| Summary: | As espécies exóticas invasoras são a segunda maior causa da perda de biodiversidade em todo o mundo. Em áreas de restauração florestal, estas espécies, podem causar problemas, dentre estes, estão a repressão ou exclusão dos espécimes plantados por meio da competição e alterações no meio. Dentre estas espécies, estão as gramíneas exóticas invasoras e outras espécies ruderais em geral. Diante destas questões, objetivou-se neste trabalho verificar os efeitos destas espécies sobre reflorestamentos no norte do Paraná e esclarecer algumas terminologias quanto à invasão biológica. Para verificar o efeito das espécies ruderais, foram instaladas 120 parcelas (10x10m), divididas em 12 talhões com idades entre 40 e 89 meses. Em cada parcela, foram instaladas 4 subparcelas de 1m2 para amostragem da biomassa seca. A abundância de gramíneas declinou com a idade dos talhões (n=12; β=-0,61; p=0,03; r2=0,37) e com a porcentagem de pioneiras plantadas (Spearman, r=-0,61). A abundância e a biomassa de ruderais apresentaram relação positiva com a abertura do dossel (n=12; β=0,58; p=0,04; r2=0,34 e n=12; β=0,57; p=0,05; r2=0,33 respectivamente). No que se refere aos atributos químicos do solo a biomassa de gramíneas se relacionou positivamente com o pHea concentração de íons K+, e negativamente com a concentração de Al++, (Spearman, r=0,64; r=0,60; r=-0,75 respectivamente). A abundância de gramíneas aumentou com a concentração de P (Spearman, r=0,62). Desta forma, gramíneas e espécies ruderais estão diminuindo em abundância com a idade da área restaurada. No entanto, a biomassa de gramíneas não foi explicada pela idade ou pela cobertura florestal, devido à heterogeneidade do grupo. Ainda, em análises com o Panicum maximum (capim-colonião), houve efeito negativo desta espécie sob a regeneração, de modo que este está dificultando a regeneração florestal, sugerindo que o controle de gramíneas, em especial desta espécie, deve ser intensificado nos primeiros anos de plantio. === Exotic invasive species are the second greatest cause of biodiversity loss in the world. In forest restoration, these invaders can cause serious problems, like the suppression or exclusion of plants through competition and changes in the environment. Among these species, tropical invasive grasses are responsible for heavy costs and contribute to several setbacks. Given these issues, this study aimed to evaluate the effects of preexistent nonnative species on forest restoration in semideciduous Atlantic Forest. To check for the effect of invasive plants, we installed 120 plots (10x10m), divided into 12 native species reforestation sites aged from 40 to 89 months. Four subplots (1m²) per plot were installed to estimate herb dry biomass. Grass abundance declined with age of the sites (n=12; β=-0,61; p=0,03; r²=0,37) and with the percentage of planted pioneer trees (Spearman, r=-0,61). Abundance and biomass of non-grass ruderal species showed a positive relationship with canopy openness (n=12; β=0,58; p=0,04; r²=0,34 e n=12; β=0,57; p=0,05; r²=0,33 respectively). Soil fertility and grass biomass were positively related, markedly due to K+ concentration (Spearman, r=0,60) and grasses abundance increased with the P concentration (Spearman, r=0,62). Grass abundance declined with age of the areas, but grass biomass was not explained nor by age or by canopy openness Panicum maximum Jacq. (guinea grass) and the native regeneration was affected negatively by this grass. The results suggest that, while some grasses show strong detrimental effects on the regeneration, non-grass ruderal species are not necessarily a concern.
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