Formação de biofilme em catéter urinário por Proteus mirabilis uropatogênico
Proteus mirabilis é a 3ª causa mais comum (depois de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae) de infecção do trato urinário complicada (causando 12% das infecções) e a segunda causa mais comum (depois de Providencia stuartii) de bacteriúria relacionada a cateter em grupos de pacientes com cateter d...
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Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia.
2010
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ndltd-IBICT-oai-uel.br-vtls0001615762019-01-21T16:48:30Z Formação de biofilme em catéter urinário por Proteus mirabilis uropatogênico Rafael Osti de Melo Jacinta Sanchez Pelayo . Halha Ostrensky Saridakis Marilucia Santos Ludovico Proteus mirabilis é a 3ª causa mais comum (depois de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae) de infecção do trato urinário complicada (causando 12% das infecções) e a segunda causa mais comum (depois de Providencia stuartii) de bacteriúria relacionada a cateter em grupos de pacientes com cateter de demora (15% de infecção). Essas infecções são conhecidas por serem freqüentemente persistentes, de difícil tratamento e até fatais, dependendo da severidade da doença nos pacientes. As complicações da infecção em pacientes cateterizados incluem o desenvolvimento de urolitíase, obstrução do trato urinário e de cateteres, formação de cálculos na bexiga e rins, e bacteriúria. P. mirabilis pode colonizar o cateter e formar biofilme tanto em sua superfície quanto em seu lúmen, e a atividade de sua urease libera amônia a partir da uréia, elevando o pH da urina. Sob estas condições alcalinas, precipitam-se cristais de estruvita e apatita os quais podem aderir ao biofilme. Com o desenvolvimento desse, o fluxo urinário no cateter pode ser obstruído causando incontinência, devido ao vazamento da urina sobre o cateter ou retenção de urina na bexiga a qual resulta em distensão dolorosa. O refluxo da urina infectada para os rins podem culminar em episódios de pielonefrite, septicemia e choque séptico. A presença do biofilme constitui ainda uma forma de defesa do microrganismo frente ao tratamento com antibióticos cuja ação seria normalmente eficaz em combater as infecções urinárias causadas por espécies de Proteus. Os objetivos do presente estudo incluem verificar a formação de biofilme por P. mirabilis em superfície abiótica, quantificar a capacidade e tempo de formação, estrutura e características do biofilme em cateter urinário na presença e ausência de urina. The care of many patients undergoing long-term bladder catheterization is frequently complicated by infection with Proteus mirabilis. These organisms colonize the catheter, forming surface biofilm communities, and their urease activity generates alkaline conditions under which crystals of magnesium ammonium phosphate and calcium phosphate are formed and become trapped in the biofilm. As the biofilm develops it obstructs the flow of urine through the catheter, causing either incontinence due to leakage of urine around the catheter or retention of urine in the bladder. The aim of this study was to determine the characteristics P. mirabilis biofilm in urinary catheter in human urine and standard laboratory media. The structure of P. mirabilis HU49 (strongly adherent) and HU117 (nonadherent) biofilms were compared by scanning electron microscopy. Human urine biofilms were observed to form a crystalline structure at 24 h differently to the observed in biofilms produced in TSB. This study has demonstrated that two markedly different biofilm structures are formed, depending on the growth media utilized. 2010-03-29 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000161576 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia. URL BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina instacron:UEL |
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Proteus mirabilis é a 3ª causa mais comum (depois de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae) de infecção do trato urinário complicada (causando 12% das infecções) e a segunda causa mais comum (depois de Providencia stuartii) de bacteriúria relacionada a cateter em grupos de pacientes com cateter de demora (15% de infecção). Essas infecções são conhecidas por serem freqüentemente persistentes, de difícil tratamento e até fatais, dependendo da severidade da doença nos pacientes. As complicações da infecção em pacientes cateterizados incluem o desenvolvimento de urolitíase, obstrução do trato urinário e de cateteres, formação de cálculos na bexiga e rins, e bacteriúria. P. mirabilis pode colonizar o cateter e formar biofilme tanto em sua superfície quanto em seu lúmen, e a atividade de sua urease libera amônia a partir da uréia, elevando o pH da urina. Sob estas condições alcalinas, precipitam-se cristais de estruvita e apatita os quais podem aderir ao biofilme. Com o desenvolvimento desse, o fluxo urinário no cateter pode ser obstruído causando incontinência, devido ao vazamento da urina sobre o cateter ou retenção de urina na bexiga a qual resulta em distensão dolorosa. O refluxo da urina infectada para os rins podem culminar em episódios de pielonefrite, septicemia e choque séptico. A presença do biofilme constitui ainda uma forma de defesa do microrganismo frente ao tratamento com antibióticos cuja ação seria normalmente eficaz em combater as infecções urinárias causadas por espécies de Proteus. Os objetivos do presente estudo incluem verificar a formação de biofilme por P. mirabilis em superfície abiótica, quantificar a capacidade e tempo de formação, estrutura e características do biofilme em cateter urinário na presença e ausência de urina. === The care of many patients undergoing long-term bladder catheterization is frequently complicated by infection with Proteus mirabilis. These organisms colonize the catheter, forming surface biofilm communities, and their urease activity generates alkaline conditions under which crystals of magnesium ammonium phosphate and calcium phosphate are formed and become trapped in the biofilm. As the biofilm develops it obstructs the flow of urine through the catheter, causing either incontinence due to leakage of urine around the catheter or retention of urine in the bladder. The aim of this study was to determine the characteristics P. mirabilis biofilm in urinary catheter in human urine and standard laboratory media. The structure of P. mirabilis HU49 (strongly adherent) and HU117 (nonadherent) biofilms were compared by scanning electron microscopy. Human urine biofilms were observed to form a crystalline structure at 24 h differently to the observed in biofilms produced in TSB. This study has demonstrated that two markedly different biofilm structures are formed, depending on the growth media utilized. |
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