Estudo da eletrorretinografia do camundongo modelo de alzheimer (3xTg-AD)

Objetivo: Avaliar eletrofisiologicamente a função da retina do camundongo modelo de Alzheimer (3xTg-AD) comparando com seu controle (b6;129-PS1) em um estudo longitudinal com seis idades (2, 4, 6, 8, 10 e 12 meses). Métodos: Eletrorretinogramas (ERGs) foram registrados em 44 camundongos 3xTg-AD...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gabriela Lourençon Ioshimoto
Other Authors: Dora Selma Fix Ventura
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2011
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28042011-155725/
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Doença de Alzheimer
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Modelos animais
Alzheimer disease
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Eletrorretinografia
Modelos animais
Alzheimer disease
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Electroretinography
Mice
Gabriela Lourençon Ioshimoto
Estudo da eletrorretinografia do camundongo modelo de alzheimer (3xTg-AD)
description Objetivo: Avaliar eletrofisiologicamente a função da retina do camundongo modelo de Alzheimer (3xTg-AD) comparando com seu controle (b6;129-PS1) em um estudo longitudinal com seis idades (2, 4, 6, 8, 10 e 12 meses). Métodos: Eletrorretinogramas (ERGs) foram registrados em 44 camundongos 3xTg-AD e em 23 controles, após administrada anestesia. Para o registro foi colocado um eletrodo de lente de contato sobre a córnea, um eletrodo de referência na cabeça e um terra na cauda. Em sessão de 30-40min de duração foram expostos ao seguinte protocolo de estimulação: 1) Adaptação ao escuro seguida de flashes nas intensidades: 0,003; 0,03; 0,3; 3 e 30 cd.s/m2; 2) Estimulação periódica (30 cd.s/m2) nas freqüências de 12, 18, e 30 Hz, sob luz de fundo (30 cd/m2). Resultados: Os ERGs mostraram dois tipos de respostas escotópicas tanto no grupo dos camundongos controles (b6;129- PS1) quanto nos modelos de Alzheimer. 13% dos camundongos controles e 72% dos modelos de AD apresentaram ERGs com potenciais oscilatórios presentes e tempo implícito da onda-b dentro da faixa esperada (45,31 ± 6,74 ms), enquanto no restante dos grupos, o ERG apresentou latência da onda-b muito aumentada (111,73 ± 22,56 ms) e potenciais oscilatórios ausentes. Devido a estes resultados, os grupos controle e experimental foram subdivididos em: b6;129 com OP, b6;129 sem OP; 3xTg-AD com OP e 3xTg-AD sem OP. Também foi incluído um grupo controle adicional constituído por 9 camundongos C57/B6. Comparando os cinco grupos, nenhuma diferença foi encontrada em relação à amplitude e à latência da onda-a. A amplitude da onda-b também foi semelhante para todos, ao contrário da latência para atingir o pico da onda-b dos grupos b6;129 sem OP e 3xTg-AD sem OP, que se apresentou duas vezes maior do que nos grupos com OP. As amplitudes dos cinco potenciais oscilatórios foram medidas individualmente e não mostraram diferenças entre os controles e os 3xTg-AD. Para o estímulo periódico, a amplitude do 1º harmônico dos grupos com OP mostrou clara diferença entre os grupos controle e o 3xTg-AD, tanto em 12 Hz como em 18 Hz. Os resultados dos dois grupos controle b6;129 e C57/B6 mantiveram-se muito próximos. Os grupos sem OP mantiveram-se sempre próximos a 10 V para as três freqüências de estimulação e mostraram atraso na diferença de fase média do 1º harmônico em 18 e 30 Hz, indicando maior lentidão de resposta, quando comparados aos primeiros. Conclusão: O camundongo 3xTg-AD e seu controle (b6;129) apresentam uma variante lenta e sem OPs do ERG escotópico em parte da população. Células bipolares, amácrinas e ganglionares podem estar alteradas nesses subgrupos (b6;129 sem OP e 3xTg-AD sem OP). Os grupos controle e 3xTg-AD com OPs diferiram quanto à amplitude de resposta à estimulação intermitente, diferença essa que implica em menor capacidade de processamento temporal para o modelo de AD. Sugerimos que as células bipolares de cones podem estar alteradas nos modelos de AD devido às amplitudes mais baixas dos 1os harmônicos desse grupo === Objective: To evaluate