Summary: | O período da Regência (1831-1840) ficou marcado pelo processo de construção e consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente no que se refere aos aspectos jurídicos e burocráticos seguindo claramente em muitos aspectos as linhas de um projeto conservador e liberal. Nesse cenário, as relações entre o governo central e as elites regionais, bem como as relações entre os políticos civis e os militares, mais especificamente os do Exército, suscitaram inúmeros conflitos que, por sua vez culminaram invariavelmente em movimentos e medidas, da parte do governo regente, de enfrentamento, de reorganização ou de reestruturação das tropas que compunham a primeira linha. Este trabalho se propõe a discutir a Tese de Política de Erradicação dos Militares, mais especificamente no período regencial, considerando as relações entre os civis e os militares e realizar uma breve discussão historiográfica da perspectiva de Edmundo Campos Coelho sobre a referida tese. Tentaremos pensar de que modo a tese da política de erradicação se consolida na historiografia nacional e se existem elementos para comprovar a existência de um movimento erradicador imediatamente após a abdicação do Primeiro Imperador. Para tanto, partiremos da análise de alguns estudos que corroboram a tese de erradicação política dos militares e dos aspectos que lhes garantem validade, bem como de outros estudos que rejeitam ou reinterpretam a tese de erradicação apresentando diferentes propostas e perspectivas para pensar e entender a relação entre os políticos civis e os militares no período em questão. === O autor não disponibilizou o abstract.
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