Summary: | Brazil is the largest citrus producer in the world and has a large global citrus market share. However, several diseases affect the crop, being postbloom fruit drop (PFD) one of them. PFD has gained importance in São Paulo State for the displacement of citrus areas to regions with weather conditions more favorable for this disease. The accurate identification of the causal agent of the PFD has been performed and it was renamed as Colletotrichum abscissum. The origin of the initial inoculum is still an enigma for PFD epidemics and the hypotheses that the initial inoculum could be present in propagation material have been discussed but it has never been demonstrated. The objective of this work was to detect and quantify Colletotrichum abscissum from citrus leaves of budwood increase block and citrus nursery plants by qPCR. Four commercial citrus farms from São Paulo State, Brazil with budwood increase block and citrus nursery plants of Pera and Valencia sweet orange varieties were used for this work. C. abscissum was detected in budwood increase block and in nursery plant in both varieties (Valencia and Pera) at the four farms sampled. Out of 122 budwood increase block samples, 89 (73%) were positive for C. absicissum. From nursery plants, out of 175 samples, 129 (73%) were detected with the pathogen. The majority of the positive samples of budwood increase blocks and nursery plants contained 10 to 200 and 10 to 400 conidia of C. absicissum, respectively. With the methods used was not possible to isolate the fungus from vegetative material. This finding suggests a new long distances dispersion type of C. abscissum in the cycle of postbloom fruit drop by propagation material. Confirmation of C. abscissum in budwood increase block and nursery plants would lead to update regulations for the production of certified citrus nursery trees and searching for new control strategies of the pathogen.
===
O Brasil é o maior produtor de citros do mundo e possui uma grande participação no mercado global de citros. No entanto, várias doenças afetam a cultura, sendo uma delas a podridão floral dos citros (PFC). PFC ganhou importância no Estado de São Paulo pelo deslocamento de áreas de citros para regiões com condições climáticas mais favoráveis para a doença. A identificação precisa do agente causal do PFC foi realizada, tendo sido renomeado como Colletotrichum abscissum. A origem do inóculo inicial ainda é um enigma para as epidemias de PFC e as hipóteses do que o inóculo inicial poderia estar presente no material de propagação já foram discutidas, mas nunca foram demonstradas. O objetivo deste trabalho foi detectar e quantificar Colletotrichum abscissum em folhas de borbulheiras e mudas de citros por meio de qPCR. Neste trabalho, foram utilizadas quatro fazendas comerciais de citros do Estado de São Paulo, Brasil, com borbulheiras e viveiros de mudas de citros das variedades laranja Pera e Valência. C. abscissum foi detectado em borbulheiras e em mudas em ambas as variedades (Valência e Pêra) nas quatro fazendas amostradas. Das 122 amostras de folhas de borbulheiras, 89 (73%) foram positivas para C. absicissum. Das 175 amostras de folhas de mudas de citros, 129 (73%) foram detectadas com o patógeno. A maioria das amostras positivas de borbulheiras e mudas de citros continham 10 a 200 e 10 a 400 conídios de C. absicissum, respectivamente. Com os métodos utilizados, não foi possível isolar o fungo do material vegetativo. Esta descoberta sugere um novo tipo de dispersão a longas distâncias de C. abscissum no ciclo de podridão floral dos citros por meio do material de propagação. A confirmação de C. abscissum nas borbulheiras e mudas de citros levaria à atualização da regulamentação para a produção de mudas de citros certificadas e à busca de novas estratégias de controle do patógeno.
|