Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP
Os escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as en...
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Universidade de São Paulo
1990
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Os escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as encaixantes, originaram hornfels diversos, mármores e escarnitos. Foram identificados na área dois tipos distintos de escarnitos, denominados respectivamente de granada-salita escarnitos e granada-wollastonita escarnitos. Os granada-salita escarnitos ocorrem em zonas métricas ao longo dos contatos entre granitóides e mármores, constituindo-se essencialmente de clinopiroxênios (salita-ferrosalita) com bandas e veios granatíferos (grossulária-andradita). Fases minerais tardias (epídoto, albita, calcita) ocorrem substituindo principalmente as granadas. Os granada-wollastonita escarnitos desenvolveram-se como espessos pacotes entre os mármores e hornfels pelíticos: constituem-se de wollastonita, grossulária e algum diopsídio. Localmente as granadas apresentam-se bastante albitizadas e vesuvianitizadas. O metamorfismo de contato atingiu temperaturas superiores a 650°C e pressão em torno de 2 Kbar. Formaram-se inicialmente, por bimetassomatismo (difusão), ainda a temperaturas elevadas, da ordem de 600°C, em condições redutoras, salita/ferrosalita escarnitos. Com o progressivo abaixamento da temperatura os fluidos infiltrantes tornaram-se oxidantes e enriquecidos em alumina e sílica, promovendo a oxidação dos piroxênios e formação de bandas granatíferas. Nesta fase, a temperatura entre 450 e 550°C, formaram-se os granada-wollastonita escarnitos, em ambiente distal, por ação dos fluidos já empobrecidos em ferro. Durante a fase retrógrada formaram-se albita, epídoto e vesuvianita pela destruição da granada e ocorreu a deposição de sulfetos. Por último, na fase hidrotermal final, os fluidos tornaram se enriquecidos em CO2, propiciando a carbonatação dos minerais formados anteriormente e a formação de veios e vênulas de apofilita e prehnita.
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The skarns under consideration can be found inside or at the rims of meta-sedimentary inclusions and, conceivably, roof pendants, which outcrop in the central part of the Itaoca granite pluton. Such skarns, together with a variety of hornfels and marbles were formed by thermal metamorphism and outward diffusion of aqueous fluids from the magmatic body. Garnet-salite and garnet-wollastonite are the two main assemblages making up Itaoca skarns. Garnet-salite skarns occur in zones of metric thickness along the granitoid-marble contact and consist of essential clinopiroxene (salite-ferrosalite) and garnet-rich (grossular-andradite) bands and veins. Late mineral phases (epidote, albite, calcite) may replace earlier ones (garnet mainly).Garnet-wollastonite skarn occur as thick bodies between marble and politic hornfels and consist of essential wollastonite and grossular with some diopside. Garnet will, locally, exibit a high degree of replacement by albite and vesuvianite. Contact metamorphism reached its peak at temperatures above 650°C and pressures around 2 Kbar. Salite/ferrosalite skarns were formed by bidirectional metasomatism at the still elevated temperatures of about 600°C under reducing conditions. In the progressively cooling environment the infiltrating fluids became more and more oxidizing and enriched in alumina and silica, a fact which resulted in the oxidation of pyroxenes and formation of garnet bands. At this stage and temperatures between 450 and 550°C, distal garnet-wollastonite skarns were formed by metasomatic processes linked to iron depleted fluids. In a retrograde stage, garnet was destroyed and replaced by albite, epidote and vesuvianite, sulphides being deposited. Finally, during the last hydrothermal stage, CO2- rich fluids furthered the carbonation of early minerals and the formation of apophyllite-prehnite venules.
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