As marcas da teoria vigotskiana nos currículos da escola pública paranaense : 1990-2006

No início da década de 1990, o Governo do Estado do Paraná decidiu pela implantação de um currículo básico que deveria ser seguido pela rede pública de ensino no Estado. Fez a escolha pela elaboração de um currículo calcado nas teorias de Vigotski, por entender que as matérias a que os seus alunos d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ronise Liogi Monaco
Other Authors: João Batista Martins .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Educação, Comunicação e Artes. Programa de Pós-Graduação em Educação. 2009
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000153507
Description
Summary:No início da década de 1990, o Governo do Estado do Paraná decidiu pela implantação de um currículo básico que deveria ser seguido pela rede pública de ensino no Estado. Fez a escolha pela elaboração de um currículo calcado nas teorias de Vigotski, por entender que as matérias a que os seus alunos deveriam ter contato necessitariam estar em consonância com o momento histórico por eles vivido. Ainda, segundo a concepção de ensino do referido autor, a escola possui importante papel para não somente tornar o aluno uma engrenagem da sociedade, mas também visando a que, efetivamente, ele se aproprie do conhecimento sistematizado oferecido no ambiente escolar. Na sequência, esta dissertação aborda a reestruturação do currículo, no mesmo Estado, ocorrida em 2006, agora voltada para a implantação de uma pedagogia histórico-crítica, embasada na orientação de Saviani. Esse autor direciona seus estudos em defesa do estabelecimento de uma educação democrática, com intuito de torná-la um instrumento de transformação e de mudança social do educando. Para a compreensão desses dois momentos históricos (1990 e 2006), esta pesquisa parte dos dados contidos em documentos oficiais do Estado do Paraná e na doutrina a fim de entender as razões das opções feitas pelo governo desse estado. Ao final, busca-se refletir sobre a efetiva apropriação das idéias desses autores. Paralelamente a isso, promove-se uma revisão bibliográfica acerca das teorias existentes sobre o conceito de currículo, o significado e importância do currículo único e, ainda, sobre as questões de "poder" nele presentes, principalmente no momento em que se decide sobre quais os conhecimentos a que o educando terá acesso ou não. === In the early 90s, the State Government of Brazilian state Paraná decided over the implementation of a base common curriculum that should be observed by the public state schooling. Being so, it chose the elaboration of a curriculum grounded on Vigotski’s theories, for it was understood that the pupils in such state should experience subjects that were in conformity with their time and the historical moment they were living. According to the mentioned author’s understanding of education, school plays an important role not only in making the student one of society’s gear, but also in enabling him to acquire the systematized knowledge offered by the school’s environment in a way it would become his own. In the following dissertation, one focuses the curriculum restructuring that took place in the referred state and which was carried out in 2006, aiming now at establishing a historical-critical pedagogy, based on Saviani’s orientation. This author draws his studies in a way to defend the establishing of a democratic education, with the intention to make it an instrument of changing and transformation of the social pupil. For one to understand these two historical moments (1990 and 2006), the present research starts from the data contained in Parana State official documents, as well as the doctrine, so that the reasons that outline the state government officials’ choices can be understood. In the end, this work searches to think over the effective appropriation of such authors’ ideas. Alongside with that, it promotes a bibliographical review of the existent theories on the concept and notions of curriculum, its meaning, and the importance of the Common Curriculum, as well as the issues of “power” that come within it, mainly at the moment one decides over which areas of knowledge the pupil will or will not be given access to.