Summary: | A luz age influenciando direta e indiretamente aspectos fisiológicos das macroalgas como crescimento, desenvolvimento, reprodução, desempenho fotossintetizante e aclimatação. A radiação fotossinteticamente ativa (PAR) é a faixa de luz visível compreendida entre 400 e 700 nm, usada pelos organismos para execução da fotossíntese. Os costões rochosos estão sujeitos a uma variabilidade constante de luz que impõe às macroalgas, o desenvolvimento de eficientes estratégias com o objetivo de otimizar a fotossíntese e manter seu crescimento, além de evitarem a fotoinibição e o fotodano. O principal objetivo desta pesquisa foi caracterizar as repostas fisiológicas e composição química de Pterocladiella capillacea (Rhodophyta, Gelidiales) submetida a duas irradiâncias, 60 e 300 μmol fótons.m-2.s-1 ao longo de oito dias. Os parâmetros analisados foram: taxa de crescimento, desempenho fotossintetizante, teor de carbono, hidrogênio e nitrogênio intracelular, conteúdo pigmentar (ficobiliproteínas, clorofila a e carotenoides), proteínas solúveis totais, potencial antioxidante e teor de aminoácidos tipo micosporinas (MAAs). Por ser uma alga de sombra e não tolerar altas irradiâncias, Pterocladiella capillacea mostrou fotossensibilidade frente ao tratamento de maior intensidade luminosa, no entanto não foi evidenciado fotodano, indicando que a espécie possuiu mecanismos de repostas de tolerância eficientes, em especial ao dissipar energia não fotoquímica não regulada. Dessa forma, P.capillacea mostrou alta eficiência em fotoaclimatação e necessitou de pouca intensidade luminosa para manutenção de seus processos vitais. Os resultados do potencial antioxidante mostraram que a espécie é fonte natural de antioxidantes e pode ser utilizada como nutracêutico. Tal fato pode ser melhor explorado, já que o aumento de luz estimulou as defesas antioxidantes da espécie. A irradiância PAR em 300 μmol fótons.m-2.s-1propiciou o acúmulo de MAAs em P.capillacea, não foram observadas diferenças qualitativas na espécie ao longo do tempo, nem entre as irradiâncias. Foi identificada apenas o MAA chinorina, indicando que P.capillacea é fonte in natura deste composto amplamente utilizado pela indústria. Os resultados deste estudo complementam trabalhos ecofisiológicos prévios e fornecem subsídios a respeito da estratégia de vida de P. capillacea frente às mudanças em intensidades luminosa
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The light acts directly and indirectly influencing physiological aspects of macroalgae such as growth, development, reproduction, photosynthetic performance and acclimatization. The photosynthetically active radiation (PAR) is the visible light that range between 400 and 700 nm, used by organisms for photosynthesis process. The rocky shores are under to a constant variability of light that imposes on macroalgae the development of efficient strategies in order to optimize photosynthesis and maintain the growth, avoiding photoinhibition and photodamage. The main objective of this research was to characterize the physiological responses and chemical composition of Pterocladiella capillacea (Rhodophyta, Gelidiales) submitted to two irradiances, 60 and 300 μmol fótons.m-2.s-1 over eight days. The parameters analyzed were: growth rate, photosynthetic performance, carbon, hydrogen and nitrogen intracellular, pigment content (phycobiliproteins, chlorophyll and carotenoids), total soluble protein, antioxidant potential and Mycosporine-like amino acids (MAAs). Although, P. capillacea is a shadow-type of seaweed and not tolerate high irradiance, Pterocladiella capillacea showed photosensitivity against the treatment of higher light intensity, but was not observed photodamage, indicating that the species possessed reset mechanisms of efficient tolerance, especially to dissipate photochemical energy unregulated. Thus, P. capillacea showed high efficiency in photoacclimation and required little light intensity to maintain their life processes. The results of the antioxidant potential showed that P. capillacea is a natural source of antioxidants and may be used as a nutraceutical. This can be better exploited, since the increase of light stimulated the antioxidant defenses of the species. Irradiance PAR at 300 μmol fótons.m-2.s-1 provided the MAAs accumulation in P. capillacea, there were no qualitative differences in species over time, or between irradiance. It was only identified the MAA chinorina, indicating that P. capillacea is a source in nature of this compound widely used by industry. The results of this study complement previous ecophysiological works and provide subsidies regarding P. capillacea life´s strategy to the changes in light intensities
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