Summary: | O presente trabalho propõe uma análise funcionalista-cognitivista sobre construções imperativas do Português Brasileiro (PB). Ao contrário do que ocorre na tradição gramatical, não nos limitamos a analisar um grupo pré-definido de formas verbais, optando então por tratar de um conjunto mais amplo de atos de fala diretivos. Para tanto, amparamos nossa investigação em dados concretos extraídos de obras cinematográficas , o que explica em parte o caráter funcionalista do trabalho, uma vez que abordamos a língua como um instrumento de interação social (cf. TRASK, 2004). Já o aspecto cognitivista subjaz nossa principal hipótese, segundo a qual a imperatividade se constrói como um evento metaforicamente estruturado (cf. LAKOFF, 1992), cujas bases principais são as categorias cognitivas FORÇA e MOVIMENTO. Procuramos então contribuir com os estudos do PB defendendo que as construções imperativas são um conjunto variado de artefatos simbólicos por meio dos quais um enunciador-antagonista pode aplicar determinada força sobre um enunciatário-agonista cf. TALMY (2000) , pelo que postulamos que IMPERATIVIDADE É FORÇA.
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This paper proposes a cognitive-functionalist analysis about imperative constructions in Brazilian Portuguese (BP). Different from what happens in grammatical tradition, we do not just look at a pre-defined group of verb forms, opting for dealing with a broader set of directive speech acts. To do so, we hold our study on evidence extracted from cinematographic , which partly explains the functionalist character of the work, as we approach the language as a social interaction tool (cf. TRASK, 2004). However, the cognitive aspect underlies our main hypothesis, according to which the imperative is constructed as a metaphorically structured event, whose main bases are the cognitive categories FORCE and MOVEMENT. Then we seek to contribute with the BPs researches securing that the imperative constructions are an assorted ensemble of symbolic artifacts, through which an antagonist-enunciator can apply certain force on an enunciatee-agonist cf. TALMY (2000), therefore we postulate that IMPERATIVE IS FORCE.
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