Calibração de metalicidades de estrelas subañas M pobres em metais baseada em companheiras binárias

Este trabalho envolve um estudo espectroscópico voltado para estimativas de metalicidades de uma amostra de estrelas anãs M. As estrelas M de baixa massa constituem os objetos estelares mais numerosos na Galáxia e com tempos de vida de sequência principal que excedem a atual idade do Universo. S...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Viviane Salvador Alves
Other Authors: Silvia Cristina Fernandes Rossi
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2013
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-19042013-101952/
Description
Summary:Este trabalho envolve um estudo espectroscópico voltado para estimativas de metalicidades de uma amostra de estrelas anãs M. As estrelas M de baixa massa constituem os objetos estelares mais numerosos na Galáxia e com tempos de vida de sequência principal que excedem a atual idade do Universo. Sendo assim, podem ser vistos como grandes laboratórios para estudo da estrutura e evolução da Galáxia. Os esforços deste trabalho se concentraram em traçar paralelos entre a força de algumas bandas moleculares presentes nos espectros dessas estrelas e a metalicidade. Seguiu-se para isso metodologias presentes na literatura. A motivação para o trabalho foi dar continuidade a um estudo iniciado por Sebastien Lépine e colaboradores, em 2007, utilizando, pela primeira vez uma amostra de anãs M do hemisfério sul. Além disso, uma reavaliação da calibração de metalicidade para anãs M norteou o estudo. O trabalho utilizou o espectrógrafo Goodman do observatório SOAR para obtenção dos espectros estelares. As estimativas de metalicidade da amostra foram obtidas a partir do n-sspp, uma adaptação do Segue Stellar Parameters Pipeline (sspp), pipeline do SDSS. Os objetos considerados são sistemas binários constituídos por uma estrela de tipo espectral F ou G e outra de tipo espectral M. A estrela primária (F ou G) é utilizada para se determinar a metalicidade da estrela M (secundária), diante da hipótese de que o sistema se formou a partir de uma mesma nuvem mãe. Apesar de todos esforços empregados neste estudo, não foi possível refinar a calibração de metalicidades para as estrelas em questão. O índice calibrador desenvolvido por Lépine et al. (2007) mostrou-se um fraco indicador de metalicidades, resultado já documentado por eles em 2012. Com isso, os estudos para calibrações de metalicidade de estrelas anãs M devem ser incentivados. === The aim of this work is to obtain metallicity calibration for a sample of M dwarfs stars through spectroscopic studies. The low-mass M stars are the most numerous objects in the Galaxy and their main sequence lifetimes exceed the current age of the Universe. Thus, they reveal themselves as large laboratories for studying the structure and evolution of the Galaxy. The efforts of this work are focused in the construction of relations between the strengths of some molecular bands and metallicities for M stars. For that, methodologies in the literature were followed. The motivation of this work was to continue a study initiated by Lépine et al. (2007) using for the first time a sample of M dwarf from southern hemisphere. Besides that, there is yet no definitive metallicity calibration for M dwarfs. Goodman spectrograph at SOAR was used to obtain the stellar spectra. Metallicities estimates for the sample were obtained from an adapted version of the Segue Stellar Parameters Pipeline (sspp), the SDSS\'s pipeline. The studied objects are binary systems consisting of a F or G spectral type star and a M stars. The primary star (F or G) is used to estimate the metallicity of the M star (secondary), since it is assumed that the system is formed from the same parent cloud. Despite all efforts made in this work, it was not possible to refine the metallicities calibration for the analyzed sample. The index originally developed by Lépine et al. (2007) proved to be a poor metallicity indicator, as already documented by them in 2012. Thus, metallicity calibration studies for M dwarf stars should be encouraged.