Summary: | Este trabalho tem por objetivo resgatar a militância do educador anarquista João Penteado após o fechamento da Escola Moderna do Belenzinho, em 1919, buscando traços de continuidade das práticas libertárias até então presentes no cotidiano escolar. Fora do ambiente da escola, o professor João Penteado manteve relações de amizade e militância com libertários como Rodolfo Felipe, Edgard Leuenroth, Pedro Catalo, Adelino de Pinho, José Oiticica entre outros, o que pode ser verificado nas correspondências trocadas entre eles que, muitas vezes, referem-se à importância de se manter a escola dirigida por João Penteado como parte importante do processo de resistência da militância anarquista em um momento de intensa repressão e vigilância das autoridades e da polícia. As questões colocadas pela militância anarquista a partir do fechamento da Escola Moderna relacionam-se às mudanças vividas pelo operariado no contexto político e social do período (tanto local quanto mundial). Neste momento verifica-se uma significativa produção de obras com conteúdo libertário, ainda que só houvesse espaço para o estudo das classes dominantes. Através da trajetória de João Penteado pretendemos identificar, portanto, as formas de resistência de seu grupo nesse período de crise, as questões que os envolveram, e a forma como essa resistência está presente na ideia de educação que eles defendiam.
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This job aims to rescue the militancy of the anarchist educator João Penteado after the closing of Belenzinho Modern School, in 1919 seeking traces of continuity of libertarian practices until then, present in daily life. Outside the school environment, teacher João Penteado maintained friendly relations and militancy with libertarians as Rodolfo Felipe, Edgard Leuenroth, Pedro Catalo, Adelino de Pinho, José Oiticica and others which can be verified in letters exchanged between them that often refer to the importance of maintaining the school run by João Penteado as important part of the process of anarchist militancy resistance at a time of intense repression and surveillance of the authorities and the police. The issues raised by the anarchist militancy from the closing of the modern school relate to changes experienced by workers in the social and political context of the period (either local or worldwide). At the moment there is a significant production of works with libertarian content, even though there were only \"space for the study of the dominant classes.\" Through the course of John Barbour, we intend to identify, therefore, the forms of resistance of their group in this period of crisis, the issues involved, and how this resistance is present in the idea of education that they defended.
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