\"Não sei ainda, posso pensar?\": um estudo sobre os impasses escolares como um sintoma social

Esta pesquisa teve início com uma pergunta sobre por que a educação tem sido um campo mais reconhecido pelos seus obstáculos do que pelos seus ensejos. O que tem feito da educação um fato de difícil acontecimento? Para responder a isso, recorremos a uma teorização da psicanálise que versa sobre...

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Bibliographic Details
Main Author: Flavia Maria de Vasconcellos
Other Authors: Rinaldo Voltolini
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22112012-135712/
Description
Summary:Esta pesquisa teve início com uma pergunta sobre por que a educação tem sido um campo mais reconhecido pelos seus obstáculos do que pelos seus ensejos. O que tem feito da educação um fato de difícil acontecimento? Para responder a isso, recorremos a uma teorização da psicanálise que versa sobre o encontro do sujeito do desejo com a cultura, permitindo uma leitura de seus atravessamentos e implicações para a subjetividade e para a educação. A identificação moderna da pedagogia ao discurso da ciência forjou na instituição escolar um cenário marcado pela segregação e pela intolerância às diferenças, a despeito do discurso da inclusão apontar para o contrário disso. Diante dessa situação, os sujeitos têm respondido com sua desimplicação, desaparelhando a educação de suas condições de possibilidade. A análise de um dispositivo institucional de tratamento permitiu acompanhar uma modalidade de resposta clínica a este contexto, que visa a recuperar a responsabilidade e a implicação, elementos imprescindíveis às aprendizagens e ao encontro com o outro na situação do laço social. === This research begun by asking why education has been related more to its obstacles than to its opportunities. Why has education been seing as an event that happens with to such a difficult? To answer these questions, we used a psychoanalytic concept that tells us about the encounter of the subject of the desire with culture, which allow us to a reading of its crossings and implications for subjectivity and education. The identification of modern pedagogy to the discourse of science in the school has forged a scenario marked by segregation and intolerance for differences - despite the \'inclusion discourse\' to point the opposite. Given this situation, the subjects have been responding with their disengagement, dismating education of its conditions of possibility. The analysis of an institutional arrangement allowed us monitoring a modality of clinical response, which aims to restore responsibility and involvement, which are indispensable elements to the learnings and to the encounter with other in the social ties.