O desempenho das firmas industriais brasileiras diante de uma maior integração com o mercado global: três ensaios
A maior integração entre os mercados traz novos desafios às empresas que se arriscam no comércio internacional. Para competir no mercado global, as firmas nacionais precisam atingir patamares de produtividade compatíveis com as suas concorrentes estrangeiras. Além disso, existem sunk-costs que p...
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Universidade de São Paulo
2012
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Produtividade industrial International trade Productivity Adriano Giacomini Morais O desempenho das firmas industriais brasileiras diante de uma maior integração com o mercado global: três ensaios |
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A maior integração entre os mercados traz novos desafios às empresas que se arriscam no comércio internacional. Para competir no mercado global, as firmas nacionais precisam atingir patamares de produtividade compatíveis com as suas concorrentes estrangeiras. Além disso, existem sunk-costs que precisam ser pagos pelas firmas estreantes no mercado externo. Assim, uma empresa que deseja exportar precisa (1) atingir níveis de produtividade competitivos e (2) ter fluxo de caixa ou condições de tomar crédito para pagar os sunk-costs. A pesquisa se propõe justamente a analisar os efeitos do acesso ao comércio internacional sobre as firmas industriais brasileiras. Observaremos quais os impactos da exportação sobre a produtividade e da restrição de crédito das empresas sobre a exportação. Três artigos serão elaborados. No primeiro, estudaremos o número de destinos atendidos pelas firmas brasileiras nas suas vendas ao exterior. Queremos analisar as diferenças entre as empresas que exportam para muitos países das empresas que exportam para poucos. Também, queremos saber quais mercados as firmas priorizam e se há uma ordem de entrada nos países. No segundo artigo, avaliaremos os ganhos de produtividade ex-ante e ex-post que são obtidos pelas empresas que exportam para quatro blocos econômicos: o Mercosul, o Nafta, a Comunidade Européia e o Leste Asiático. Procuraremos detectar qual bloco oferece maior efeito aprendizado (ex-post) e qual bloco favorece nossas empresas mais produtivas (ex-ante). A análise é relevante diante da atual discussão acerca de qual estratégia de integração é mais vantajosa para o Brasil. Por fim, no terceiro artigo, trataremos da relação entre restrição de crédito e a decisão de exportar. Procuraremos testar uma direção de causalidade entre os dois: se firmas com menor restrição financeira são mais propensas a exportar, ou se firmas exportadoras tem a sua restrição de crédito reduzida. O estudo objetiva colaborar com políticas de crédito a empresas exportadoras. Nos três ensaios, confrontaremos os resultados obtidos no Brasil com o que foi observado por trabalhos feitos em outros países, procuraremos justificativas para as diferenças e, se possível, proporemos temas para pesquisas futuras.
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International trade brings new challenges to companies that start to export. To compete in global markets, national firms need to reach levels of productivity similar to those of foreign competitors. Moreover, there are sunk costs which have to be paid by entrant firms in foreign markets. Hence, a company that wants to export has to: (1) reach competitive levels of productivity, and (2) have internal funds or access to credit to pay the sunk costs. This research aims at analyzing the impact of international trade on Brazilian manufacturing companies. We observe the effects of export on productivity and the relation between exports and credit constraints. Three essays will be presented. In the first one, we study the number of destinations attended by Brazilian companies when they sell abroad. We want to analyze the differences between companies that export to many countries, and companies that attend a few ones. Also, we want to know which markets Brazilian firms prioritize and if there is an order of entry in international markets. In the second essay, we evaluate ex-ante and ex-post productivity gains which are obtained by companies that export to four economic blocs: the Mercosur, the Nafta, the European Community and the East Asia. We want to discover which bloc offers the higher learning-effect (ex-post) and which bloc favors the most productive firms (ex-ante). In the third essay, we treat the relation between credit constraints and the decision to export. We test a direction of causality between the two: if companies with less credit constraints have more chances to export or if exporting firms have less credit constraints than domestic firms and novice exporters.
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