Uso de IL-2 humana recombinante em pacientes com imunodeficiência comum variável

Na imunodeficiência comum variável (ICV) têm sido descritas alterações de linfócitos T, incluindo a produção diminuída da interleucina-2 (IL-2). Desde que a IL-2 pode promover a produção de imunoglobulinas in vitro, nosso principal objetivo foi investigar os efeitos in vivo do tratamento com IL-...

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Bibliographic Details
Main Author: João Henrique Fagundes Bastos Narciso
Other Authors: Myrthes Anna Maragna Toledo Barros
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2008
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-31072008-120053/
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topic Imunodeficiência de variável comum/terapia
Imunoglobulinas intravenosas
Infecção
Interleucina-2
Common variable immunodeficiency/therapy
Infection
Interleukin-2
Intravenous immunoglobulins
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Imunoglobulinas intravenosas
Infecção
Interleucina-2
Common variable immunodeficiency/therapy
Infection
Interleukin-2
Intravenous immunoglobulins
João Henrique Fagundes Bastos Narciso
Uso de IL-2 humana recombinante em pacientes com imunodeficiência comum variável
description Na imunodeficiência comum variável (ICV) têm sido descritas alterações de linfócitos T, incluindo a produção diminuída da interleucina-2 (IL-2). Desde que a IL-2 pode promover a produção de imunoglobulinas in vitro, nosso principal objetivo foi investigar os efeitos in vivo do tratamento com IL-2 recombinante (IL-2r) em pacientes com ICV. Foram selecionados 4 pacientes que apesar de tratamento adequado com imunoglobulina EV apresentavam infecções recorrentes. Após um período de observação de 12 meses, os pacientes receberam doses crescentes de IL-2r durante 16 semanas com reposição de imunoglobulina apenas se a IgG sérica atingisse níveis menores do que 400mg/dL. A seguir, permaneceram em observação por mais 12 meses recebendo imunoglobulina . A gravidade das infecções foi avaliada segundo um \"score\" numa escala de 3 a 10. A avaliação in vitro incluiu: quantificação dos níveis de IgG, IgA e IgM séricas; resposta linfoproliferativa à PHA; populações linfocitárias CD4+, CD8+, CD19+ e CD25+ no sangue periférico. As reações adversas à IL-2r foram leves e localizadas. Houve redução aparente do número e gravidade das infecções durante os 12 meses subseqüentes ao término da IL-2r. Os níveis da IgG sérica e das células CD4+, CD8+ e CD19+ mantiveram-se estáveis durante todo o estudo. Em 3 pacientes houve relação entre melhora clínica e aumento da proporção de linfócitos T CD25+. Isto permite supor que a remissão de infecções em alguns pacientes com ICV , sob terapêutica com IL-2r associada ou não à imunoglobulina EV, esteja parcialmente relacionada à melhora da imunidade celular. Adicionalmente, nossos dados indicam que a IL-2r pode ser utilizada de modo seguro nas dosagens e período utilizados como terapêutica adjuvante em alguns pacientes com ICV que apresentam infecções recorrentes e má resposta terapêutica à imunoglobulina endovenosa === In Common Variable Immunodeficiency (CVID) T cell function may be impaired and interleukin-2 (IL-2) production diminished. Since IL-2 stimulates immunoglobulin production in vitro, the aim of this study was to determine the in vivo effects of recombinant interleukin-2 (rIL-2) in patients with CVID. We selected four CVID patients, who despite intravenous immunoglobulin infusion (IVIG) had recurrent infections. After a twelve-month run-in period, escalating dosages of rIL-2 were administered during 16 weeks, during which rescue IVIG treatment was performed whenever serum IgG levels dropped below 400 mg/dL. During follow-up (12 months), patients were observed and treated with IVIG. Infection severity was assessed using a 3 to 10 infection score. In vitro analysis included: measurement of serum levels of IgG, IgA and IgM; lymphocyte proliferative responses to phytohaemaglutinin (PHA); CD4+, CD8+,CD19+ and CD25+ lymphocyte populations in peripheral blood. Few local side-effects were observed in 2 patients. In the follow-up period after rIL-2 treatment, patients experienced reduction of the number and severity of infections. Levels of serum IgG, CD4+, CD8+ and CD19+ were stable throughout the study. In 3 patients we observed a relation between improvement of clinical parameters and number of T CD25+ cells. These findings suggest that remission of infections in some CVID patients treated with rIL-2, in combination or not with IVIG is, in part, associated with the improvement of cell immunity. Additionally, our results indicate that rIL-2 administration is safe and may serve as adjuvant therapy in some CVID patients with recurrent infections and poor response to IVIG treatment
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