Para além das osteoporose: experiências e modos de levar a vida de mulheres entre 50 e 59 anos

Este estudo apresenta uma análise compreensiva das experiências e modos de levar a vida de mulheres entre 50 e 59 anos, no intuito de refletir sobre a vivência do processo de envelhecer e adoecer diante da invisibilidade sintomática da osteoporose, apresentando como referência contextual um mome...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Selene Regina Mazza
Other Authors: Maria da Penha Costa Vasconcellos
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-23032012-163128/
Description
Summary:Este estudo apresenta uma análise compreensiva das experiências e modos de levar a vida de mulheres entre 50 e 59 anos, no intuito de refletir sobre a vivência do processo de envelhecer e adoecer diante da invisibilidade sintomática da osteoporose, apresentando como referência contextual um momento específico do curso de vida destas mulheres. A abordagem teórica e metodológica apóia-se na articulação entre a sociologia do cotidiano e das emoções para exploração e interpretação de trajetórias, marcadores sociais e modos de vida que se processam na dinâmica da vida cotidiana deste grupo sociocultural. Através de histórias pessoais, das socialidades nos contextos interativos e do significado do corpo como processo narrativo e simbólico, desvelam-se categorias subjetivas que ordenam a vida e as práticas sociais destas mulheres em seu processo de envelhecimento, apresentando-as como sujeitos além da sua doença (osteoporose). Utiliza-se a conceitualização sobre curso da vida a partir dos sistemas produtivo, social e político para orientar a compreensão das experiências e trajetórias de vida de mulheres nesta faixa etária. O corpo é apresentado como uma tradução de formas de comer, de cuidar e de outras atividades de vida diárias, mostrando valores simbólicos e de referência conceitual sobre formas de ser, estar e fazer, onde as emoções pautam-se em processos intersubjetivos e contextos sociais diversos. No campo investigativo e analítico, utilizou-se como instrumento empírico a sala de espera de um posto de saúde em Fortaleza e entrevistas individuais para coleta e análise de informações, no intuito de apresentar singularidades e similaridades que compõem suas experiências e modos de vida. As falas retrataram a experiência de um corpo doloroso não vinculado à osteoporose, mas a situações afetivas, sociais e financeiras precárias que circunscrevem o dia a dia === This study presents a comprehensive analysis of the experiences and ways of taking the lives of women between 50 and 59 years in order to reflect on the experience of the process of aging and sicken against osteoporosis symptomatic invisibility,presenting as a contextual reference specific time course of life of these women. The theoretical and methodological approach is based on the relationship between the sociology of everyday life and emotions, for exploration and interpretation of trajectories, social bookmarks and lifestyles that are processed in the dynamics of everyday life of this socio and cultural group. Through personal stories, the sociabilities in interactive contexts and meaning of the body as symbolic and narrative process, give us a subjective categories ordering the life and social practices of these women in their aging process, presenting them as subjects beyond their disease (osteoporosis). It is used on the conceptualization of the life course viewed from the production, social and political systems to guide the understanding of the experiences and life trajectories of women in this age group. The body is presented as a translation of ways of eating, caring and other activities of daily living, showing symbolic values and conceptual framework on ways of being, being and doing, where emotions are driven in intersubjective processes, and various social contexts. In the investigative and analytical field, as an empirical instrument, we used the waiting room of a health center in Fortaleza, and individual interviews to collect and analyze information in order to provide uniqueness and similarities that make up their experiences and ways of life. The reports portrayed the experience of a painful body not linked to osteoporosis, but the precarious emotional, social and financial situations that encompass the day to day