Supressão condicionada sobre linhas de base de variabilidade e repetição operantes

A supressão condicionada é definida como a redução na taxa de resposta operante diante de um estímulo que foi previamente pareado com um evento aversivo inevitável e independente do comportamento do sujeito. A linha de base na qual se sobrepõe os pareamentos tem sido apontada como uma das variáv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Paola Bisaccioni
Other Authors: Maria Helena Leite Hunziker
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2010
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-30072010-110809/
Description
Summary:A supressão condicionada é definida como a redução na taxa de resposta operante diante de um estímulo que foi previamente pareado com um evento aversivo inevitável e independente do comportamento do sujeito. A linha de base na qual se sobrepõe os pareamentos tem sido apontada como uma das variáveis críticas na determinação do efeito supressivo. Portanto, o objetivo desse trabalho foi verificar se esquemas de reforçamento contingentes à variabilidade ou à repetição do comportamento seriam igualmente sensíveis ao procedimento de supressão condicionada. Ratos foram divididos em dois grupos (n=6), denominados Variabilidade (VAR) e Repetição (REP), que diferiram apenas quanto ao esquema de reforçamento da linha de base. Os sujeitos do grupo VAR foram submetidos a uma contingência que exigia que eles emitissem diferentes seqüências de quatro respostas de pressão a duas barras (esquema RDF). Já os sujeitos do grupo REP foram reforçados por emitir uma única seqüência (seqüência EEEE). Depois de 25 sessões sob esses esquemas, foram introduzidos os pareamentos aversivos, que consistiram na apresentação de duas luzes de 12 V, por 20 s, localizadas em cima de cada barra, que foram regularmente seguidas por choques de 0,8 mA por 0,5 s. Os resultados indicaram que os dois grupos foram sensíveis aos pareamentos CS-US, mostrando queda na taxa de resposta operante frente ao estímulo condicionado. Embora todos os sujeitos tenham apresentado forte efeito supressivo, a supressão foi mais acentuada no Grupo REP. No entanto, as diferenças obtidas nas razões de supressão dos dois grupos foram pequenas considerando a magnitude das diferenças entre as contingências de reforçamento utilizadas, que selecionavam padrões opostos em relação à variabilidade do comportamento. Discutiu-se que alguns parâmetros utilizados poderiam explicar a pequena diferença obtida aqui em comparação com os estudos da literatura. Os resultados apontaram ainda que os padrões de variar e repetir não foram afetados pela exposição ao US aversivo, mantendo-se no final do experimento os mesmos níveis da linha de base. Portanto, os dados sugerem que a variabilidade operante pode coexistir com contingências aversivas, ampliando o potencial de análise da variação do comportamento, que usualmente é investigada apenas com reforço positivo === Conditioned suppression is defined as a decrease in the rate of a positively reinforced response during a stimulus which precedes an unavoidable shock. The reinforcement schedule used to maintain the baseline performance is an important variable in determining the degree of suppression. Therefore, the purpose of the present study was to compare the effects of different reinforcement schedules that selected behavioral variation or repetition in the conditioned suppression procedure. Rats were divided into two groups (n=6), named Variability (VAR) and Repetition (REP), that differed from each other in relation to the reinforcement schedules used to maintain the baseline. In VAR Group, rats were rewarded for variable response sequences. In REP Group, rats were rewarded for repeating a single LLLL sequence. After 25 sessions in these schedules, periods of light (20 sec.) were terminated with a brief, unavoidable shock (0.8 mA/ 0.5 sec.) for the two groups. The results indicated that the rate of operant response of all subjects decrease during the CS. Therefore all subjects showed strong suppression, the effect was more severe in REP Group. However, the difference obtained was small considering the differences in the reinforcement schedules that selected opposite performances related to behavioral variation. It was discussed that some parameters of this experiment could explain the small difference obtained here in contrast with previous studies. The results also showed that variation and repetition sequences are not affected by the aversive US. Thus, the data suggest that operant variability could be maintained in aversive contingencies