Viajando pelo agridoce toque da ciência (o serviço de Ortofrenia e Higiene Mental no Rio de Janeiro de 1930: seus efeitos na escola, família, comunidade)
O foco da pesquisa são as ações do Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental, Seção do Instituto de Pesquisas Educacionais, da Diretoria Geral de Educação e Cultura do Rio de Janeiro de 1930, durante a chefia de Arthur Ramos (1934-1939). A intervenção do Serviço junto às chamadas Escolas Experiment...
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Universidade de São Paulo
2011
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educação higiene mental education historical anthropology mental hygiene Adir da Luz Almeida Viajando pelo agridoce toque da ciência (o serviço de Ortofrenia e Higiene Mental no Rio de Janeiro de 1930: seus efeitos na escola, família, comunidade) |
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O foco da pesquisa são as ações do Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental, Seção do Instituto de Pesquisas Educacionais, da Diretoria Geral de Educação e Cultura do Rio de Janeiro de 1930, durante a chefia de Arthur Ramos (1934-1939). A intervenção do Serviço junto às chamadas Escolas Experimentais, buscou prevenir comportamentos considerados inadequados das crianças; objetivo que procura alcançar fazendo deslocamento conceitual de criança anormal para criança problema. Problemas que para o médico-antropólogo Arthur Ramos, e muitos dos seus colaboradores podem e devem ser resolvidos, já que são oriundos das relações produzidas pelos diversos grupos sociais dos quais as crianças fazem parte: família, escola, comunidade onde vivem Inicialmente levadas em seis escolas chamadas de experimentais, têm a pretensão de estender-se para todas as escolas públicas e, dessa forma, produzir, através da escola, novas formas de viver, agir, pensar na população em geral. A partir dos cinco anos que esteve à frente do SOHM, Ramos escreve o livro A Criança Problema, que tem como base empírica as fichas das crianças consideradas problemas. O tratamento teórico-metodológico dado ao trabalho advém da historiografia francesa ligada à história social e cultural no diálogo com a antropologia, buscando as contribuições da sociologia, da análise do discurso, e da micro-história italiana; utilizadas como ferramentas de trabalho, destacando o trabalho com as fontes. A articulação com a Antropologia tornou-se fundamental, para melhor vislumbrar as ações de Arthur Ramos, já que este buscou firmar-se no campo da Antropologia e seus escritos sobre educação é dirigido aos educadores, não sendo como educador que se identifica e nos seus combates políticos não é este lugar que busca ocupar. Buscar trançar foco e fundo constituiu-se no movimento da pesquisa e da escrita.
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The focus of this research are the actions of the Service of Orthophrenia and Mental Hygiene (SOMH), Section of the Educational Researches Institute, from the General Board of Education and Culture of Rio de Janeiro of 1930, during the direction of Arthur Ramos (1934-1939). The intervention of the Service together with the so called Experimental Schools, sought for the prevention of behaviors considered inappropriate for children; goal that intends to achieve doing conceptual displacement of abnormal child to problematic child. Problems that for the physician-anthropologist Arthur Ramos, and many of his collaborators may and must be solved, since they result from relations produced by several social groups which the children belong to: family, school, community where they live. Initially, taken into six so-called experimental schools, they intend to expand to all public schools and, thus, produce, through school, new ways of living, acting and thinking of population in general. From the five years in which he was the head of SOMH Ramos writes the book A Criança Problema, which has as empirical basis the files of children considered problematic. The theoreticalmethodological treatment given to the work accrues from the French historiography connected to the social and cultural history in the dialog with anthropology, seeking for contributions from sociology, speech analysis, and from the Italian micro-history; used as work tools, highlighting the work with the sources. The articulation with Anthropology became essential for better understanding of the actions of Arthur Ramos, provided that he aimed to settle down in the field of Anthropology and his papers on education are addressed to educators, even though he is not identified as an educator himself and in his political struggles this is not the place he aims to engage. The search for connecting focus and funds constituted the movement of the research and the writing.
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