Summary: | O desempenho de uma prática segura e eficiente de um serviço de medicina nuclear depende, entre outros fatores, de um programa de controle de qualidade completo, principalmente em se tratando dos instrumentos medidores de atividade dos radionuclídeos, os ativímetros. Um programa de controle de qualidade completo deve incluir a calibração de todos os instrumentos de medição utilizados no procedimento. No entanto, no Brasil, a atual norma que estabelece os requisitos de proteção radiológica para serviços de medicina nuclear (SMN), não inclui, ainda, a calibração do ativímetro. Considerando que estes instrumentos, por diversas razões, são de difícil remoção para envio a um serviço de calibração, o propósito deste trabalho foi desenvolver uma metodologia de calibração de medidores de atividades que possa ser aplicada \"in situ\", para o principal radiofármaco utilizado atualmente, o 99mTc. Foram definidos os parâmetros de influência que devem ser levados em conta durante a calibração, assim como uma logística de transporte dos radiofármacos. Um programa de controle de qualidade foi aplicado aos ativímetros do Laboratório de Calibração de Instrumento (LCI). Neste trabalho foram desenvolvidas três metodologias diferentes de calibração, considerando a logística disponível e também a origem da fonte de referência. Na primeira metodologia poderá ser aplicada nos casos em que o LCI envia uma fonte de referência ao SMN. Na segunda o SMN envia uma fonte previamente medida ao LCI que determinará sua atividade real. A terceira metodologia foi aplicada para calibração dos ativímetros pertencentes ao setor de produção de radiofármacos do IPEN. Neste caso a fonte de referência foi enviada ao LCI após uma medição prévia pelo setor de produção. Foi possível aplicar as metodologias em alguns instrumentos pertencentes a clínicas e ao setor de produção. Em todos eles foram encontrados coeficientes de calibração diferentes entre si. A maior variação encontrada foi de 5%, indicando que a medição com este ativímetro está menor em 5% do que é necessário aplicar no paciente. Verificou-se que a troca de recipientes deixa um resíduo que não tem sido considerado nas medições clínicas, podendo acrescentar uma diferença de até 3% nas medições.
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The performance of a safety and efficient practice of a nuclear medicine service depends, among other factors, on a complete quality control program, especially in the case of the radionuclide activity measuring instrument, the activimeter. A complete quality control program should include the calibration of all measurement instruments used in the procedure. However, in Brazil, the actual standard that establishes the requirements of radiological protection for nuclear medicine services (NMS), does not include the calibration of the activimeter. Considering that these instruments, for various reasons, are difficult to remove for sending to a Calibration Service, the purpose of this work is to develop a methodology for activimeter calibration that can be applied \"in situ\" to the most used radiopharmaceutical, 99mTc. The parameters of influence that should be taken in into account during the calibration were defined, as well as a transport logistics of the radiopharmaceuticals. A quality control program was applied to LCI activimeters. In this study, three calibration methodologies have been established, considering the available logistics and the reference source origin. The first can be applied in cases that LCI sends the reference sample to the NMS. In the second, the NMS sends an already measured sample to the LCI that will determine its real activity. The third methodology was developed to be applied to the activimeters belonging to the radiopharmaceutical sector of IPEN. In this case, the reference source was sent to the LCI after a previous measurement by the production sector. It was possible to apply the methodologies in some instruments belonging to clinics and the production sector. In all of them, different calibration coefficients were found. The largest variation found was 5%, indicating that the measurement with this activimeter is 5% lower than that required for the patient. It was found that the exchange of containers leaves a residue that has not been considered in clinical measurements, and may add a difference of up to 3% in the measurements.
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