Efeitos da ingestão de cafeína sobre o desempenho físico de ciclistas em exercício fechado (closed-loop) de longa duração

O propósito deste estudo foi analisar os efeitos da ingestão de cafeína (CAF) sobre o desempenho físico em exercício fechado de longa duração. Treze ciclistas (26 ± 9,9 anos, 71 ± 9,1 kg, 176 ± 5,9 cm, 253 ± 141,6 km.sem-1) de diferentes níveis competitivos (regional, estadual e nacional), do sexo m...

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Bibliographic Details
Main Author: Henrique Bortolotti
Other Authors: Edilson Serpeloni Cyrino .
Language:Portuguese
Published: UEL. UEM. Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física. 2011
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000168157
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description O propósito deste estudo foi analisar os efeitos da ingestão de cafeína (CAF) sobre o desempenho físico em exercício fechado de longa duração. Treze ciclistas (26 ± 9,9 anos, 71 ± 9,1 kg, 176 ± 5,9 cm, 253 ± 141,6 km.sem-1) de diferentes níveis competitivos (regional, estadual e nacional), do sexo masculino, completaram inicialmente um teste incremental máximo em ciclossimulador, para a familiarização. Posteriormente, os sujeitos foram divididos aleatoriamente, de forma balanceada, para receberem cafeína ou placebo, em delineamento cruzado e duplo cego, antes da execução de teste de 20 km contra-relógio. A ingestão de cafeína ou placebo (6 mg.kg-1) foi realizada 60 min antes de cada teste. Os sujeitos foram orientados a se absterem da ingestão de alimentos cafeinados e de exercício físico extenuante nas 48 h precedentes a cada teste. Os sujeitos foram instruídos a completar os 20 km predeterminados para os testes experimentais no menor tempo possível. Durante os testes foram monitoradas continuamente a distância, velocidade, potência, cadência (rpm), percepção subjetiva de esforço (PSE), eletromiografia dos músculos do quadríceps (EMG) e frequência cardíaca (FC). O questionário de BRUMS foi aplicado imediatamente antes e após os testes experimentais, para avaliar a alteração psicológica-motivacional. Durante a execução dos testes a ingestão de água foi ad libitum. Nenhuma diferença estatisticamente significante foi identificada para as variáveis velocidade, potência, rpm, PSE, EMG e FC entre as condições CAF e PLA (P > 0,05). De forma similar, o questionário de BRUMS também não indicou diferenças entre as condições CAF e PLA (P > 0,05). Interações significantes foram detectadas em relação a potência (P = 0,001) e a velocidade (P = 0,001), que foram significativamente maiores no final do teste (2 km finais) no grupo CAF. O efeito principal do tempo (P = 0,001) foi verificado para as variáveis PSE e a FC que aumentaram de forma linear até o final do exercício em ambos os grupos. A duração dos testes foi semelhante nas diferentes condições experimentais (PLA = 2143 ± 106,9 s vs. CAF = 2159 ± 200,9 s, P = 0,61). Os resultados sugerem que a ingestão de cafeína não melhora o desempenho em exercício fechado de longa duração (closed-loop). === The purpose of this study was to analyze the effects of caffeine ingestion (CAF) on physical performance in long-term closed-loop exercise. Thirteen male cyclists (26 ± 9.9 years, 71 ± 9.1 kg, 176 cm ± 5.9, 141.6 ± 253 km.sem-1, participating in national, state and regional competitions) first completed a maximal incremental test for familiarization with the ciclossimulator. Subsequently, subjects were randomly assigned in a balanced way, to receive caffeine or placebo in a randomized, double-blind crossover fashion before the 20-km time trial test. The intake of caffeine or placebo (6 mg.kg-1) was performed 60 min before each test. Subjects were instructed to refrain from the ingestion of caffeinated foods and strenuous exercise in the 48 hours preceding each test. They were instructed to complete the tests in the shortest time possible. During the tests the distance, speed, power, rpm, rating of perceived exertion (RPE), electromyography of the quadriceps muscles (EMG) and heart rate (HR) wwere continuously measured. In addition, the BRUMS questionnaire was applied immediately before and after the time-trial tests to assess any motivational-psychological change. Water intake during the test was ad libitum. No statistically significant difference was identified for speed, power, rpm, RPE, EMG and HR between the CAF and PLA conditions (P > 0.05). Similarly, the BRUMS questionnaire also did not show differences between CAF and PLA conditions (P > 0.05). Significant interactions were found with regard to test time, power (P = 0.001) and speed (P = 0.001), which were significantly higher at the end of the test (final 2 km) in the CAF. The main effect of time (P = 0.001) was found for PSE and HR, which increased linearly until the end of exercise in both groups. The time to completion of both tests was similar in the two different experimental conditions (PLA = 2143 ± 106.9 s vs. CAF = 2159 ± 200.9 s, P = 0.61). The results suggest that caffeine does not improve performance in a 20-km time-trial.
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Henrique Bortolotti
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