Summary: | O conhecimento da prevalência das principais doenças infecciosas que podem ser transmitidas verticalmente em gestantes tem grande importância na formulação de políticas de saúde materno-infantil tanto na possibilidade de adoção de medidas profiláticas e terapêuticas para minimizar a transmissão quanto na verificação da ocorrência de danos ao desenvolvimento fetal. A toxoplasmose congênita ocorre quando o Toxoplasma gondii infecta a mãe pela primeira vez durante a gestação e atinge o feto. Os sintomas que ocorrem na criança infectada congenitamente vão desde uma doença branda até sinais graves como retardo mental. O diagnóstico precoce durante a gravidez é altamente desejável, permitindo uma pronta intervenção nos casos de infecção, através do tratamento da gestante, reduzindo substancialmente a probabilidade da infecção fetal e conseqüente danos ao feto. Mulheres HIV reagentes e com infecção crônica pelo T. gondii também podem transmitir o parasito ao feto por reativação dos cistos teciduais. A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum, podendo causar má formação do feto com sérias conseqüências para a saúde da criança, ou até a morte. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de anticorpos anti-T. gondii, anti-HIV e as reaginas da sífilis em mulheres no primeiro trimestre de gestação atendidas nas Unidades Básicas de Saúde de Londrina, PR, e verificar as possíveis associações da positividade para a toxoplasmose com as variáveis sócio-econômicas e ambientais. Foram colhidas amostras de sangue de 387 gestantes, e para a determinação dos fatores associados à infecção pelo T. gondii, cada gestante respondeu a um questionário epidemiológico. A prevalência de anticorpos IgG anti-T.gondii foi de 51,16% sendo que destas, seis gestantes apresentaram-se IgM reagentes (1,55%). Gestantes com baixa renda per capita e com baixo grau de escolaridade, assim como a presença de gato em casa e o consumo de verduras e legumes crus, foram fatores associados à maior chance de infecção pelo T. gondii. O estudo mostrou uma elevada prevalência da infecção anterior à gestação, e, portanto, 48,84% permaneceram suscetíveis durante a gestação. Nenhuma gestante foi reagente para a pesquisa de anticorpos anti-HIV e uma apresentou-se reagente para a sífilis (0,25%). === The knowledge of the prevalence of the main infectious diseases that can be transmitted vertically in pregnant women has great importance in the formulation of politics of maternal-infantile health in the possibility of adoption of prophylactic and therapeutical measures to minimize the transmission as in the verification of the occurrence of damages to the fetal development. The congenital toxoplasmosis happens when the Toxoplasma gondii infects the mother for the first time during the gestation and it reaches the fetus. The symptoms that happen in the child infected congenitality way from a soft disease to serious signs as mental retard. The precocious diagnosis during the pregnancy is highly desirable, allowing a ready intervention in the cases of infection, through the pregnant woman's treatment, reducing the probability of the fetal infection and consequent damages substantially to the fetus. Reacting women HIV and with chronic infection for the T. gondii can also transmit the parasite to the fetus for reactivation of the tissue cysts. The congenital syphilis is resulted of the infection of the fetus by the Treponema pallidum, could cause bad formation of the fetus with serious consequences for the child's health, or until the death. The aim of this study was to determine the prevalence of antibodies anti-T. gondii, anti-HIV and the syphilis in women in the first quarter of gestation assisted in the Unidades Básicas de Saúde of Londrina, PR, and to verify the possible associations of the positivity for the toxoplasmosis with the socioeconomic and environmental variables. Samples of blood of 387 pregnant women had been harvest, and for the determination of the factors associated to the infection for the T. gondii, each pregnant one answered to an epidemic questionnaire. The prevalence of antibodies IgG anti-T.gondii was of 51.16% and of these, six pregnant women came IgM reagents (1.55%). Pregnant with low per capita income and with low education degree, as well as the cat presence in house and the consumption of green vegetables and raw vegetables, they were factors associated to the largest infection chance for the T. gondii. The study showed a high prevalence of the infection previous to the gestation, and, therefore, 48.84% stayed susceptible during the gestation. Any pregnant one went reagent to the research of antibodies anti-HIV and one came reagent for the syphilis (0.25%).
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