extinção Raquel Fernanda Ferreira Lacerda Carlos Eduardo Costa . Carlos Renato Xavier Cançado Silvia Regina de Souza Arrabal Gil Observa-se, em um múltiplo VI-VI com não-humanos, que quanto maior taxa de reforço, maior a taxa de resposta e maior a resistência do comportamento a mudanças. O objetivo deste trabalho foi investigar (1) o efeito de diferentes taxas de reforço e de diferentes distribuições dos intervalos do VI sobre a diferenciação na taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e (2) a resistência do comportamento à extinção, quando a contingência é alterada para um múltiplo EXT-EXT, com humanos. Participaram 20 universitários, distribuídos em quatro grupos. A tarefa era pressionar um botão na tela de um computador e acumular pontos que depois eram trocados por dinheiro. Os participantes de G1 e G3 foram expostos a um múltiplo VI10s-VI50s e os de G2 e G4 foram expostos a um múltiplo VI10s-VI100s. Para os participantes de G1 e G2 os intervalos do VI se sobrepunham (i.e., para VI10s os intervalos variaram entre 1s e 28s; para VI50s variaram entre 6s e 136s e para VI100s variaram entre 12s e 273s). Para os participantes de G3 e G4 os intervalos de VI não eram sobrepostos (i.e., para VI10s os intervalos variaram entre 2s e 19s; para VI50s variaram entre 34s e 90s e para VI100s variaram entre 68s e 180s). A cor do botão de respostas era diferente em cada componente do múltiplo. Após oito sessões de 30 minutos em um múltiplo VI-VI, todos os participantes foram expostos a cinco sessões em um múltiplo EXT-EXT na presença dos estímulos primeiramente correlacionados ao múltiplo VI-VI. Quatro de 10 participantes de G3 e G4 (intervalos de VI não sobrepostos) e dois de 10 participantes de G1 e G2 (intervalos de VI sobrepostos) emitiram taxas de respostas maiores no componente com maior taxa de reforço (Índice de DiferenciaçãoID≥0,6). Entretanto, três de 20 participantes emitiram maior taxa de respostas no componente com menor taxa de refor (ID≤0,4) e a maioria dos participantes, independente do grupo, emitiram taxas de respostas indiferenciadas (11 de 20, ID0,5). Assim, a diferenciação da taxa de respostas não foi sistemática como encontrado com não-humanos, embora a não sobreposição dos valores de intervalos de VI pareceu favorecer maior diferenciação. Com relação à resistência à extinção, observou-se que nove de 20 participantes apresentaram maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço, sendo que três participantes eram do G1, dois do G3 (múltiplo VI10s-VI50s), e quatro participantes eram do G4 (múltiplo VI10s-VI100s).Tomados em conjunto, os dados da diferenciação e da resistência à extinção indicaram que a distribuição dos intervalos do VI com valores não sobrepostos somado a maior discrepância de taxa de reforço (10:1) entre os componentes (G4), favoreceu uma maior diferenciação na taxa de respostas (ID≥0,6) e maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço. Sugere-se que alguns aspectos do procedimento possam ser modificados (e.g., o custo da resposta; ordem de apresentação dos componentes) em pesquisas futuras para se verificar a relação entre essas modificações e a resistência do comportamento à mudança. In a multiple VI-VI with non-humans, the greater the reinforcement rate the greater the response rate and greater the resistance of the behavior to changes. The goal was to investigate (1) the effect of different reinforcement rates and different interval distributions of VI over the differentiation in the response rate in a multiple VI-VI and (2) the resistance of behavior to extinction, when the contingence is altered to a multiple EXT- EXT, with humans. 20 college students were distributed in four groups. The task was to press a button in a computer screen and accumulate points that were exchanged for money. The participants from G1 and G3 were exposed to a multiple VI10s-VI50 sand those from G2 and G4 were exposed to a multiple VI10s-VI100s. To the participants of G1 and G2 the VI intervals overlapped (i.e. the VI110s intervals varied between 1s and 28s; to VI50s varied between 6s and 136s and to VI100s varied between 12s and 273s). To the participants of G3 and G4 the VI intervals did not overlap (i.e. the VI10s intervals varied between 2s and 19s; to VI50s between 34s and 90s and to VI100svaried between 68s and 180s). The color of the response button was different in each component of the multiple schedule. After eight sessions of 30 minutes each on a multiple VI-VI, all the participants were exposed to five sessions in a multiple EXT-EXT in the presence of the first stimuli correlated to multiple VI-VI. Four of 10 participants from G3 and G4 (non-overlapped intervals) and two of 10 participants from G1 and G2 (VI intervals overlapped) emitted response rates higher in the component with higher reinforcement rates (Differentiation Index - DI≥0,6). However, three out of 20 participants emitted higher response rates in the component with less reinforcement rate (DI≤0,4) or most of the participants, independtly of groups, emmited undifferentiated response rates (11 out of 20, DI@0,5). Thus, the differentiation of the response rate was not systematic as found in experiments with non-humans, although the non-overlapping of VI interval values seemed to favor greater differentiation. In relation to resistance to extinction, nine out of 20 participants showed greater resistance to extinction in the component with higher reinforcement rate, and four of these participants were from G1, two from G3 (multiple VI10s-VI50s), and three from G4 (multiple VI10s-VI100s). All together, the data from differentiation and resistance to extinction indicate that the distribution of VI intervals with non-overlapped values added to the greater discrepancy of reinforcement rate (10:1) among the componentes (G4), favored a greater number of participants with diferentiation on the response rate (DI≥0,6) and greater resistance to change in the component with greater reinforcement rate. It is suggested that some aspects of the procedure may be modiffied (e.g. cost of response, presentation order of the components) in future researchs to verify the relationship between these changes and resistance of the behavior to change. 2012-07-30 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000179691 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Análise do Comportamento. URL BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina instacron:UEL |