Summary: | Objetivo: Verificar a acurácia do Test of Infant Motor Performance (TIMP) e da ultrassonografia de crânio (USC) no diagnóstico neurológico precoce após os 10 meses de idade corrigida em recém-nascidos pré-termo (RNPT) Metodologia: Amostra não aleatória constituída por 59 RNPT (idade gestacional ao nascimento 32 semanas ou peso ao nascimento 1500 gramas) seguidos em média até os 12 meses de idade corrigida. Os resultados da USC foram agrupados em 3 intervalos: 1) de 0 a 15 dias, 2) de 16 a 30 dias e 3) de 31 a 45 dias. Os achados da USC foram classificados em normal e anormal (anormalidades moderada e grave). O TIMP foi aplicado mensalmente, do primeiro retorno após a alta hospitalar até o 4° mês de idade corrigida. As avaliações foram agrupadas em 5 intervalos, correspondentes às avaliações antes do termo, 1°, 2°, 3° e 4° meses de idade corrigida. Os resultados do TIMP foram classificados em normal (média e média baixa) ou anormal (abaixo da média e muito abaixo da média). A avaliação neurológica foi realizada em média aos 12 meses de idade corrigida, e usada como padrão-ouro. Foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN) para o TIMP e para a USC neonatal. Resultados: A paralisia cerebral foi diagnosticada em 6 crianças. Observamos que a USC apresentou alta sensibilidade (> 70%) assim como altos VPN (>88%) em todos os intervalos. Para a USC, especificidade e VPP foram baixos em todos os intervalos. A sensibilidade do TIMP foi baixa, exceto para o intervalo 0, e os VPP foram baixos em todas as idades. A escala TIMP apresentou alta especificidade (75%, 85%) no 3° e 4° meses e altos VPN (> 77%) em todos os intervalos. Conclusão: Concluímos que os RNPT com pontuação normal no 3° e 4° meses do TIMP tem grandes chances de não desenvolver PC enquanto que RNPT com anormalidades graves e persistentes à USC tem maiores chances de um prognóstico neurológico anormal
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Objective: Calculate the accuracy of the Test of Infant Motor Performance (TIMP) and the cranial ultrasonography (CUS) in the neurological outcome after 10 months of corrected age of preterm infants. Methods: Non-random sample of 59 preterm newborn infants (gestational age 32weeks or birth weight1500g) were followed up to a mean of 12 months corrected age. CUS results were grouped into 3 periods: 1) from 0 to 15 days; 2) from 16 to 30 days, and 3) from 31 to 45 days of life. CUS findings were rated into two groups: normal and abnormal (moderate and severe abnormalities). TIMP was applied monthly, from the first outpatient visit after hospital discharge until four months corrected age. The evaluations were grouped into five intervals, corresponding to the assessments performed before term age, 1st, 2nd, 3rd and 4th month of corrected age. TIMP results were ranked as normal (average, low average) or abnormal (below average and far below average). A full neurological examination was performed at a mean of 12 months of corrected age, and used as gold standard. The sensitivity, specificity, positive predictive (PPV) and negative predictive (NPV) values for TIMP and CUS were calculated. Results: Cerebral palsy was diagnosed in six infants. We observed that CUS had a high sensitivity (> 70%) in all intervals as well as high NPV (>88%). For CUS, specificity and PPV were low in all intervals. TIMP sensitivity was low, except for interval 0, and PPV were low at all ages. TIMP scale showed high specificity in the 3rd and 4th month (75%, 85%) and high NPV (> 77%) at all ages. Conclusions: We conclude that preterm infants with normal score at the 3rd and 4th months of TIMP are likely to develop normally while infants with severe and persistent abnormalities in the CUS examinations are more likely to have an abnormal neurological outcome
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