electrophysiologically the function of the retina of the Alzheimer model mouse (3xTg-AD) comparing it with its control (b6;129-PS1) in a longitudinal study at six ages (2, 4, 6, 8, 10 e 12 months) Methods: Electroretinograms (ERGs) were recorded in 44 anesthetized mice 3xTg-AD and in 23 controls, with a contact lens electrode placed on the cornea, a reference electrode on the head and a ground on the tail. During a 30-40min duration session the mice were exposed to the following stimulation protocol: 1) Scotopic response Dark adaptation followed by flashes at the following intensities: 0,003; 0,03; 0,3; 3 e 30 cd.s/m2; 2) Periodic stimulation (30 cd.s/m2) at the temporal frequencies of 12, 18, e 30 Hz, under background light (30 cd/m2). Results: The ERGs showed two types of scotopic responses, which ocurred in both the control mice (b6;129- PS1) and the Alzheimer´s models (3xTg-AD). 13% of the controls and 72% of the Alzheimer´s models mice presented ERGs with oscillatory potentials (OPs) and b-wave implicit times within the expected range (45,31 ± 6,74 ms), while for the other groups the ERG presented a very delayed b-wave latency (111,73 ± 22,56 ms) and absence of OPs. Given these results, the control and experimental groups were subdivided into: b6;129 with OPs, b6;129 without OPs; 3xTg-AD with OPs e 3xTg-AD without OPs. An additional control group with 9 mice C57/B6 was included. Comparing the five groups, no difference was found in a-wave amplitude and latency. The b-wave amplitude also did not differ among the groups, but the latency of the b-wave for the groups b6;129 without OPs and 3xTg-AD without OPs, was twice as long as in the groups with OPs. The amplitudes of the five OPs, measured individually, did not show differences between controls and 3xTg-AD groups. For the periodic stimulation the amplitude of the first harmonic of the Fourier transform of the groups with OPs showed a clear difference between the control and the 3xTg-AD groups, both for the 12 Hz and for the 18 Hz stimuli. The results of the two control groups (b6;129 and C57/B6) were very close. The groups without OPs had responses always close to 10 V for the three frequencies of stimulation and showed phase delay for the first harmonic, indicating response slowing, compared to the other groups. Conclusions: We found that a sub-group of both triple transgenic (3xTg-AD) and control mice (b6;129) manifest strikingly slow scotopic ERGs that lack OPs. We hypothesize that these response feature may reflect alterations in bipolar, amacrine and ganglion cells. The sub-group of triple transgenic and control mice that exhibited OPs differed in their response to flicker. Alzheimer model had significantly lower flicker-response amplitudes than the controls, suggesting impaired retinal temporal processing. We propose that the flicker results are consistent with alteration in cone bipolar cells in the Alzheimer model mice
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Em sessão de 30-40min de duração foram expostos ao seguinte protocolo de estimulação: 1) Adaptação ao escuro seguida de flashes nas intensidades: 0,003; 0,03; 0,3; 3 e 30 cd.s/m2; 2) Estimulação periódica (30 cd.s/m2) nas freqüências de 12, 18, e 30 Hz, sob luz de fundo (30 cd/m2). Resultados: Os ERGs mostraram dois tipos de respostas escotópicas tanto no grupo dos camundongos controles (b6;129- PS1) quanto nos modelos de Alzheimer. 13% dos camundongos controles e 72% dos modelos de AD apresentaram ERGs com potenciais oscilatórios presentes e tempo implícito da onda-b dentro da faixa esperada (45,31 ± 6,74 ms), enquanto no restante dos grupos, o ERG apresentou latência da onda-b muito aumentada (111,73 ± 22,56 ms) e potenciais oscilatórios ausentes. Devido a estes resultados, os grupos controle e experimental foram subdivididos em: b6;129 com OP, b6;129 sem OP; 3xTg-AD com OP e 3xTg-AD sem OP. Também foi incluído um grupo controle adicional constituído por 9 camundongos C57/B6. Comparando os cinco grupos, nenhuma diferença foi encontrada em relação à amplitude e à latência da onda-a. A amplitude da onda-b também foi semelhante para todos, ao contrário da latência para atingir o pico da onda-b dos grupos b6;129 sem OP e 3xTg-AD sem OP, que se apresentou duas vezes maior do que nos grupos com OP. As amplitudes dos cinco potenciais oscilatórios foram medidas individualmente e não mostraram diferenças entre os controles e os 3xTg-AD. Para o estímulo periódico, a amplitude do 1º harmônico dos grupos com OP mostrou clara diferença entre os grupos controle e o 3xTg-AD, tanto em 12 Hz como em 18 Hz. Os resultados dos dois grupos controle b6;129 e C57/B6 mantiveram-se muito próximos. Os grupos sem OP mantiveram-se sempre próximos a 10 V para as três freqüências de estimulação e mostraram atraso na diferença de fase média do 1º harmônico em 18 e 30 Hz, indicando maior lentidão de resposta, quando comparados aos primeiros. Conclusão: O camundongo 3xTg-AD e seu controle (b6;129) apresentam uma variante lenta e sem OPs do ERG escotópico em parte da população. Células bipolares, amácrinas e ganglionares podem estar alteradas nesses subgrupos (b6;129 sem OP e 3xTg-AD sem OP). Os grupos controle e 3xTg-AD com OPs diferiram quanto à amplitude de resposta à estimulação intermitente, diferença essa que implica em menor capacidade de processamento temporal para o modelo de AD. Sugerimos que as células bipolares de cones podem estar alteradas nos modelos de AD devido às amplitudes mais baixas dos 1os harmônicos desse grupo Objective: To evaluate electrophysiologically the function of the retina of the Alzheimer model mouse (3xTg-AD) comparing it with its control (b6;129-PS1) in a longitudinal study at six ages (2, 4, 6, 8, 10 e 12 months) Methods: Electroretinograms (ERGs) were recorded in 44 anesthetized mice 3xTg-AD and in 23 controls, with a contact lens electrode placed on the cornea, a reference electrode on the head and a ground on the tail. During a 30-40min duration session the mice were exposed to the following stimulation protocol: 1) Scotopic response Dark adaptation followed by flashes at the following intensities: 0,003; 0,03; 0,3; 3 e 30 cd.s/m2; 2) Periodic stimulation (30 cd.s/m2) at the temporal frequencies of 12, 18, e 30 Hz, under background light (30 cd/m2). Results: The ERGs showed two types of scotopic responses, which ocurred in both the control mice (b6;129- PS1) and the Alzheimer´s models (3xTg-AD). 13% of the controls and 72% of the Alzheimer´s models mice presented ERGs with oscillatory potentials (OPs) and b-wave implicit times within the expected range (45,31 ± 6,74 ms), while for the other groups the ERG presented a very delayed b-wave latency (111,73 ± 22,56 ms) and absence of OPs. Given these results, the control and experimental groups were subdivided into: b6;129 with OPs, b6;129 without OPs; 3xTg-AD with OPs e 3xTg-AD without OPs. An additional control group with 9 mice C57/B6 was included. Comparing the five groups, no difference was found in a-wave amplitude and latency. The b-wave amplitude also did not differ among the groups, but the latency of the b-wave for the groups b6;129 without OPs and 3xTg-AD without OPs, was twice as long as in the groups with OPs. The amplitudes of the five OPs, measured individually, did not show differences between controls and 3xTg-AD groups. For the periodic stimulation the amplitude of the first harmonic of the Fourier transform of the groups with OPs showed a clear difference between the control and the 3xTg-AD groups, both for the 12 Hz and for the 18 Hz stimuli. The results of the two control groups (b6;129 and C57/B6) were very close. The groups without OPs had responses always close to 10 V for the three frequencies of stimulation and showed phase delay for the first harmonic, indicating response slowing, compared to the other groups. Conclusions: We found that a sub-group of both triple transgenic (3xTg-AD) and control mice (b6;129) manifest strikingly slow scotopic ERGs that lack OPs. We hypothesize that these response feature may reflect alterations in bipolar, amacrine and ganglion cells. The sub-group of triple transgenic and control mice that exhibited OPs differed in their response to flicker. 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